Page 8 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1988
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S e m i n á r i o d i s c u t e s i t u a ç ã o a t u a l d a s T C s
atual do setor de telecomuni- que a medida pode representar um au dida através do uso da tecnologia nacional,
cações, de modernização e expan- mento de US$ 700 milhões no volume da sem restringir, ou até mesmo incentivar, ò
são da e dos serviços, a falta dè recur- receita da Telebrás, que. somado aos uso do conhecimento tecnológico mundial,
para o setor e o balanço das TCs no Bra US$ 500 milhões já garantidas com os últi dos países mais adiantados, que investem
sil foram alguns dos principais assuntos mos aumentos das tarifas interurbanas, anualmcntc bilhões de dólares em P&D.
discutidos durante o senunano ¦Telecomu derá maior fôlego para a empresa investir
nicações: Analise e Perspectivas", promo em 1989. Situação econômica
vido pela Telemig. no dia 26 de outuoro úl Disse, ainda, Rómulo Furtado que a por
timo. durante a realização da III Feira Na taria que regulamentou o serviço de telefo A Telebrás pretende lançar até o final
cional da Industria Eletroeletróruca de Mi nia movei, e outros serviços públicos restri deste ano US$ 400 milhões em debéntures,
nas Gerais. O evento foi presidido pelo Se tos, permitindo a participação da empresa preço equivalente a 100 mil OTNs.
cretario de Estado de Ciência e Tecnologia, privada como prestadora de serviço, não formação foi prestada pelo presidente da
José Ivo Gomes de Oliveira. fere a Constituição, que manteve o mono holding, Almir Vieira Dias, em palestra
A palestra de abertura coube ao secre- pólio das comunicações nas mãos do Es _io de Janeiro. Ele explicou que as debén
táno-gcral do Ministério das Comunica tado. Isso porque. segundo ele, “a telefonia
ções. Kòmulo Villar Furtado, que defendeu móvel não pode ser considerada como ser tures têm prazo de dez anos e darão juros a
cada seis meses. A rentabilidade será a
uma maior parüajpaçáo da iniciativa pri viço público". taxa média estipulada pela Associação Na
vada nos servi a » de TCs Em sua opimào. Por outro lado. o presidente da Telemig, cional dos Bancos de Investimentos (An-
empresas públicas e privadas devenam Paulo Hcslander Couto, foi o segundo dib) mais 3% de juros ao ano. Atualmente
trabalhar juntas, ficando o Estado com o palestrante do dia. Ele se posicionou con os 4 milhões de acionistas da Telebrás só
moDopolio dos serviços de rede e o setor pri trário à privatização do setor, argumen podem negociar estes papéis no mercado de
vado com os serviços de ponta. Villar I ur- tando que “o consumidor não tem mecanis balcão, que até hoje não tem regras muito
tado entende que a união sena proveitosa, mos suficientes para controlar a prestação definidas, não sendo, por isso. muito trans
pois as estatais se beneficiariam da capaci de serviços por parte da iniciativa privada
dade tecnológica das empresas privadas O palestrante também discordou da parente.
política do governo que. na sua avaliação, A Telebrás encontra-se. de acordo com a
Desempenho “tende a pri vatizar o filé e ficar com o osso ’. revista Quem c Quem na Economia Bra
além de achar que as empresas estatais sileira. editada pela “Visão”, entre as 500
Segundo o palestrante, o setor de telefo ainda possuem um conceito de ética mais maiores empresas que operam no Pais. Ela
íigura em primeiro lugar em lua-o líquido,
nia no Brasil, uma das arcas mais rentá seguro do ponto de vista do consumidor. setor de atividades, rentabilidade das ven
veis do governo, vem há cinco anos experi Em resumo: o presidente da Telemig prega das e capitalização, além de ser a empresa
mentando sensível queda de qualidade em a permanência do Estado na administração com menor grau de endividamento. A re
decorrência da defa.->ageni tanfána, que re do setor como acionista minoritário das vista destaca ainda o terceiro lugar da Tele-
duziu os recursos disponíveis para investi operadoras que compõem o Sistema Tele bras em patrimônio liquido e sua subida,
mento». Ao mesmo tempo, o crescimento da brás, lembrando que a empresa estatal leva
demanda, que aconteceu de forma mais avanços para as «uvas trabalhista e social, em contagem regressiva, do_14 para o 9: lu
ta classificação gei
brusca durante o Plano Cruzado, provo favorecendo a criação de pequenas empre gar, na classificação geral Para a aludida
tele<
cando incómodo* congestionamentos. não sas e, ixir fim. tem como característica es revista, “correios e telecomunicações
se retraiu depois. e os investimentos não sencial a promoção da pesquisa e desenvol tituem-se numa honrosa exceção entre as
atividades conduzidas pelo Estado”.
acompanharam esta nece-sidade D iw vimento, através de convénios com univer-
Os dados da publicação foram ratifica
que somente nos últimos meses as corre Bidiule-, visando á capacitaçao tecnológica dos pelas revistas “Exame” e “Conjuntura
ções tanfánas passaram a acompanhar a do Pais
inflação, mas sem cresomcnU* reais que .lá o diretor-técnico da Telemig. Otávio Econômica", em suas edições anuais sobra
pudi >-em. até o momento, zernr a dela- Marques de Azevedo, fechou o seminário o desempenho da economia do País Em
alertando que “para viabilizar a solução in 1987. a Telebrás conseguiu elevar ainda
sagem mais o rentabilidade sobre a receita (de
O iffcretáno-gera 1 do Mirucom ctnun- tegrada representada pelas IX s e informá
dera excoHíffva a alíquota de 27' • praticada tica — a Telemática ô fundamental a 20,8'. para 24.4' < i, praticamente manteve
a rentabilidade «obre o património (6b con
desde a extinção do FNT «atualmente existência de urn parque industrial capaci tra (»,5* - \ melhorou o índice medio de liqui
ESC '• « n 1985, e pleiteia que seja reduzida tado a forrwcer equipamento« atualizados”. dez (de 0.58 para 0.62) e diminuiu o endivi
para 5T, uma vez que ‘‘esta é a taxa compa Ele acrescentou que esta atualização tec damento (de 24,591 para 24,2fH ’
tível com este tipo de imposto" Ele acredita nológica. no que for possível, deve ser prece-
Contudo, pam o presidente da Abecnr
tel. Márcio de Araíyo Lacerda, a Telebrás
terá dificuldades, em 1989, para ativar»
1,2 milhão de terminais telefônicos já irra
plantados, caso não passe a dar pnondaoe
de investimentos na contratação de equipa
mentos de transmissão. “Esses fabricante'
— explicou — ficaram muito tempo seni
encomendas e agora estão pedindo pra®*
de até 36 meses para entrega '
— A prioridade, até há algum tempo, e*
tava na área de construção de redes e com
ï taçào. Mas, agora, a Telebrás deve W*
recursos para os equipamentos que imo J
var os terminais instalados, e não os
« «
SEMINÁRIO » •
«V serão entregues para as expansões pm
t e l e c o m u n i c a ç õ e s n* tas para daqui a três anos — sugenu o P
perspectivas sidente da Abecortel. , .... a
ANÁLISE •â * . Ele insistiu que, para viabilizar» ’
Telebrás deveria aumentar, pelo m<
uni terço o orçamento de inV0
dw-uirt* á) Siatema Telebnm discutiram nr rumos dus 7Y 's brasileiras em seminário píira 1989. em relação ao limite desto
em fU'Io Harmonie, tendo Hónwlo V Furtado como primeiro palestrante chegando a US$ 2.2 bilhões. (JP*