Page 10 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991

Conjuntura
M e r c a d o
Gilberto Geraldo Garb I, presi­
dente da Nec.
Empresários privados e executi­
vos de concessionárias do Siste­
ma Telebrás, além dos presidentes
das Associações de Redes Exter­
nas, opinaram sobre os atuais pro­
blemas conjunturais e possíveis so­
luções para o setor de telecomuni­
cações do País a curto, médio e
longo prazos. Publicamos, a seguir,
as entrevistas daqueles que atende­
ram à pesquisa promovida pela
Revista Telebrasil
Empresas privadas
Darumatec — O diretor da Daruma-
tec, do grupo Daruma, Glicério Adolfo
Rojas, disse que o faturamento da empre­
sa em 1990 foi de US$ 4,5 milhões e espe­
ra para este ano US$ 6 milhões. A empre­
sa participou das licitações do Banco No­
roeste, Banco do Estado de Santa Catari­
na e do Banco do Brasil. Outras licitações
para este ano: bancos e órgãos públicos
para a venda de PABX e KS CPA. Rojas
afirmou que a Darumatec não vende pa­
ra o Sistema Telebrás e acredita que o
mercado esteja reaquecendo. A Daruma­
tec fabrica e comercializa PABX e KS
CPA e sistemas telex/fax multilinhas pa­
ra o mercado privado.
Grupo Enetele — O presidente do
grupo, Manoel M.M. Martins, afirma que
o mercado está reaquecendo, mas recla­
ma do congelamento de preços ocorrido
no Io semestre deste ano, “aliado ao reco­
lhimento de impostos antes do recebimen­
to das faturas”. Para ele, esta situação
aniquilou o capital de giro das empresas,
forçando a tomada de empréstimos bancá­
rios a juros que absorveram toda a mar­
d e T C s r e a q u e c e l e n t a m e n t e
Raul Del Flol, diretor da Pro-
mon.
gem de lucro do semestre.
Segundo Manoel Martins, a Enetele fa­
turou quase US$ 11 milhões cm 1990,
mas este ano o faturamento já está em
torno de US$ 6,655,000,00. A empresa par­
ticipou da licitação para a venda de módu­
los e blocos protetores (Telesp) e blocos
protetores (Telerj). Ainda este ano, a Ene­
tele participará de duas licitações: Telerj
e CRT Quanto ao relacionamento da in­
dústria com o Sistema Telebrás, o em pre­
sário ressaltou a importância da aplicação
das correções de preços nos contratos
após o Plano Collor II, com os respecti­
vos pagamentos, bem como definição cla­
ra das novas regras de compras de equipa­
mentos (nacional X importados); e defini­
ção de novos conceitos para licitações
Nec do Brasil — Para o presidente
da empresa, Gilberto Garbi, o mercado
continua estagnado “em relação aos bons
tempos”. Segundo ele, “o pequeno reaque-
cimento de 1991, comparando-se com
1990, não deverá perdurar”. O faturamen­
to da Nec do Brasil, este ano, ficará em
torno de US$ 200 milhões, menos US$
50 milhões do que no ano passado. Gar­
bi observou que a Nec participou de pou­
cas licitações importantes em 91. As mais
expressivas foram a da Telesp na área
de multiplex e da Em bratel para a implan­
tação do sistema óptico Rio-São Paulo.
Ainda haverá uma grande concorrência
de comutação na Telesp e outra de trans-
ceptores de microondas na Embratel.
Geraldo Garbi assegurou que os anos
de 1990 e 1991 foram muito fracos em ter­
mos de encomendas do Sistema Telebrás
e o relacionamento da holding com a in­
dústria de TCs “está muito deteriorado
e caracteriza-se pelos principais aspec­
tos: descumpnmento sistemático das obri­
gações do comprador quanto a programa­
ção das obras e as datas de pagamentos;
comportamento inamistoso doscomprado-
• Jenner de Paiva
Manoel Martins, presidente do Ludgcro Pattaro. diretor da
grupo Enctcle. Plrclll Cabos S/A.
res, fundamentados em preconceitos k*-
tra a indústria nacional, e em dados cr?
dos sobre o mercado internacional, ccc
portamento malicioso da parte doscce
pradores, procurando obter vantagens^
vés de interpretações distorcidas da vp
lação ou de cláusulas contratuais dúbas
Pirelli —- O eng. Ludgero Pattaro, k
tor da Pirelli Cabos S/A, foi sucinto cs
suas respostas. Para ele, no que se reítf
às redes de cabos telefônicos, para cole*
car em dia os PEX s (Plano de Expans*'
vencido), o mercado fornecedor para
comunicações está reaquecendo masstf
perspectivas de continuidade. A Ptr&-
em relação a 1990, espera, no final
ano, um acréscimo de 30% em seu fci*
mento.
As licitações relevantes de 1991 ío&-
Telesp — cabos convencionais e cabtè#
ticos. Embratel — sistemas ópticos &•'
São Paulo, tendo apresentado prop^1
como líder do projeto. Para este aoc.l>
gero Pattaro prevê a participação
rei li na execução de novos projetos >
key. Até o início de setembro último
encomendas do Sistema Telebrás
crescido 20% em relação a 1990. t
Quanto os pontos principais do rej*
namento da indústria com o sistema •_
brás, o executivo da Pirelli disse
taria de ver diminuída a ociosida^ '
empresas com metas confiáveis de ^
prazo (5 anos) e melhor planejameí^ ^
ra evitar oscilações bruscas deencDtntf
Promon TCs - Por sua vez, C d * £
da Promon Raul Del Fiol
o mercado está reaquecendo. O faíü1? ^
to da empresa foi de US$ 35 milb^ ,
unidade de negócios de TCs em t?3
espera faturar a mesma quantia em ¦
Quanto às licitações, as mais imp0^ *
foram a participação em twrvMy * ‘
expansão do sistema telefônico ü-