Page 10 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1988
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N o s b a s t i d o r e s , a l u t a s u r d a p e l a t e c n o l o g i a
¦ '••• ..k.,: i • João Carlos P. da Fonseca.
I ESTADOS UNIDOS EUROPA URSS tf
tf
1 lutando pela liderança união para competir na vanguarda do espaço
vorecer do século XXI vem marcada por
AMÉRICA LATINA^ verdadeira explosão tecnológica e con- JAPÃO
repensando seu destino seqüente ajuste da çeopolítica. Recente- gente e tecnologia
mente vieram se íuntar aos Estados
Unidos e União Soviética — forças tra
A viagem do expresso Século XX che dicionais das mudanças tecnológicas — países, na instituição de cotas “volun
ga a seu término num resfolegar mar a mega-Europa que. brevemente (1992), tárias” para exportação, mas também
cado por duas conflagrações mundiais, estará unificada, além do Japão e seus nas restrições de vendas de produtos
por conquistas tecnológicas espetacula parceiros asiáticos. considerados sensíveis (como supercom
res, pelo fim do império colonial euro “Ao invés do antigo impulso para a putadores), como nova forma de prote
peu, pela explosão do artefato atômico, expansão territorial, cresce hoje a luta ção a segredos industriais. Referiu-se a
pela crise do petróleo, pela ida ao es pelo domínio da tecnologia e o relacio seguir o em baixador “às dim inutas
paço... Daqui há pouco mais de uma dé namento internacional mudou, com a chances de êxito dos países em desenvol
cada, provavelmente com muita festa, criação de blocos econômicos mais ou vimento para fortalecer a tese das nego
— ocorrerá nossa baldeação para o relu menos fechados”, observa o embaixador ciações comerciais multilaterais” sendo
zente veículo do novo milênio. Rego Barro8 Neto, que é Secretário para discutida na rodada do Gatt, em Punta
Biotecnologia, espaço, foguetes, fu Assuntos Econômicos e Comerciais do dei Este (Uruguai) e que só termina em
são atômica, informática, microeletrô- Itamarati, acrescentando: 1990. Ele se mostrou preocupado com a
nica, robótica, satélites, superconduti — O mundo se divide, hoje, entre paí introdução, no Gatt, dos chamados “no
vidade, telecomunicações... a lista é in ses que possuem ou não capacitação vos tem as” (serviços, propriedade in
findável. A década que antecede o al- científica e tecnológica, além de parque telectual e área de investimentos) bem
industrial flexível para rapidam ente como da ressurgência do neo-protecio-
absorver qualquer nova descoberta. As nismo (contra produtos tropicais) por
sim, m atéria-prim a e custo barato de parte dos países desenvolvidos.
(*) Com base na Conferência Internacional “Tec mão-de-obra passaram a ser fatores re
nologia: Rumo ao Século XXI”, realizada no Hotel
Inter-Continental. em 11.11.88, no Rio de Janeiro. lativam ente secundários. Mas cresce G att
Iniciativa da Confederação das Associações Comer também o protecionismo dos países de
ciais do Brasil, Instituto de Propriedade Industrial, senvolvidos, não só em relação às suas Um dos assuntos centrais, da atual
Federação das Indústrias do Êstado do Rio de Ja tecnologias de ponta, mas também em rodada do G att (Acordo Geral de Tantas
neiro, Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Apoio dos Ministérios da Indústria e Comércio e das setores senis (como siderurgia) que po e Comércio) está sendo o da melhor pro
Relações Exteriores. Patrocínio da empresa Souza derão vir a ser revigorados pela injeção teção à propriedade intelectual e ao
Cruz, com co-patrocínio das empresas Copersucar, de novas tecnologias. acesso do conhecimento tecnológico, que
Danneman, Siemens Bigler & Ipanema Moreira, Como observa Barros Neto, tal prote já são, no entanto, regidos pelas eonven-
IBM, Ptomon Tecnologia, Siderúrgica Mendes Jú
nior, Varig. Realização RR&CA Comunicações e cionismo tem se refletido não só no cres ções de Paris (proteção industriai atra*
Assessoria. cente bilateralism o econômico entre vés de patentes) e de Berna (proteção í*1'
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