Page 25 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1991
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va atribuição da concessionária a res sem fio) irá incentivar o estabeleci
ponsabilidade pela venda de termi mento de uma planta comunitária
nais telefónicos”, lembra Sankievicz. num condomínio. Com isto “ganharão
Ele acrescenta que há um pano de usuário, fornecedor de equipamentos
fundo Constitucional, que não está e serviços e a própria concessionária”.
em discussão, mas que só há serviço Referindo-se à participação financei
de telecomunicações, quando um si ra do usuário para obtenção de um
nal é transmitido entre estações, se telefone, mostrou Sankievicz que o
não o uso de um interfone deveria País não conta (hélas!) com mecanis
ser considerado um serviço de teleco mos de investimentos a Longo Prazo
municações”. e que as fontes internacionais de fi
Acrescenta o dirigente que o trans nanciamento exigem, em contraparti
porte da informação em uma mesma da, a realização de uma licitação inter
estação não caracteriza por si só um nacional.
serviço de telecomunicações (mesmo Dentre as manifestações da mesa-
Benjamin: “com tum-key todos lucram .
sendo efetuado por meio de ondas ele redonda, Rui Alvarenga, da Abeprest,
tromagnéticas) e que o conceito de es recomendou que o processo turn-key
tação é vasto, podendo incluir por seja implantado gradualmente. Anto- da Elebra, observou que a planta do
exemplo, uma cooperativa de usuá nio Beldi, da Splice, falou da necessi ada é um caminho natural para dar
rios. Outra brecha no serviço de tele dade de maior acesso ao cadastro das serviço telefônico a quem dele neces
comunicações aberto à correspondên concessionárias e do cumprimento sita, mas criticou a participação finan
cia pública, que é objeto de monopó dos prazos de entroncamento prometi ceira de 32% que a comunidade terá
lio estatal, é o serviço público restri dos. Ele ainda alertou que não adian de dar para a Telebrás. Félix Wac-
to de telecomunicações, que engloba tará efetuar plantas comunitárias se krat, do IE-SP, recomendou a preser
“não só as comunicações efetuadas o entroncamento da concessionária vação da tecnologia do CPqD.
em veículos em movimento, como tam estiver congestionado. Roger Douek, Dentre as presenças que puderam
bém aquele que é prestado em locali da Sid, sugeriu estabelecer uma tari ser anotadas à mesa-redonda da Tele-
dades não atendidas pelo serviço pú fa de emergência para acelerar a ex brasil, além dos já citados contou-se
blico. Mas há pontos indefinidos, co pansão. Adlly Pereira, da Construtel, com: Standard Eletrônica, Promon,
mo o do serviço público rural limita prestou seu depoimento com base Telemig, CSE-Camargo, Alcatel, Em-
do, que não se sabe ainda se perde em 8 anos de experiência na área de bratel, Selte, Matricial, Construtel,
ou não esta característica quando liga planta doada dizendo que cada situa Omni Engenharia, Ericsson, Zetax.
do (entroncado) à rede pública", elabo ção encontrada é uma situação distinta. Representou a Aberimest e o Sindi-
rou Sankievicz. Sérvio Túlio, da NEC, defendeu o ines, Edwaldo Sarmento; a Abecortel
Na prática, ele prevê o aparecimen tipo de turn-key utilizado nos EU A, Jaime Maçans; a Abeprest, Rui Alva
to da figura do empreendedor que vis que só envolve a contratação de facili renga; e o Instituto de Engenharia
lumbrando uma oportunidade merca dades r nflo a execução do projeto “a- de São Paulo, João Oliva, Alierson
dológica (como o caso de um PABX té o último parafuso". Cláudio D&scal, Brígida e Félix Wackrat. (JCF)
enquanto a desregulamrntaçfio é uma con- mento no processo de materialização das
Telesp:
srqürntc abertura de oportunidades para expectativas de modernidade e avanço
que todos os agentes econômicos possam das comunicações em nosso Estado, coe
colaborar na construção de um Brasil me rentes com as metas do Governo de au
Novo presidente quer lhor. E c o n t i n u o u : mento de produtividade, qualidade e com
— Indústrias, empresas construtoras e
petitividade.
instaladoras, a engenharia e tecnologia Mais adiante, ele prometeu recuperar
ética e honestidade deverão ser motivadas para um engaja- a imagem da Telesp diante de seus usuá
rios e acionistas, “a quem devemos satisfa
ção quanto aos resultados de nossa gestão”.
Depois de elogiar a probidade e a com
fV.ng. Oswaldo Nascimento é o novo petência do quadro de funcionários da
^presidente da Telesp-Telecomunica- Telesp, ele disse que “o trabalho é e sem
ções de São Paulo S.A. Em seu discurso pre será a única forma de construção de
de posse, com a presença do vice-presiden uma sociedade mais justa e dinâmica que
te da Telebrás, Paulo Edmur Pollini, e alavanque o nosso País para o lugar que
do Secretário Nacional de Comunicações, lhe está reservado entre os povos desen
Joel Marciano Rauber, ele destacou que volvidos. Enfatizando o tema de probida
“o sonho da razão se ajusta fortemente à de disse o executivo que esta é caracterís
tecnologia e a sociedade se beneficia ou tica do povo brasileiro e "na nossa empre
se afoga nele, na medida em que os siste sa rejeitaremos, em conjunto — diretores
mas arquitetados cumpram ou não o seu e funcionários —, aqueles que não se ajus
papel de fazer trafegar o fluido vital das tarem aos princípios éticos e de honestida
sociedades organizadas: a informação”. de no trato do bem público”.
O presidente da Telesp lembrou em — Aumentos na quantidade e qualida
seguida que "olhando para o passado ve de dos nossos serviços serão perseguidos
mos o quanto já foi feito e ainda o quan e alcançados; os sistemas serão arquiteta
to devemos á sociedade brasileira no cam dos e implementados para dotar o Esta
po da prestação de bons serviços públicos do de São Paulo de meios de comunica
de TCs" Nascimento disse estar confian ções modernos e compatíveis com o pe
te no plano de modernização administrati so e a demanda da sua economia — pro
va do Governo Collor de Mello, onde o meteu o novo presidente da Telesp.
maior esforço se estabelece na economia, Oswaldo Nascimento, presidente da Telesp.