Page 14 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1989
P. 14
A n o v a r e a l i d a d e c o m e r c i a l d o
m u n d o d e s e n v o l v i d o
A Rede Digital de Serviços Integra chegar até 2 Mbit/s. Inicialmente, este
dos (RDSI), que é vista por alguns
arranjo será reservado para serviços fi
como apenas um sonho das operadoras xos, mas depois será para serviços “sob
brasileiras de TCs, está se tomando uma encomenda“ do usuário. Elementos da re
realidade com sua implantação comer de central de transporte serão os DCCs
cial na Europa, Estados Unidos e Japão. (digital cross connection) que, sob co
E o que mostraram os altos executivos da mando da gerência da rede, estabele
Ericsson, Gösta Lindberg; da Siemens cerão vias de muito alta capacidade per-
AG, Karl Frensch; da France Telecom, m itin d o a té conexão de usuário a
Phillipe Azema; e da Alcatel, Bernard usuário.
Fontaine. Lindberg ainda mostrou que a tendên
cia da RDSI caminha para uso assíncrono
Rede Inteligente de pacotes de informações que terão en
dereçamento incluído, o que permitirá
— As operadoras de TCs dos anos 90 que encontrem, por si só, seu caminho na
terão que ofertar muitos serviços de su rede. No entanto, por algum tempo, mo
porte ao usuário e utilizar com eficiência dos síncrono e assíncrono co-existiráo na
os recursos da rede. Isto conduz a uma es rede e a primeira geração de centrais de
trutura de acesso flexível, mas também GübUi Lindberg, vice-presidente da Ericsson. comutação, para faixa larga, serão prova
com capacitação para controle dos servi
ços ou seja à Rede Inteligente. A idéia é
ter uma rede central de transnorte for
mada por enlace de alta capacidade e co
mutados por nós de transferência. O sis
tema de acesso à rede central corre por
conta de uma rede periférica que compre
ende o enlace do usuário, que vai ter a nós
de acesso da rede central — diz Lindberg
acrescentando que, “hoje a rede de TCs é
vista como um conjunto de funções dispo
níveis para implementar, de diversas
maneiras, determinado serviço. Com o
advento da RDSI, porém, a clássica divi
são da rede em comutação e transmissão
começa a ser substituída pelas de trans
porte e de serviço de informação.
Ele defendeu a idéia que a RDSI de
faixa larga (ou alta capacidade) pela
utilização da fibra óptica extendida até a
casa do usuário, está se tomando possível
graças ao uso de novas fibras feitas de
plástico, com fluorina, que suportam até
200°C mantendo sua estabilidade inal
terada. O padrão Sonet (synchronous op- Platéia ouvindo atenta as explicações sobre RDSI.
tical network), do CCITT, se destina, jus
tamente, a dar suporte a esta rede de fi
bras ópticas do usuário. A rede interna
cional de transferência (incluindo os en velmente do tipo síncrono. A rede de alta
laces interurbanos) ou rede central tam capacidade, com fibras ópticas, terão cha
bém deverão u tilizar fibras ópticas, ves comutadoras, tipo DCC, que poderão,
operando a 140 e 565 Mbit/s ou maior sob controle de um centro de gerencia
velocidade. mento, reconfigurar completamente a to
Já a rede de acesso poderá ser, numa pologia da rede e servir de interface entre
fase interm ediária, digital ou análoga, as partes síncrona da rede {Sonet) e as
por fio ou por rádio celular. Por outro la síncrona.
do, a rede central, de alta capacidade, Na visão do executivo da Ericsson, a
operará com um trem de vagões (m ultis- rede do futuro será composta de nós, es
lot) de 64 kbit/s cada — que é a atual velo palhados geograficamente, e destinados
cidade do canal-B da RDSI de faixa es a perfazer as funções, simples ou combi
treita — cuja capacidade total poderá * nadas, de acesso, transferência, inter
face, sinalização, gerenciamento e su
porte. Os nós de acesso, por exemplo, ser
virão p ara atender entre 400 e 1500
*Esta matéria teve como base o Teletrends ‘89, pro
movido pela RNT, em S. Paulo (SP). Mais material usuários e serão distribuídos estrategica
sobre RSDI pode ser encontrado na Telebrasil M/J mente pela rede. Os nós de transferência
84 (amarelas); M/A 84 págs. 20,21; M/J 85 págs. 56, serão centrais trânsito ou tandens. Os da
57;J/F86págs. 24,25; M/A 87pág. 24; M/J 87págs. sinalização darão suporte ao sistema
14 a 17 e págs. 24 a 26; N/D 87págs. 16,17; M/A 88 Karl-Joseph Frensch, diretor da Siem ens
pág. 18. AG. CCITT n.° 7, por canal comum. Ainda