Page 7 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1991

mapa, e que serão gerenciados por compu­ Maria Elisa da Costa e Tália Buarque

tadores VAX, da Digital. de Holanda, da Embratel, enfatizaram

A arquitetura do Projeto SAR, que se­ que a migração de STM-400 para X.400

rá inicialmente DecNet, dos computado­ foi efetuada de modo a minimizar o im­

res Vax, evoluirá depois para a estrutura pacto para os usuários do serviço, que ho­

OSI. A rede de comunicações será imple­ je são cerca de 5 mil, além de cerca de

mentada via Renpac 3025, a 9,6 Kbit/s, in­ 10 grupos de domínio privativo. Ricardo

terligando micros e terminais isolados, Santoro, da ABC Buli descreveu como

existentes nas subprefeituras e com gate- funções básicas para o serviço X.400: a

way (portal) para um IBM 9021, central. criação e a transferência de mensagens,

O projeto SAR vai ter início, explicou bem como seu processamento na recep­

Etelvíssio de Souza Jr., da Prodam, pelas ção. Dentre as aplicações permitidas pe­

regiões da Pena, Lapa, Campo Limpo e los STM-400 e X.400 estão a troca de men­

Santarém. Para o futuro, está previsto sagens em texto livre — a mensagem in­

um anel de fibra óptica, a 100 Mbit/s in­ terpessoal — o intercâmbio de arquivo

terligando as subprefeituras, além de ser­ em linguagem binária ou FTAM e o IED

viços de videotexto empresarial, troca que possui mensagens com padronização

de mensagens e conferências eletrônicas, internacional e nacional e por segmento

com o primeiro escalão do Governo Muni­ de atividade a que se destinam.

cipal. A Embratel vai oferecer o Diretório
D.Perpignan, da Embratel

Eletrônico de Assinantes — DEA que for­
bratei

necerá aos usuários informações sobre as­

A Embratel está implantando o servi­ sinantes de telex, da rede de pacotes —

ço de tratamento de mensagens X.400 vi­ Renpac, e STM-400. Depois, a operadora

sando o intercâmbio eletrônico de dados vai ofertar facilidades de mala direta, im­

— IED, definido em 90 por um especialis­ pressão de etiquetas e impressão remota.

ta, como sendo “a transmissão de dados Ao descrever as vantagens do uso do ser­

estruturados, através de mensagens padro­ viço X.400 para dar suporte ao intercâm­

nizadas, comunicados computador-a-com- bio eletrônico de dados — IED — relativa-

putador, por via eletrônica”. Suas origens mente a outros meios possíveis como Ren­

remontam ao serviço Cirandão que cinco pac, telex, telefonia e redes de valor acres­

anos mais tarde evoluiria para o serviço cido — enfatizou Daniel Perpignan que

STM-400. Mais recentemente, a empresa o X.400 oferece, de acordo com padroniza­

adquiriu um sistema de administração in­ ção recente, ditada em 90 pelo CCITT,

ternacional de mensagens e um software endereçamentos e roteamentos padroniza­

de adaptação do STM-400 nacional para dos, entrega em caixa postal eletrônica

X.400, que permitirão o intercâmbio de ou diretamente no terminal do usuário,

mensagens entre domínios privativos dota­ uso de protocolos padrão, acompanhamen­

dos de produtos X.400, com o serviço de to dos intercâmbios de mensagens, bem

telex nacional e com o envio de mensa­ como comunicação com sistemas públicos.

gens para fac-símile e telex internacionais. I'. B. (ir Hollandü, da Embratel. Ele lembrou que o serviço de tratamen­

to de mensagens X.400 opera na camada

superior do modelo OSI, tal como fazem
A eletrônica dos Correios a transferência e gerência de arquivos —

