Page 14 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
P. 14
M u l t i m í d i a R e q u e r B o a s
T e l e c o m u n i c a ç õ e s
João Carlos P. da Fonseca
nascer de nova área mercadológica
O Universidades brasileiras e da própria a cada três anos. Já há memórias de ac*
é sempre de observação fascinante.
IBM no Brasil, para ouvirem, durante
so aleatório (RAM) de ò4 Mbit/s, aguarc.-
A moda, agora, na indústria da informa dois dias, palestras de cientistas dos cen
ção será a da Multimídia, um termo que tros de pesquisa de Almadem, Paio Alto, da sua entrada comercial para 1996.
Mas será o disco magnético que. no cs
exprime a comunicação homem-máquina Watson e da Corporação IBM, sobre o es- tender de Jean Paul, continuará sendo s
envolvendo imagens, texto, voz, som, da tado-da-arte da Multimídia. Vídeos foram cavalo de trabalho da informática, vias
dos, formando um todo integrado. Por passados para demonstrar o progresso — já se atingirem precisões mecânicas de 0.5
que manter o uso do telefone, do facsimi ainda incipiente, mas notável — dos pro micron na sua produção e densidade de
le, do televisor, do micro pessoal, do apa gressos já alcançados neste novo meio 60 milhões de bits por polegada quadn-
relho de som, com serviços separados, se de interação entre o homem e a máqui da. Competindo com o disco magnètta
a tecnologia digital permite unificar — na Ao abrir o Encontro, Márcio Kaiser, está o armazenamento óptico com discos
sob forma de bits — todo tipo de informa diretor para tecnologia da IBM Brasil, lem compactos (CD) e uso de energia laser
ção-pé rgun taram os cientistas. Não seria brou que esta é uma época em que a em Numa das tecnologias o laser queima df
melhor dispor de uma tela eletrônica mos presa está aberta a parcerias e que boas forma permanente orifícios nas trilhas
trando texto, imagens fixas e móveis, ou oportunidades existem para empreendi do disco e que depois são lidos por laser
vir num alto falante sons sincronizados mentos conjuntos, principalmente na área e reconhecidos como bits. Outra maneira
com elas, escrever com um lápis numa de software aplicativo. é usar o laser para aquecer uma área pcr
plaqueta eletrônica ou, ainda, dialogar A Multimídia tem na imagem digitali tuada do meio magnetizável de que e te
com este conjunto através de voz artifi zada um de seus mais fortes trunfos. Ima to o disco. Esta área aquecida pode s?'
cial e de reconhecimento, pela máquina, gens fixas, semifixas, móveis, bem como reorientada magneticamente, atingido c
da fala humana? textos, sons e dados podem ser expressos, ponto de Curie, e criar um meio binátt
numericamente, sob forma de códigos bi de armazenamento. Para a leitura da in
Encontro nários e portanto são armazenados, trans formação, um raio laser é defletido. P*'*
mitidos e processados eletronicamente, um lado ou para outro (efeito de Kf"
O III Encontro IBM de Ciência e Tec
r nologia em Informática (realizado no Ho gerando toda a sorte de efeitos e aplica conforme as polaridades magnéticas cr-
ções surpreendentes. A tecnologia necessá
das no disco.
tel Méridien no Rio de Janeiro) reuniu
uma centena e meia de pesquisadores das ria para deslanchar a Multimídia, em ter Em oção
mos de capacidade de memória, velocida
des de processamento e volume de trans
missão de informações sob forma digital Jean Paul lembrou que imagenspas^-
(*) Lembrar que são necessários 0,33 Mbytes para ar
mazenar 1 minuto de vóz digital, com 11 amostras ainda que não haja sobra de recursos — emoção e elevado volume de informai
por segundo e 4 bits de codificação; 1.32 Mbytes pa já é suficiente e os primeiros produtos ao ser humano, coisas que caracteres
rn 1 minuto de som com 22 amostras por segundo e deste novo meio de informação começam numéricos em uma tela não sabem cc^
8 bits de codificação 0,31 Mbytes para imagens fixas a surgir no mercado.
de 040 por 480 pixels e 8 bits de codificação por pi fazer. Imagens em movimento necessita
xel. 134 Mbytes para imagem animada de 8 quadros Jean Paul Jacob, do Laboratório de Al porém, de elevada capacidade de arm^
por segundo, por segundo com mesmo número de madem (Cal), previu que as aplicações, namento quando decompostas digitalm^
pixels e de bits/pixei S22 Mbytes para imagem mó em Multimídia, só alcançarão seu pico
vel dc 30 quadros por segundo, nas mesmas condições te em pixels (picture elemento) Gut*«?
máximo, a partir do ano 2000, suportados sob forma digital, um filme de video *
(*m) Ahraham Alcaim, da PUC/RJ, informou as pes por uma nova geração de chips. A atual 1 minuto de duração, requer 550
quisas em andamento na área de voz: codificadores tecnologia dos chips — caracterizada por de memória que é o limite de armatf5*
digitais de voz do tipo CELP (code c x c itrd linear pre definição litográfica de 1 micron — deve
diction). a taxas menores que 8 kbit/s; técnicas de bai mento dos dispositivos existentes {'•¦
xo retardo, a 8 e 16 kbit/s, reconhecimento da fala. evoluir por um fator de dez, alcançando imagem digitalizada permite que cad.,ç%
em língua portuguesa; listas de frases foneticamente 0,1 micron (equivalente a 238 átomos enfi mento ótico (pixel) seja representado P*
balanceadas para português, falado no Rio de Janei leirados). Fruto do avanço continuado da um conjunto de bits que processadoscr-*r
ro. cuja aplicação principal é em testes subjetivos for microeletrónica, memórias quadruplicaram
mais, da qualidade de sinais de voz processados por todo tipo de efeitos especiais, numa*vC
codificadores digitais. e vão ainda quadruplicar sua capacidade de “realidade virtual”. A partir de
o;
\ 2 teiebras* SetjO-
- i