Page 12 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991
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tuiçào das centrais rotativas com o objeti permitisse a expansão da rede telefônxa
vo de melhorar a qualidade dos serviços. do País em ritmo mais acelerado do q.J
“Depois disso, a Telerj não investirá mais o observado nos últimos anos. Sob ^
um centavo, porque os investimentos se ângulo, ou seja, no que depender da Tei*
rão feitos totalmente pela iniciativa priva brás ou do próprio governo centrai, ni
da, já que não existem recursos disponí se divisam modificações substanciais:,:
veis nem orçamento para isso”, enfatizou volume da carteira de contratos das cr
o executivo. presas de serviços". A esperança das e-r
Segundo Eduardo Cunha, a Telerj in preiteiras está nos programas da pl®-.
vestirá em 1991 cerca de US$ 280 milhões comunitária e dos serviços limitados r*
para atender à quitação dos carnes venci cém-regulamentados pela Secretaria Na
dos, e já pagos, e para melhorar a qualida cional de Comunicações (SNC).
de dos serviços. Quanto à prometida expansão da pk
ta da Telesp. Rui Alvarenga acha que ta,
Redes externas vez por motivos advindos do porte t u
das para preservar a estrutura dessas em estrutura administrativa da empresap>
Abecortel — O presidente da Associa presas”. lo de São Paulo, “é uma das poucas op-
ção Brasileira de Empresas Construtoras O presidente da Abecortel disse, ain radoras que se beneficia, em termos &
de Redes Telefônicas — Abecortel, Car da, que a implantação da fibra óptica vai custos e prazos, decorrentes da contrata
los Mazzoni, acredita na recuperação eco proporcionar mais serviços, tendo gera ção de empresas independentes de ser
nômica do País, porém a longo prazo. Re do entre as empreiteiras um clima de eu ços de instalação de equipamentos So
ferindo-se à expansão da planta das redes foria e otimismo, em vista da possibilida bre a participação da iniciativa pnvai
telefônicas, disse o empresário: “Precisa de de trabalho com maior produtividade na expansão da rede telefônica da Tekr
mos estar atentos para que, dentro do con e pelas perspectivas de desenvolvimento o empresário disse que “se trata de expe
texto atual das desregu lamentações, as em tecnológico das próprias empresas. Quan riência nova para todo o setor: Telebfc
presas de engenharia de redes sejam pre to à contratação por tum -key, ele acha usuários e empresas privadas e, como &
servadas”. que foi uma forma muito ousada e inteli exige criteriosa e constante avaliação o?
O empresário alertou que as empreitei gente que o governo encontrou para via objetivos, procedimentos e resultados
ras não possuem mais fôlego ou capacida bilizar a ampliação do sistema de TCs Rui Alvarenga lamentou o quadro«
de de permanecer na situação em se en do País. extremas dificuldades caracterizado por
contram atualmente, devido à paralização Abeprest — O presidente da Associa profunda descapitalização e redução m
do setor. E acrescentou: “A contenção ção Brasileira de Empresas Prestadoras capacidade produtiva das empresas “Ser
de investimentos tem sido dramática pa de Serviços em Telecomunicações — Abe dúvida, uma nova paralisação do setor de
ra as empreiteiras que hoje vivem em si prest, Rui Leme Alvarenga, disse que “não corrente da contenção de investimento«
tuação calamitosa, ou seja, de subsistência existem evidências de qualquer alteração do STB poderá comprometer deita*
apenas. Governo e autoridades precisam significativa nos níveis de investimentos mente a possibilidade de recuperação da
encontrar com urgência soluções adequa programados pelo Sistema Telebrás que empresas de serviços.”
