Page 24 - Telebrasil - Julho/Agosto 2001
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GSM
         A força  do








                                                        são  as  aplicações




        João  Carlos  Pinheiro  da  Fonseca


        Apesar do  arsenal                       um  quadro  amplo,  as  operadoras   The Yankee Group, previu que ao final de
                                                 tradicionais cultivam três segmen­  2003  a  tecnologia  analógica A M PS  deve
        tecnológico  oferecido                   tos  de  mercado:  corporativo,  mó­  desaparecer, oT D M A  partirá para o G SM ,
                                           vel e residencial fixo. Os serviços de voz e   o C D M A  continuará crescendo e a opção
         para  se evoluir da               de transporte, cujos preços caem, tendem   de pagamento pré-pago (na Europa, 62%)
                                           a  não  ser  suficientes  para  dar  suporte  a   será a dominante para todas as classes eco­
        geração celular 2G,  de            essas  operadoras. A   tendência  é  que  elas   nômicas que utilizam celular.
                                           implantem  novas  aplicações  para  gerar   O presidente  da Qualcomm do  Brasil,
        faixa estreita,  para  a           mais receita.                      Marco Aurélio  Rodrigues  (veja entrevis­
        próxima  geração  de faixa           Os  serviços  sem  fio  apresentam  ao   ta a partir da página 3),  concede  que  na
                                           mercado  o  diferencial  da  mobilidade.   América  Latina e  também  no  Brasil -  o
         larga  3G,  as aplicações         Cada  vez  mais,  fornecedores  de  aplica­  Governo  brasileiro  forçou  a  entrada  do
                                           ções  e  de  ferramentas  se  movimentam   G SM  -  algumas operações tdma irão para
        que o  mercado  aceitar            para oferecer às operadoras celulares seus   G SM , “mas  não todas”.
                                           produtos  e  serviços.               No País, o aumento da competição com
        ditarão  a  mudança.                 O caso brasileiro se distingue como uma   a  abertura  de  novas  Faixas  C,  D   e  E   vai
                                           região que expande sua planta de  wireless   exigir  das  operadoras  das  Bandas  A   e  B
                                           e leiloa mais espectro, em contraste com a   maior “fidelização" de  sua  base  de  clien­
                                           retração  do  sem  fio  nos  países  desenvol­  tes. “Preços e  prazo de entrega de termi­
                                           vidos  da  Europa,  com  questionamento   nais  e  de  novos  serviços  desempenharão
                                           sobre  os  altos  preços  pagos  para  uso  do   papel  crítico  para  conquistar  e  reter  cli­
                                           espectro e com certo esgotamento da ca­  entes”, retratou  Maria Christina  Fontai-
                                           pacidade  financeira dos  fabricantes.  nha  Carneiro, do BN D ES.
                                             O  modelo  de  negócios  implantado  na       -  -GSM -  \
                                           América  Latina,  para  as  comunicações   Depois  de  uma  multitude  de  padrões
                                           celulares,  foi  o  da  competição.  Bolívia,   analógicos, o sistema digital G SM , inici­
                                           México,  Peru  e  Venezuela  têm  três  ope­  almente  Group  Special M obile  e  depois
                                           radores  celulares  disputando  o  mercado;   G lobal System fo r  M obile Communications,
                                           Argentina, Guatemala, Paraguai e Repú­  nasceu  para  interligar a comunidade  dos
                                           blica  Dominicana  possuem  quatro;  e  no   países  europeus  com  um  padrão  celular
                                           Brasil, o objetivo são cinco.      único. A filosofia do G SM  diferiu do de­
                                             São  Internationalplayers zm  telecomu­  senvolvimento do celular de segunda ge­
                                           nicações  na  América  Latina:  as  norte-   ração  (2G ) norte-americano.
                                           americanas  BellSouth,  M C I  e Américas   Nos EUA , a concorrência fez florescer
                                           Telecom; e as européias Telefônica, France   duas tecnologias de acesso, não-compatí­
                                           Telecom e Portugal Telecom que também   veis entre si: T D M A  (interface aérea IS -
                                           competem com capitais locais.      54 e 1S-136) e C D M A  (IS-95). Em  1995,
                                             A   América  Latina  deu  uma  guinada   foram leiloadas nos EUA mais de 500 li­
                                           rumo  à tecnologia G SM ,  cujos  terminais   cenças para o P C S -  Personal Com m im i-
                                           pelo volume mundial da produção são 25%   cation System. Hoje, os EUA têm operado­
                                           a 30% mais baratos. Antjy Castongaym, do  ras que optaram pela tecnologia G SM .
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