Page 22 - Telebrasil - Julho/Agosto 1990
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época em que são introduzidos serviços e fa cili
dades com vistas a tornar o uso do telefone mais
popular e flexível, tais como a Discagem Direta a
Cobrar, o Disque-Amizade, o Telecard. Em 82,
começa na Telesp o serviço de videotexto e, em
83, a Embratel lança o projeto Ciranda desti
nado a disseminar a cultura telemática, a partir
de sua utilização pelos empregados da própria
empresa.
Frente aos custos crescentes das com unica
ções via Intelsat e para preservar a ocupação or
bital reservada ao Brasil, o Minicom decide, em
81, promover licitação para o fornecimento de
dois satélites de comunicação para uso domés
tico e que será ganha pelo consórcio Spar/Hu-
ghes, enquanto a Arianespace vencia a licitação
para o foguete lançador. O Brasilsat I irá ao es
paço em 85 e o Brasilsat II no ano seguinte e a
Embratel já terá inaugurado, em 84, o Centro de
Controle e de telecomunicações domésticas es
paciais, em Guaratiba, RJ. Já em 1983 dá-se a
im plantação do serviço TV-Sat, da Embratel,
que se destina a enviar programas de televisão,
via satélite, das estações geradoras às demais
estações difusoras.
Na gestão Haroldo de Mattos recebem im
pulsos, na Embratel, estudose subsequente im
plantação de meios para comunicação de da
dos. O serviço Transdataé implantado em 1980
e a Rede Nacional de Pacotes-Renpac, com tec
nologia francesa, tem contrato assinado em 82
e é inaugurada em 84. No campo da tecnologia,
as novas instalações do CPqD, em Campinas,
serão inauguradas em 80, com a presença do
Presidente da República. A atuação tecnológica O período de 80 a 85, prm cipalm ente de bre o desregramento e o monopolio dasTCs, cui
do CPqD passa a se fazer sentir a Cetel terá em pois de 82. é marcado por forte descréscimo nos minando em 8 8 , com a manutenção da explora
83 um enlace experimental de comunicações investimentos em TCs, em decorrência da crise çào dos serviços públicos de TCs pela União
ópticas ECO-I e a indústria passará a receber econômica em que mergulha o Pais. A partir de No plano industrial, discute se — junto ao
tecnologias de sistemas digitais, como o MCP 8 6 e 87, há forte incrementos nos investimen M inistério e à Telebrás — menor dirigismodo
30. tos, que atingem, nos anos de 8 8 a 89, valores mercado supridor de bens e serviços para a Tele
A partir de 83, os ecos da tecnologia existen nunca antes alcançados. É enfatizada uma polí brás, advogando-se maior liberdade quanto a
tes no mundo despertam, aqui, estudos e nor tica de popularização das TCs — lançada na número e caracterização dos fornecedores. No
mas sobre a digitalização da rede e a introdução gestão Haroldo Corroa de Mattos - redundando CPqD, prossegue, com sucesso, o desenvolvi
da Rede Digital de Serviços Integrados-RDSI, no aumento dos telefones públicos instalados. mento das centrais digitais Trópicos, cujo mo
bem como discussões sobre o desregramento Entretanto, problemas de planejamento e uma delo menor (Trópico R) é repassado à industna
das TCs. Ponto fundamental da digitalização da sucessão de Planos governamentais para a Eco para ser fabricado e o modelo maior (Tropico
rede é o da introdução de centrais CPAs e que nomia o Plano Cruzado é de 8 6 - redundam RA) entra em teste em 89.
tem decisão da Telebrás, em desenvolver, no em aumento no congestionamento de redes, na A partir de 8 6 , ocorre a retomada de investi
Brasil, tecnologia de centrais CPA digitais (fa degradação da qualidade do serviço c no au mentos por parte da Telebrás e é lançadoo Pla
mília Trópico). Em 81, decide o Mmicom can mento da demanda reprimida para serviços de no de um milhão de telefones/ano e a Operação
celar a introdução na rede de CPAs do tipo espa TCs. 90, que visa im plantar 4,3 milhões de term<
ciai. por considerá-las ultrapassadas; adotar A vocação política do Ministro das Comuni nais, em 5 anos, e que — tal como outros planos
centrais temporais ou dieitais; e prosseguir com cações se refletirá em medidas tais como a de de expansão do setor, no passado — se revela
o desenvolvimento, no CPqD, do sistema Tró fesa da independência do setor de TCs. junto ao excessivamente otimista. Do ponto de vista téc
pico. Conselho Nacional de Informática-Conm, a con meo, crescem a digitalização da rede. os planos
A determinação do Minicom em aceitar ape cessão de canais de radiodifusão, a fixação de ara a Rede D ig ita l de Serviços Integrados
DSI, a comunicação de dados e a utilização do
nas empresas com capital majoritário nacional, tarifa para o serviço de TCs e o término da espe B
como fornecedoras do Sistema Telebrás, movi culação. privada, na transferência de telefones satélite doméstico para comunicações empre
menta as empresas estrangeiras aqui instaladas (Portaria 219). A elaboração da nova Constitui sariais. Em 8 6 , é inaugurado, em Morungaba,
no sentido de se associarem a grupos nacionais. ção, por sua vez, faz recrudescer a discussão so- São Paulo, o segundo centro de comunicação
A Siemens se associaria à Hermg e cria a Equi- via satelite.
tel; a Nec tem como parceiro a Docas e depois a Nota-se uma pressão de demanda do setor
Brasilivest; a Ericsson associa-se ao grupo Mon de negócios e da informática para obtenção de
teiro Aranha; a GTE se une ao grupo Catagua- maiores facilidades de TCs. Divulga-se a padro
zes-Leopoldma; a Telettra ao grupo ABC; e a nização ISO. ao lado do CCITT. Do ponto de
Sesa ao grupo Pereira Lopes. vista organizacional, a Embratel perde em 8 8
pela Portaria 525, a exclusividade de explora
José Sarney çào das comunicações de dados, que ela devera
repartir com as demais empresas-põlos Aquan
tidade de diretores, pelo Decreto 79 649. nas
Con>a morte de Tancredo Neves, em 85, as empresas do Governo, é enxugada. Dá-se em
sume a Presidência da República o Vice-Presi- 89. a fusão entre Cetel e Telerj, no Riode Janei
dente José Sarney que coloca um político de ori ro, permanecendo apenas esta ultima
gem baiana, Antomo Carlos Magalhães, no Mi- Nas proximidades do final da gestão de An
mcom 0 Ministro nomeia para sua equipe um tomo Carlos, em 89. ocorre a licitação para tele
corpo de técnicos e administradores: na becre- fonia movei celular — uma ideia ja discutida em
taria Geral permanece Rômulo Furtado; para a gestões anteriores — mas que so ficana defi
Telebrás irá Alm ir Vieira Dias (antes na Tele- nida para R i o e Brasília. Também e lançada a li
bahia); para a Embratel, PedroCastello Branco, citação para a segunda geração do satelite do
posteriorm ente substituído por José Guisard mestico. cuja decisão e deixada para o proxinv
Ferraz; e para a direção da ECT, Laumar Vascon- Governo, sendo licitantes, em campos opostos
cellos, substituído depois pelo Diretor Regional Spar e Hughes, antigos parceiros no fornec
do Rio de Janeiro, Joel Marciano Räuber José Sarney mento dos primeiros Brasilsat. v