(10.11.88) — define serviço limitado co jurídica para fazê-lo, mas só a pessoasnacc*
mo “as modalidades de serviços de TCs
Decreto regulamenta quaisquer que sejam as formas (telegrafia, nais. A permissão é para uso do própro
permissionário. Uma pessoa jurídica pe
telefonia, televisão, tx de dados, teledifu- de, no entanto, ter permissão para presta:
serviço limitado são e outras) ou meios (dispositivos, com serviços a terceiros, se o serviço não fof
ponentes e assemelhados) utilizados, em aberto à correspondência pública e par*
âmbito nacional ou internacional, e desti um grupo bem determinado, independer-
nados ao uso de pessoa física ou jurídica, temente da existência, ou não. de sen'
“Este regulamento será um instrumen nos casos não abertos à correspondência ço semelhante e isto sem exclusividade
to fundamental para que se façam cum pública”. Haverá processo de seleção quando hou
prir no setor de comunicações, com a cele O regulamento do serviço limitado con ver restrição técnica ao número de pr
ridade desejada, os objetivos governamen tém 35 artigos. O artigo 3o é utilizado pa missionários. A permissão é pessoal, o- I
tais particularmente para reduzir a inter ra registrar 25 definições de termos julga torgada pelo Ministério da Infra-estrjr. |
ferência do Estado nas atividades dos ci dos importantes. Serviço limitado é o não ra, e terá prazo a ser ainda determine*;
dadãos e o respeito às regras livres do aberto à correspondência pública e toma A exploração do serviço limitado &
mercado”, foram algumas das palavras a conotação de privado (serviço, rede, li terá fronteiras geográficas. As redes & |
com que o Ministro da Infra-estrutura, nha) se for para uma só pessoa, física ou Serviços Limitados de TCs podera -
João Santana, encaminhou ao presidente jurídica, e dedicado (serviço, rede, linha) meios próprios, cedidos, alugados ou j
Collor de Mello, minuta do que se torna se servir a um grupo bem determinado. dos por contratos a terceiros ou uma com
ria, em 18.07.91, Decreto aprovando o re Este é vinculado pela necessidade de in binação destes meios, inclusive circu:' -'
gulamento dos serviços limitados de TCs. tercâmbio de informação entre seus mem integrados da rede pública, estes obw^
Possivelmente, nenhum outro regula bros para execução de uma atividade es por livre negociação entre as partes'
mento terá maior impacto sobre o mono pecífica comum. A linha dedicada é defi em bases não discriminatórias Perra^ j
pólio estatal das comunicações, este res nida como parte da rede pública. Explo só será necessária para quem transtf ‘
trito aos serviços abertos à correspondên rar um serviço de TCs é fundamentalmen o sinal nos canais de comunicação.
cia pública, isto é, aqueles “fornecidos, in- te transmitir sinais e não necessariamen ber, armazenar, emitir comutar, pro
discriminadamente, a qualquer pessoa te gerá-los ou recebê-los. Quando uma en sar sinal não é explorar serviço limit#’
por meio de equipamentos terminais de tidade que explora serviços os fornece, Entidades de direito privado têm c i
uso coletivo ou individual ou postos de mediante remuneração, a outra explorado to de ter acesso à rede pública paraph
serviços, livremente acessíveis”. Frisou o ra de serviços ela estará fazendo uma “ex tação de serviços de informação a j
ministro João Santana, que os serviços li ploração industrial do serviço de TCs”. clientes. Uma rede própria de uma pretf- j
mitados de TCs constituem importantíssi Já o serviço de valor adicionado acrescen dora de serviço limitado só pode ter v
mo segmento fora do monopólio público ta a uma rede preexistente de um servi ponto de interconexâo com uma red? & j
e que são destinados ao uso de grupos ço de transmissão, meios ou recursos que mutada de serviço público de TCs t ^
de pessoas físicas ou jurídicas, “vincula criam nova utilidade relacionada com o pode se interligar a outra rede que ter^ j
das por interesses comuns”. acesso, armazenamento, movimentação e acesso direto ou indireto à rede
O regulamento recém-aprovado — com recuperação da informação. comutada. Satélites, qualquer um p
base no Código Brasileiro de TCs da Lei A União pode explorar serviços limita ser utilizados para prestar serviço
4117 (27.08.62), alterado pelo Decreto 97057 dos ou dar permissão à pessoa física ou do privado (JCF)