Page 32 - Telebrasil - Julho/Agosto 1991

Telefonia Celular:
T o d o s a g u a r d a m o p r ó x i m o
Um dos carros-chefe do processo de desre-
gulamentaçào sendo conduzido pela secretaria
nacional de comunicações é o estabelecimen­
to do regime de ocorrência na exploração do
telefone móvel celular. “Serão duas operado­
ras por Estado da Federação, uma delas priva­
da”. garantiu o Secretário Joel Rauber. O dire­
tor do departamento nacional de serviços pri­
vados, da SNC, Roberto Blois, subordinado a
Rauber. prometeu que os editais de licitação
para a exploração da telefonia móvel celular
serão lançados em breve e de modo simultâne­
os para 5 ou 6 Estados e com prioridade para
freqüência reservada à empresa privada
Do lado da exploração da telefonia celular
pelas empresas-pólo, o panorama nacional,
em termos resumidos, é o seguinte: no Rio (o
sistem a foi fornecido pela NEC e operado p e ­
la Telerj) é o único em funcionamento no Pa­
ís e já conta com 4 mil usuários angariados
desde sua inauguração em novembro do ano
passado; na Capital Federal está prestes a ser
inaugurado o sistema contratado (em janeiro
de 89) à Elebra Telecon, com tecnologia Nor
then (canadense) e que será operado pela Tele-
brasília; em Porto Alegre, a CRT, vai lançar
licitação, em agosto, para fornecimento de 4
mil terminais.
É bom lembrar que foi anulada a licitação
para para o fornecimento do sistema celular
para a Telesp, em S Paulo, lançada em janei­
ro de 89, simultaneamente com as do Rio e
Brasília. Em outubro de 89, lançou a Telebrás
a 1* fase da licitação para fornecimento às ope­
g e n t e
M inistério da
Infra-Estrutura
J o ô o
ra d c S a n ta n a , 34, pau­
lista, solteiro, formado pe­
la Escola de Direito da
USP, conta em sua vida
profissional: estagiário da
Stroeter, Trcnch, Veria-
no Advogados; secretário
parlamentar da Assembléia Legislativa de SP.
chefe de gabinete na Fundação Faria Lima-Ce-
pam; coordenador de comunicação social da
Secretaria do Interior-SP; secretário p/ ass le­
gislativos do M Fazenda (gestio Funaro), assis­
tente diretoria da Mangeis; assessor de Dilson
Funaro, na Dilpart Partic.; editor associado
da Gazeta Mercantil Jornal S/A. Secretário da
Administração Federal — PR; presidente da
Comissão de Fiscalização e Controle da Previ­
dência Social (04/05/91); Ministro de Estado
da Infra-Estrutura (09.05.91).
CPqD:
Leòncio Vieira de Rezende Neto, ex-PR da
Telepar, < o novo superintendente do CPqD,
em Campinas Na posse, Joel Marciano Rau-
ber. Secretário Nacional de TCs e José ígnácio
Ferreira. PR da Telebrás.
De Fernando Vieira de Souza, agora diretor
de Recursos Humanos da Telebrás. após 4
anos à frente do CPqD, em Campinas, ao dis
cursar, emocionado, na posse de Rezende Ne
to: “você ganhou uma pérola, que o Brasil sou­
be cultivar. Cuide bem dela”.
p a s s o
radoras estatais do sistema celular nas cidades
de Curitiba. Belo Horizonte, S. Paulo, Salva­
dor, Fortaleza, Recife e Campinas e que resul­
tou na pré-qualificação das NEC, Ericsson, Vil-
lares/Entel, Sid e Elebra Telecon, agora as li­
citações da 2a fase correrão por conta das ope­
radoras respectivas.
Ao lado da exploração da telefonia celular
pela empresa pública, a expectativa é grande
à espera dos editais de licitação prometidos
pela Secretaria Nacional de Comunicações pa­
ra a empresa privada. Ocorre grande m ovim en­
tação de bastidores visando a articulação de
grupos nacionais com empresas estrangeiras,
estas detentoras do know-how tecnológico pa­
ra telefonia celular. Dentre os grupos nacio­
nais interessados em concorrer correm nomes
como os de Roberto Marinho (NEC), Montei­ A em presa privada também quer disputar os
ro Aranha (Ericsson), Bradesco, Canhedo (Vasp), serviços da telefonia celular.
