Page 34 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1989

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E q u i p a m e n t o
A microeletrônica avança tão rápida,
principalmente no Japão e nos Estados Uni­
dos, que um equipamento, hoje considerado
de última geração, amanhã pode não ser
mais. No setor de vídeo doméstico, por exem­
plo, durante o ano de Í987 e nos primeiros
meses de 1988, a câmera camcorder Panaso­
nic NV-M5PX, fabricada pela Matsushita
Eletric Industrial Co. Ltd., foi a mais ven­
dida do mundo, inclusive no Brasil. Nos mea­
dos de 1988, a direção da empresa japonesa
decidiu retirar do mercado a referida camcor­
der, substituindo-a pela NV-M7PX (à venda
na Zona Franca de Manaus), adicionando
mais dois ou três recursos, como o obturador
de alta velocidade com duas graduações (a
M5 só tem uma) e a inserção de novas cenas
através de um cabeçote móvel apagador de
imagem, conservando a trilha sonora. No
restante é toda igual à M5. Aliás, o Brasil
está, no mínimo, defasado em um ano na tec­
nologia de vídeo, porque os fabricantes japo­
neses e americanos sabem que o poder aqui­
sitivo de nossos “video-buffs ’ (o ponto de tan-
gência entre o amador e o profissional) está
muito aquém das expectativas.
O D-2, VT digital de 1/2 polegada, permite
obter melhor qualidade de imagem dentro
dos sistemas americano e japonês NTSC.
Philips:
A Philips do Brasil comemorou, no dia
4 de dezembro último, os 15 anos de exis­
tência de sua fábrica situada em São José
Diretores da Philips mostram o mais moderno
cinescópio do mundo: o FST.
d e ú l t i m a g e r a ç ã o ? C U R T A S
Para o setor profissional, a Sony lançou • A Manchete Vídeo,
na II Video Expo, realizada em outubro do especializada em fil­
ano passado, em São Paulo (ver edição nov./ mes nacionais, lançou,
dez. 88, págs. 20 a 22 da Revista Telebrasil), o recentemente para a
primeiro “estúdio” de VT digital portátil do telinha, “O Mistério do
mundo: o D-2. Este equipamento pode fazer Colégio Brasil” (foto),
inúmeras cópias de gravação sem que elas uma comédia desini­
percam a qualidade. Custa US$ 70 mil e já se bida indicada princi­
encontra nos projetos da RBS-Rede Brasil palmente para o públi­
Sul, de Porto Alegre, RS, para sua nova pro­ co jovem. No elenco, es­
dutora localizada em São Paulo, a RBS Ví­ tão, entre outros, Síl­
deo. O D-2 opera no sistema digital, esto­ via Buarque, Marieta
cando a informação visual em sua memória Severo, Beth Goulart, Othon Bastos e André
na forma de dígitos binários, isto é, as ima­ Barros. A Manchete Vídeo também já tem ò
gens viram números. Mesmo que funcione no disposição dos consumidores a fita “Nata­
sistema analógico, o D-2 pode fazer até 20 có­ ção'’, com Djan Madruga e Patrícia Amorim,
pias (uma após a outra) sem alterar a quali­ destinada aos que praticam esta modalidade
dade da fita. Nos outros sistemas analógicos de esporte.
a fita matriz (editada), na décima cópia, já
está extremamente gasta. • Os uficdonados em som já estão tendo uma
A fita utilizada pelo D-2 é de meia pole­ nova opção nas lojas. A Sony está lançando o
gada (VMS) só que em material metálico, “Discman”, um reprodutor de discos laser,
oferecendo 700 linhas de resolução horizon­ portátil, que pode ser utilizado em casa, co­
tal. Se ela sofrer algum dano, a própria má­ nectado ao conjunto de som, no automóvel, ou
quina se encarrega de fazer o reparo. O equi­ ao ar livre, como se fosse um walkman.
