Page 14 - Telebrasil - Julho/Agosto 1989
P. 14
Planin II:
I n f o r m á t i c a n a c i o n a l
J
p r e ç o s e q u a l i d a d e i n t e r n a c i o n a i s
O potencial da
Política Nacional
de Informática
está longe de estar
esgotado (2? Flanin).
futuro da informática brasileira, automação industrial, da microeletrô- de Incentivos Fiscais (softwarei: ea
O se depender apenas de planeja nica e da teleinformática. Ao longo de Constituição, em 88.
mento, está, em tese, garantido. Mais de todo o documento, surge o Estado como Do ponto de vista histórico, o setor da
100 entidades e 800 especialistas se de incentivador, fomentador e adquirente informática, no Brasil, já havia produ
bruçaram, durante um ano, sobre os se de bens e serviços de informática, enten zido até 86, mais de 1 milhão de compu
gredos do mundo da eletrônica e da in didos no sentido lato, e visando fortale tadores e sustentado, durante uma dé
formática para produzir, ao final, o 2? cer: a indústria nacional, a capacitação cada, um crescimento médio de 30'
Plano Nacional de Informática e Auto tecnológica do País e o uso da informá anuais. Dentre os sucessos marcante«
mação — Planin. tica para fins sociais. da informática brasileira, destacam-se
De acordo com o item II, do artigo 7:, O 2" Planin inicia registrando, com as automações bancária e comercial,
da Lei 7232/84 ou Lei de Informática, otimismo, a situação atual da informá ambas empreendidas com tecnologia
compete ao Conselho Nacional de Infor tica brasileira — a qualidade dos produ própria. Sobre a empresa estrangeira,
mática e Automação — Conin, do qual o tos vem melhorando enquanto que os aqui instalada, o 2: Planin registra sua
Ministério das Comunicações faz parte, preços reais “se reduzem a cada passo". atuação no segmento de grande compu
propor, a cada três anos, o Planin, a ser Por detrás deste êxito figura, “tal como tadores, mas recorda sua recusa, em 77.
anualmente aprovado e avaliado pelo acontece em muitos países", a ação arti- para integrar joint ventures para fabri
Congresso Nacional, que deve supervi culadora do Estado junto a empresas, car, aqui, minicomputadores. Final
sionar sua execução. O lr Planin foi universidades, centros de pesquisa e mente, lembra o documento o ano de 87.
aprovado em 17.04.86, mas sua vigência com o apoio e envolvimento da opinião que mesmo considerado economica
foi prorrogada, por iniciativa do Legis pública. mente adverso, permitiu ao setor de in
lativo, por mais 6 meses, por não haver Lembra ainda o documento, os prin formática atingir um crescimento real
sido ainda aprovado o 2: Planin. A ma cipais momentos da informática bra d el0 r/L
téria que se segue tem como base versão sileira. Em 71,o Grupo de Trabalho Es O 2: Planin cita também as dificulda
do 2r Planin, ainda não aprovada pelo pecial — GTE dos Ministérios da Mari des que enfrenta o setor de informática e
Conin. nha e do Planejamento. Em 72, a Comis automação: custos financeiros elevados,
são de Coordenação de Processamento compras governamentais desarticula
Ação do Estado Eletrónico — Capre. Em 74, a criação da das, escala de produção interna redu
Cobra Computadores e Sistemas. Em zida, atores em demasia e microeletrô-
Basica e democraticamente vago, o 77, a convocação para a fabricação na nica incipiente. Mas o problema real. re
2'.’ Planin dá diretrizes de ação, que com cional de minicomputadores. Em 79, a side na limitada estrutura em pesquisa
põem, no todo, uma política industrial e instalação da Secretaria Especial de In e desenvolvimento da empresa nacio
tecnológica para o segmento de bens e formática — Sei. No campo do Legisla nal, sua pouca integração com a univer
serviços de informática mas, em reali tivo: a Lei de Informática 7232, em 84; a sidade e com outras empresas e — fun
dade, se estendendo para os campos da Lei 7463 do 1“ Planin, em 86; a Lei 7646 damentalmente — a falta de “recursos
12 Telebrasii. Ju\ bgc.Br