Page 15 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1989
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mais, a introdução da tecnologia celular sinalização CCITT n? 7, que antecedem a
trará o conceito de comunicação pessoal, introdução da ISUP ou Integrated Servi
com a rede memorizando, a todo instante, ces User Part.
onde se encontra qualquer usuário. Uma das razões do sucesso da N u
meris foi o sistema de colaboração estrei
Numeris ta estabelecida pela France Telecom (os
PTT franceses), com os fornecedores de
Philippe Azema, diretor da France informática e de software, e com os usuá
Telecom, disse que Numeris é o nome rios. Dentre os serviços assim desenvolvi
dado à HDSI francesa. Ela foi iniciada, ao dos, ele citou a comunicação multimídia
final de 87, com 400 linhas RDSI na Bre voz/dados (o com putador pessoal que
tanha (FR.) e agora já cobre toda a regiáo fala) e a combinação de vídeo (imagens fi
de Paris e cobrirá o restante da França, xas), e de áudio utilizados para telemar
até o final do ano que vem. O sincronismo keting. “Os usuários de computadores
desta RDSI foi atingido, por dois relógios pessoais (PC), com suas redes locais e
atômicos, em 87; a digitalização da comu PABX voz/dados, constituem clientes
tação '65$ da redet e da transm issão certos para a RDSI” salientou Azema,
(80%), em 88; e a sinalização CCITT n? 7, ad icio n an d o que “o v id eo tex to , na
introduzida em 87 estará completada em França, foi melhorado com a introdução
90. A unidade de ligação do usuário à Philippe Azema, diretor da Frnce Telecom. de imagens fixas que são retiradas, sob
RDSI foi encomendada, maciçamente, à
indústria e no ano que vem será fácil, na
França, o cidadão ter um terminal RDSI,
em casa, observou o executivo da France
Telecom.
De acordo com ele, um dos motivos de
sucesso da Numeris foi o esquema tari-
fáno adotado que foi divulgado com bas
tante antecedência. Uma conexão básica,
do tipo (213 + D) custará, na França, 100
dólares para sua implantaçao e 50 dóla
res iniciaise de 6 a 18 dólares por canal-B
empregado. Serão três versões Numeris.
A (Viví) ofereceu, em 87, o acesso básico
com dois serviços de suporte à teleinfor
mática e 15 serviços suplementares. Em
89, a (VN2) oferecera o acesso do “livro
azul" do CCITT e, em 91, será a vez da
(VN3) com comunicação de pacotes do ca
nal D.
Acentuou Azema que a RI )SI já é rea
lidade na França, nos Estados unidos c
no Japao e estará surgindo em breve no
restante da Europa. Na interconexao in
ternacional para RDSI, se implantarão
provisoriamente versões com padrões
TCP e TUP plus (telephom * user part), da
comando, de uma base remota de ima
gens.”
RSDI: Você sabia? Para o diretor da France Telecom, o
desenvolvimento da RDSI, na França,
A Rede Digital de Serviços Integrados pelo livro azul, sua operação TU P, em mostrou a importância da integração do
será benéfica para o usuário. Por en cor\junto. pessoal das operadoras com o de outras
quanto, aqui, o assunto está na área dos • A especificação brasileira para RSDI co áreas, como televisão e informática, para
técnicos com seu jargão próprio. Ai vão al bre de 5 a 8 mil páginas datilografadas e sucesso na implantação de novas aplica
guns bits para os não iniciados: representa o esforço conjugado de m ais de ções. Na França de noje pode-se alugar
• A sinalização CCITT n? 7, por canal co 150 técnicos brasileiros, coordenados pela um serviço de vigilância remoto, com
mum, é conaição essencial para implan Telebrás. Há cálculos que para analisar, imagem semifixa, via canal-B, que capta
tação da RSDI. Esta sinalização se encon apenas, estas especificações em detalhe
tra definida nos chamados “livros” do serão necessários dois homens/ano. a imagem do meliante em açáo e avisa
CCITT As sucessivas edições dos livros • Há os que acham que prioridade na im silenciosamente o centro policial mais
do CCITT são identificadas pelas cores de plantação da RSDI deve ser no acesso pri próximo. “O sucesso da RDSI, na França,
suas capas. A rigor, não é apenas um li m ário (30B + D), a 2 Mbit/s, dirigido para é uma realidade e não há razão para que
vro, mas sim uma coleção de livros A o mercado de grande volume de tráfego e tal não aconteça nos demais países”, ob
série amarela data de 80, a vermelha de a lta capacidade económ ica. N um a se- servou com otimismo (incontido) o dire
H4 o a mais recente é a azul Importante é unda fase, seria a vez da pequena e mé- tor da France Telecom.
definir, na sinalização n;' 7, as denomina ia em presa e do usuário domést ico, a tra
das TUP (telefone user pari), Tup plus e vés do acesso básico (2B + D). Tese: se os
hup (integrated services user part L)), res grandes não forem atendidos logo pela Barato
pcctivnmente para telefonia, pré-RSDI e RSDI tenderão a organizar suas próprias
serviços integrados redes privadas. A tese de Karl Frensch, diretor da Sie
• Ericsson, Equitel e NEC, fornecedores • Centrex, um a espécie de PABX Público, mens AG, de Munique (RFA) é que com
de equipamento de comutação pública de com ram ais alugados pela operadora, não pouco investimento, a RDSI de faixa es
alta capacidade, estão sc adaptando à é usado no B rasil. Poderá vir a ser in treita pode ser implementada a partir de
TUP brasileira, com base no livro verme teressante como alternativa para PABX um a boa rede digital existente. “No
lho Após teste individual, junto ã Tele- de pequeno porte, mas tudo dependerá do mundo, são cerca de 759 milhões de aces
hrás, as citadas empresas deverão testar, esquem a tarifário adotado. (JuF) sos telefônicos — incluídos 4 milhões de
telefones móveis — que servem para co-
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