FTAM e o terminal virtual. Segundo ex­

Nos Correios, as áreas de TCs e in­ ca Espanhola) e ao grupo de Paris com plicação de Cristina Kokiel, da SID Infor­

formática da ECT vão ser fundidas nu­ 32 países representados —- Brasil e Ar­ mática, o terminal virtual faz uso de uma

ma gerência única e a filosofia vai ser gentina inclusive — que tratam do cor­ linguagem padronizada para comunicação

migrar de processamento centralizado reio eletrônico. Além da distribuição entre o computador local e o distante per­

para o distribuído. Haverá uma rede física de objetos, uma força e tradição mitindo que um terminal local, real, ope­

básica, digitalizada, servindo de espi­ dos Correios, a ECT favorece o proto­ rando em seu ambiente nativo, acesse

nha dorsal do sistema telcinformático colo aberto X.400 para correio eletrô­ (com uma simples conversão para termi­

da ECT e que se estenderá de Porto- nico, o X.25 para as camadas de 1 a 3 nal virtual) uma aplicação no computador

Alegre a Recife, com nós nas princi­ do modelo OSI e o FTAM para trans­ distante e percebendo-a como se fosse local.

pais capitais, incluindo Brasília, e re­ ferência de arquivos. Daniel Perpignan mostrou que o inter­

des subsidiárias de acesso alimentan­ O plano de modernização da ECT câmbio eletrônico de dados - IED utiliza

do estes nós, explicaram Benedito Me­ inclui a automação de agências, o ras­ serviço X.400 como se fosse um envelo­

deiros Neto, da ECT e M. Guedes da treamento automático de objetos, o aces­ pe eletrônico (Pj) cujo conteúdo permiti­

SGA. O Correio brasileiro, com 70 mil so direto a grandes clientes, os servi­ do será, progressivamente do tipo transpa­

empregados, 5 mil agências e outras ços telemáticos e o estabelecimento rente (P0); com cabeçalho de mensagens

tantas, satélites ou com franchising, de infra-estrutura para informações fi­ interpessoais e corpo IED; com cabeçalho

vai modernizar, com uso da informáti­ nanceiras. “Vamos aderir ao conceito automatizado e corpo IED ou (Pec|i)- Ele

ca, seus centros de triagem e de distri­ de redes de valor acrescido prestando frisou que o uso de X.400 para conduzir

buição e que junto formam, uma imen­ serviços como o envio de convites de IED está sendo preferido por diversas re­

sa rede de pacotes para objetos postais. casamento, impressos e entregues ele­ des internacionais, de grande porte, co­

O serviço de telegramas da ECT tronicamente”, exemplificou Benedito mo Transpac, Infonet, US Sprint e outras

que pode ser acessado por agência, te­ Medeiros Neto. O futuro dos Correios mais. Júlio Sinhara de Souza, do CB-21,

lefone ou telex, vai ser automatizado, será o de uma empresa transportado­ da Associação Brasileira de Normas Téc­

utilizando técnicas de Intercâmbio Ele­ ra e provedora de serviços, apoiada nicas, explicou que a definição de padrões

trônico de Dados —- IED e comunica­ em protocolos X.400 para dar suporte para IED envolve os aspectos organizacio­

ção com protocolo X.400. A padroniza­ ao intercâmbio eletrônico de grande nais e as regras particulares do ramo de

ção da área postal se pauta pela União volume de informações e com serviços negócio a que o IED se aplica, sendo que

Postal Universal — UPU, pelo Siste­ híbridos ECT/Embratel. Já o serviço a padronização internacional de documen­

ma de transporte e rastreamento inter­ de fax, considerado menos flexível pe­ tos para negócios, como ordens de com­

nacional de objetos — ETSG, bem co­ las administrações postais, não será pra, cotações, notas de embarque e outras

mo à CCPS (Comissão de Estudos Pos­ tão incentivado quanto o correio eletrô­ baseia-se na sintaxe geral Edifact (ISO

tais), à UPAE (União Postal da Améri­ nico e o IED. 9735) recomendada pelas Nações Unidas,

ffCF)