Page 14 - Telebrasil - Março-Abril 1996
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Roosevelt Nogueira de Holanda
A Nortel do Brasil acelera constante desenvolvimento, abrindo su telecomunicações, conta com ótimas
seu crescimento, domina cessivas avenidas de informação e ofe perspectivas de exploração.
“A aprovação dos projetos de libe
o mercado de redes recendo serviços de alto valor agregado. ralização tomam esse mercado ainda
Para ele, a rota de convergência,
públicas comutadas e cada vez mais flagrante, que se obser mais promissor, principalmente le
coloca-se entre as três va entre a informática e as teleco vando-se em conta as metas e a polí
maiores fornecedoras municações faz evoluir o surgimento tica de investimentos para o setor”,
no segmento celular. das redes. O resultado é uma revolu- pensa Machado.
C om um faturamento mundial
de US$10,67 bilhões, apurados
em 1995, a Nortel-Northern
Telecom, empresa de origem
canadense, fundada em 1885, tem ra
zões de sobra para comemorar o seu Luiz de O. Machado:
primeiro século de existência. confiança no futuro das
Afinal, a cifra produzida no ano telecomunicações
brasileiras.
passado representa nada menos que
, 20% de aumento sobre o resultado
R conquistado em 1994.
Só que no Brasil, seu desempenho
foi ainda mais notável, registrando um
crescimento de 31% no volume de
vendas. Efetivamente, o faturamento, cionária mudança na maneira pela Apesar de considerá-las arrojadas,
que tinha sido de US$240 milhões qual é acessada, compartilhada e Machado acredita na realização da
em 1994, saltou, em 1995, para administrada a informação. meta do governo de aumentar as
US$315 milhões. “A globalização da informação, bases instaladas de linhas conven
Boa parte desta singular performan assegurada pelas redes, está criando cionais de acessos telefônicos, de
ce deveu-se a uma parceria feita com oportunidades ilimitadas dc enrique 15,5 milhões (no ano passado) para
a Promon Eletrônica. Entre as conquis cimento do potencial humano através 45 milhões até o ano 2003.
tas da empresa no Brasil, destacam-se das comunicações", diz Machado. Para os acessos celulares, o
suas vitórias na área da telefonia celu O presidente da Noitel do Brasil re crescimento projetado para o mes
lar, fechando contratos junto às opera vela que o redirecionamento estraté mo prazo não é menos ambicioso:
doras do sistema Telebrás, Telemig, gico da empresa canadense obrigou-a de 1,6 m ilhão em 1995, para 16
Telebrasília, Telegoiás e Telest. a repensar os seus produtos. Visando milhões em 2003. A viabilização
Além disso, conseguiu comercia o segmento de redes, eles ganharam disso tudo virá com a desregula-
lizar várias redes de dados por paco alto nível de adequação a sofisticadas mentação do setor e com recursos
tes com Embratel, Telesp e Teleceará, aplicações multimídia, conexões de públicos e privados da ordem de
assegurando o domínio de 80% do dados de alta velocidade e soluções US$74 bilhões.
mercado de rede pública comutada integradas de informática e telefonia. Diante do enorme interesse que
no país. Tudo isso incorporando a mobilidade esses números despertam entre as
Segundo Luiz de Oliveira Macha dos sistemas wireless. mais importantes companhias inter
do, presidente da Nortel do Brasil, o Entre os que passaram por transfor nacionais do setor, a Nortel já tem de
resultado alcançado pela empresa em mações, estão os da linha Magellan, finida sua linha de atuação: a exem
termos mundiais adveio de um estra Meridian e Norstar. plo do que vem praticando no México,
tégico redirecionamento que a em No Brasil, o comportamento da Chile, Peru, Colômbia, Uruguai e
presa promoveu em sua posição no empresa no ano passado foi forte Caribe, a empresa será uma provedora
mercado das telecomunicações como mente influenciado pelo crescimento de serviços e equipamentos.
um todo. das redes públicas de celulares. Para isto significa que ela não se
Segundo Machado, a realidade apon o presidente da Nortel, isso mostra a colocará entre as participantes de
ta para um mundo cada vez mais inter força do mercado nacional, cuja po licitações e concorrências como uma
ligado por redes de comunicação em tência, com o desenvolvimento das empresa operadora. T
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