pamento possui quatro cabeças para grava­
ção e out ras quatro para reprodução. Assim, • Os mais recentes lan­
é possível “ler” uma fita e, ao mesmo tempo, çamentos da Mundial
inserir nela novas imagens, como caracteres Filmes em vídeo tra­
e efeitos especiais. O sistema de cor é o NTSC zem novidades como
puro. O D-2 conto ainda com autodiagnós- “The Chosen” (foto),
tico: quando acontece um problema, a pró­ com Maximilian Schell
pria máquina informa ao usuário do que se e Rod Steiger. Baseado
trata. Se o problema for de difícil solução é só numa história real, a
acionar o diagnóstico remoto, ligado por com­ fita narra a amizade de
putador (comunicação de dados) via satélite dois jovens unidos e di­
(Intelsat), a centrais dos EUA ou do Japão. vididos pelo mesmo
A rapidez da evolução tecnológica é tama­ ideal: a fé; “Seção Espe­
nha que se torna o principal trunfo e o maior cial de Justiça”, mais um filipe político de
desafio da indústria eletrônica. E o vídeo é Costa-Gavras; e “Síndrome de Omega”, de Jo-
talvez o setor onde isso pode ser visto com seph Manduke, ambos elogiados pela crítica
maior clareza. No caso específico do D-2, da mundial.
Sony, as pessoas custam a acreditar cnie pos­
sa ser inventado algo mais poderoso. E claro, • A Phase Engenharia está lançando um mo­
que pode. Pode ser até que, agora, ao finali­ nitor monocromático (P&B) de alta resolu­
zar esta matéria, algo de mais avançado es­ ção, com tela de nove polegadas. Trata-se do
teja surgindo no Japão. (JP). modelo MTM-9 indicado para aplicações pro­
fissionais em emissoras de televisão, produ­
toras de vídeo, em circuito fechado, na eletro-
medicina e na informática.
• A empresa francesa Thomson CSF apre­
sentou, em Estrasburgo, a primeira câmera
2 5 m i l h õ e s d e c i n e s c ó p i o s de televisão a cores de alta definição (HDTV)
com 1.250 linhas e 50 Hz, compatível com o
sistema europeu. O aparelho, desenvolvido
no laboratório da empresa em Rennes, é um
dos Campos, SP, a Philips Componentes. protótipo da HDTV dos anos 90, segundo a
Na ocasião, também foi comemorado a Cendotec. Essa câmera representa a última
produção do décimo milionésimo cinescó­ etapa técnica de como deverá ser a nova ima­
pio para TV a cores, além dos 15 milhões gem televisionada no fim do século, quando
de tubos monocromáticos (P&B) fabrica­ os europeus estarão totalmente unidos atra­
dos pela empresa. vés do Mercado Comum.
Os jornalistas convidados ainda to­
maram conhecimento do novo modelo de A CHACINA • Entre os últimos lan­
cinescópio produzido pela Philips, o FST 0 » 0 , T çamentos da Globo Ví­
deo encontram-se Ro-
(Fiat Square Tuòe), que possui tela mais bocop, o Policial do Fu­
plana e cantos quadrados (ver Revista turo; A Missa Acabou;
Telebrasil, set./out. 88, pág. 52), já utili­ Serviços íntimos; Uma
zado nos televisores nacionais. Segundo o Razão para Ficar; Dois
jornalista Eduardo Dória, do Departa­ H eróis Trapalhões;
mento de Imprensa da Philips, “a tec­ Inocência Fatai; 0
nologia FST representa a última palavra Guerreiro Jovem; e A
Chacina (foto). Além
em cinescópios. E para ela que estão ca­ desses filmes, a Globo
minhando Japão, Estados Unidos e Euro­ Vídeo está oferecendo dois documentários
pa, que deverão adotá-la ainda por longos nacionais: “Dina Sfat na União Soviética” e
anos”. “Zico, futebol para quem começa”.