Page 48 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1988

D i s p o s i t i v o ó p t i c o
^ Entrega de distintivos e diplomas a
178 empregados de todo País que com­
pletaram 20 anos de serviço, missa na
Igreja da Candelária com a participação
de diretores e empregados, entrega de
prêmios do Concurso Integrarte, exposi­
ção de livros e exibição de vídeos, que re­
presentam a cultura da empresa, foram
as atividades que marcaram as come­
morações do 23? aniversário da Embra-
tel, transcorrido no dia 16 de setembro.
Além da diretoria da Embratel, que
compunha a mesa quando da homena­
gem aos 127 empregados do Estado do
Rio que completaram 20 anos de casa, o
presidente da operadora, José Eugênio
Guisard Ferraz, convidou o presidente
da Telebrasília, Jorge Alberto Fischer,
e o ex-presidente da Embratel, Helvécio
Gilson, também completando 20 anos de
serviço no sistema, da mesma forma que
Almir Vieira Dias, presidente da Tele-
brás, que não pôde comparecer à ceri­
mónia.
Houve também homenagem a em­
pregados que completaram 10 anos de
T e l e b a h i a r e v o l u c i o n a
m ó v e l
Um equipamento nioneiro e revolucio­
nário será apresentado pela diretoria da
Telebahia, ao Ministro das Comunicações,
Antonio Carlos Magalhães. Trata-se da uni­
dade móvel de telefonia rural, criada e desen­
volvida por técnicos da concesHionárin e cons­
truída pela Hidrogru, emnresa baiana locali­
zada no Centro Industrial de Aratu (CIA). A
unidade móvel nasceu em 1986 pelas mãos
do diretor de Assuntos Especiais da Tele­
bahia, José Carlos I>eão de Araújo, que consi­
dera o acesso das populações rurais ás teleco­
municações um fator vital ao desenvolvi­
mento de qualquer economia.
O equipamento possui uma torre hidráu­
lica que atinge no seu pico — do chão até a
ponta — a altura de 23 metros. No topo fica a
antena rastreadora que é direcionada para a
estação transmissora mais próxima, através
de uma bússola. Quando a torre hidráulica
(tipo antena de automóvel) atinge seu ponto
máximo, os técnicos realizam o enlace telefô­
nico e, ao ser comprovada a viabilidade do
atendimento à localidade rural, são defini­
das suas características, ao mesmo tempo em
que fica acertado o tipo da ligação telefónica.
Um teste de qualidade vem logo a seguir.
Entre as vantagens que o novo projeto
oferece, assegura José Carlos, “é a de poder­
mos realizar até mais de um enlace por dia.
Além do mais, a torre hidráulica alcança seu
ponto máximo em apenas 10 m inutos”. Ou­
tra importante vantagem, ainda segundo o
dirigente, é que a unidade móvel, por estar
num caminhão especial, consegue chegar
áreas que um veículo comum não chegaria. É
equipado com rodas duplas e pneus próprios
para todo tipo de estrada e tem sapatas que
nivelam o veículo a qualquer terreno, por
mais acidentado que seja.
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serviço na Embratel: 776 em todo País, e
343 no Rio. A través do presidente da
T elebrasília, G uisard hom enageou,
ainda, em pregados da E m bratel que
atuam em outras empresas do STB.
Missa na Igreja da Candelária, com a presença do
presidente da Embratel, José Eugênio Guisaixl
Ferraz (à esq.) e membros da diretoria.
c o m u n i d a d e
d e t e l e f o n i a r u r a l
Por outro lado. continua o diretor, “o equi­
pamento dispõe de instrum entos que resol­
vem de m aneira rápida e eficaz a pane em ro­
tas de VHF, U HF e SI lF, restabelecendo em
fraçao de m inutos a transm issão, visto que
checa ao local com rádio e antenas m onta­
dos”. José Carlos esclarece que tam bém
possível propiciar serviços de telefonia móvel
em eventos comerciais e esportivos do in­
terior, ou até mesmo de forma constante, de­
pendendo das necessidades locais.
A unidade móvel de telefonia rural da Tele­
bahia, que transm ite em VHF e UHF.
d o C P q D p o d e
d o b r a r c a p a c i d a d e
d e t r a n s m i s s ã o
d a s l i n h a s
A área de fibras óticas do CPqD, da
Telebrás, está se preparando para colo­
car em teste nas operadoras do sistema,
mais um dispositivo que acaba de desen­
volver: o acoplador óptico bidirecional,
uma espécie de benjamim óptico usado
para ju n ta r ou separar sinais de luz das
fibras ópticas. Com este dispositivo, as
em presas de telefonia terão condições
de dobrar a capacidade de transmissão
das linhas já instaladas.
A princípio, segundo explica o físico
Sérgio Celashi, pesquisador do CPqD li­
gado ao projeto, os acopladores poderão
ser im plantados nos cabos de fibras ópti­
cas, restritos hoje aos entroncamentos
entre centrais telefônicas, permitindo
grande economia na instalação de novos
cabos. Ou seja, “um cabo óptico que
atualm ente transm ite 480 canais por fi­
bra, passará a transm itir 960, sem a ne­
cessidade de novos investimentos, eco­
nomizando as fibras ópticas que hoje es­
tão com a produção defasada diante da
dem anda”.
Por outro lado, num futuro próximo,
o sistem a facilitará a chegada cias fibras
ópticas até os term inais telefônicos dos
a ssin a n te s — hoje estes cabos são os
convencionais de cobre. Isto porque o
dispositivo será a solução para que os
a ssin a n tes possam ser ligados à rede
através das fibras. Ainda no campo das
é
telecom unicações, o acoplador óptico
terá outra aplicação a longo prazo: po­
derá dobrar a capacidade das fibras óp­
ticas já instaladas, ao perm itir que um
n ú m ero m a io r de pessoas falem ao
mesmo tempo, utilizando comprimentos
de ondas diferentes. O dispositivo tam­
bém poderá ser usado na informática,
para a ligação de um conjunto de termi­
nais dentro de um a rede de computa­
dores.
O equipam ento é simples, com ape­
nas 6 centím etros de comprimento por
pouco m ais de um centímetro de largura
(duas fibras ópticas fundidas, protegi­
das por um a espessa camada de resina),
está dentro dos padrões internacionais
e, em alguns casos, até supera os simila­
res, garante Celashi.
Com um mercado imediato de US$
500 mil só a aplicação mais simples (en­
troncam entos entre canais, para dupli­
cação da capacidade), o acoplador óptico
já está despertando o interesse de três
indústrias nacionais. “A planta que pro­
jetam os p ara a fabricação do equipa­
mento é toda informatizada, ouase que
com pletam ente nacionalizada e pode
ser instalada com um investimento re­
lativam ente baixo”, explica o físico.
Telebrasil. NovJDezJ88