Iochpe (Edisa), Safra, Rede Brasil Sul, Arbi,
Camargo Corrêa, Machline (Sid) e do lado es­
trangeiro, o de empresas européias com o a te da Secretaria Nacional de Comunicações.
Ericsson, Alcatel, Stet, japonesas como a NEC Os interesses em jogo são grandes na explo­
e NTT e americanas e canadenses como ração da telefonia móvel celular, ocorrendo a
AT&T. Ameritcch, Novatel, Northen Telecon. perspectiva da privatização, a médio prazo,
Bell South, Bell Atlantic, Motorola, dentre ou de boa parcela de terminais telefónicos, princí-
tros. palmente se ocorrer no futuro, a digitalização
O tema de inconstitucionalidade da explora­ do sistem a analógico AMPS. que é a tecnolo
ção da telefonia móvel celular por grupos pri­ gia, por ora. adotada no Brasil A propósito, o
vados já foi julgado como não procedente pe­ atual presidente da Telebrás, José ígnácio Fer­
lo Supremo Tribunal Federal, mas o acordâo rei ia. com longa experiência na política, got- .1
ainda não foi publicado no Diário Oficial. “Pre­ ta de observar que. “todo ato de gestão do Go­
ferimos evitar a publicação de Editais de licita­ verno é sempre precedido pela vontade políti­
ção antes que isto aconteça”, revelou uma fon­ ca É observar e aguardar (JCF)
E m P au ta: ex PR da Telebrasília, permaneceu no planai
to, é assessor do Ministro da Infra-estrutura,
Arthur Ituasau, ex-secretário para assuntos in­ para assuntos de TCs Carlos Ademar Purim
ternacionais do extinto Mimcom, cargo que e Jorge DâlPIgna Neto. ex diretores da Lapser.
ocupou por 11 anos, está licenciado da Embra- formaram a Conecta Ltda. Comércio, Assesso
E d u a rd o C erdei-
tel e tem, em Brasília, a ACI Consultoria em ria Equipam entos Eletrônicos (041-306-263S}.
TCs, Ltda Humberto Cagno Filho, 39, com
17 anos de Equitel é agora gerente geral da Depoimentos:
Divisão de TCs da Raychcm, no Brasil (m ate­
rial para redes).
Dc Manoel Octávio, (fo­
to) presidente do. recém-
P rêm io s: consolidado, Grupo Stan­
dard Telecomunicações:
Venceram o V Prém io “gosto de comandar gen­
Nacional de Informáti­ te que preciso írear e
ca. da Fundação Rober­ não empurrar” Há dife­
to Marinho e Moddata: rença entre o pessoal
Daniel Menascé, Carlos de informática e o de
José Pereira de Lucena TCs, acha Cristiano Fer
(PUC/RJ). V irgílio A l­ raz, da WG, “enquanto, os primeiros chamam
meida (UFMG) e Tadao alguém para descobrir o defeito no sistema
Takashi (CnPQ). Em pau­ de transmissão de dados, os últimos vão à bus­
ta: cooperação entre pro­ ca do equipamento de análise de protocolos'
cessadores e pessoas heterogêneas, visando D e um funcionário do Sistema Telebrás. sobre
melhor custo/benefício Paulo Manoel Lenz o dilem a privatização « estatização, "a solução
Cesar Protásio (foto) permanece eleito para é a convivência pacífica dos dois modelos'
mais dois anos à frente da Associação Comer­
cial do Rio de Janeiro Fernanda Di Franco, G e stá o :
responde pela Coordenação de Comunicação
da Televisão Por Assinatura do Grupo Abril
O Decreto 137 (27.05 91) instituiu contrato de
— TV A Ganharam o Prêm io José Reis de Di
gestão entre estatais, como a Telebrás e a
vulgação Científica — 90’. R Bonalume Neto,
União. Isto inclui, metas, compromissos, admisr
Virginia Schall, e a Revista Superinteressante.
são dc gente, tarifas, dados físicos e económi­
co-Financeiros. qualidade c produtividade. Ava­
C a le id o sc ó p io : liação é trimestral, com mecanismos de pre
tntaçáo e demérito. Telebrás tem arranio siiíá
Na informática, Antônio Carlos Rocha assumiu lar com as operadoras Quem optar pelo con­
a presidência da NCR, do Brasil é Carlos Au­ trato, ganha autonomia no "como fazer pam
gusto Cruz, ex PR da Sisco, é agora presiden­ atingir “o que fazer“. É o Brasil SA seorgaa r
te da Labo Eletrônica. Jorge Alberto Fischer. zando.