Page 14 - Telebrasil - Maio/Junho 1999

e n c r u z i l h a d a d a

F u n d a ç ã o C P q D

João Carlos Pinheiro da Fonseca

Nascido como departamento e passando à diretoria

da Telebrás, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento,

aos 23 anos de idade, virou uma Fundação privada

e luta por seu destino.

s 3,600 metros quadrados do I list oticamente, a criação do ( Tql ) re­ que o Fundo para o Desenvolvimento

1 4 !c a m p u s cio ( 'I)c| 1), em Campi­ produziu, em ponto menor, o modelo ado­ Tecnológico das' Telecomunicações Brasi­

/99 ções e laboratórios interligados por uma volvidos, exemplificado pelos Bell Labs leiras- FD T T B -, previsto no artigo N.
tado pelos monopólios dos países desen­
nas (SP), suportando edifica­

77 da Lei Geral das Telecomunicações
junho rede de túneis inexpugnáveis, poderão ser nos KUAouoCNHTna França. No Bra­ (Lei N. 9.472 de 16 de julho de 1997) e

aio apenas um grande complexo imobiliário à sil, o CPql) tornou-se, logo, um pólo de cm andamento no Congresso Nacional,

atração para nossos técnicos e cientistas.
procura de uma finalidade. A outra opção
seja aprovado sem delongas.
m é a Fundação C Pql) se transformar num O modelo doCPql ) parecia invencível. Como explicou I lélio Graciosa, diretor-

Telebrasil centro tecnológico auto-sustentável viven­ Telebrás lhe dava suporte financeiro e presidente do CPqD, a Fundação exerce
( ) ( lentro tinha parcerias com as universi­

dades e com a indústria local. O Sistema
um duplo papel. Numa vertente, o CPqD
do da venda de seus produtos e auxiliado

por recursos de um fundo (FDTTB) pre­
agrega valor aos prestadores de serviços e

vistos por I xá. • comprava seus produtos. Deve-se ao a seus fornecedores, que a Fundação vê

( ’Pql ) realizações dignas dos aplausos do como clientes. Quanto ao enfoque estra­

(tabela 2)
primeiro mundo, como o desenvolvimento tégico, a função do CPqD é manter e am­

Custo do Trópico de tecnologia para fibras e dispositivos pliar a capacidade tecnológica do País no

ópticos, antenas para uso em satélites e segmento das telecomunicações.

Ano Mes 1 r s $
centrais digitais de comutação Trópico, fa­

87 dez 800 zendo baixar o custo da comutação. Arregaçando as mangas

88 jun 850 Diferentemente dos Bell Labs que en­

Com a privatização da Telebrás, a Fun­
88 dez 950 contraram abrigo junto à Lucent ou do

dação CPqD partiu resolutamente para

89 jun 1000 CNET com a France Telecom, a privati­

garantir a conquista de novos negócios.
89 dez 1100 zação do Sistema Telebrás tornou o CPqD Mudou sua logomarca e reformulou sua

90 jun 1000 órfão de um mercado cativo interessado organização. Agora, o CPqD possui: dois

em seus produtos.
90 dez 400 diretores voltados para o mercado. Luiz

Sensível a essa situação, o Governo de­

91 jun 350 Del Firentino trata do desenvolvimento
terminou que as operadoras do Sistema

91 dez 350 de novos negócios; e Torsten Bõrjlensen

Telebrás a serem privatizadas firmassem

92 jun 300 contratos de serviço com o CPqD. Isto gerencia as contas de clientes já exisren-

92 dez 250 garantiu ao Centro, por um período de três tes, como a Embratel, as teles e a Anatei.

93 jun A direção do CPqD reformulou a es­
E 200 anos, uma entrada de recursos. Findo este
o
U trutura de cargos e salários (PCCS) oriun­
• • • 93
c dez 200 período, a instituição deverá caminhar com
da da época estatal e corrigiu distorções

• » A entrada do Trópico, em julho de 1 9 9 0 . fez ca ir suas próprias pernas.
S t em negociação com o sindicato local
c drasticam ente o custo d o term inal

. 0 A equipe da Fundação CPqD aguarda