Page 53 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1988
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específicos para o atendimento telefô mizar a utilidade social de cada telefone A busca dos reais padrões de opera
nico.” instalado, criando maior sinergia no sis ção, nos três planos em questão, deverá
A capital de Minas, historicamente, tema como um todo, preconiza o rela perseguir os padrões CCITT e Telebrás,
tal como na dos demais Estados, sempre tório da Telemig que cabe à “comissão e as eventuais parcelas positivas da
deu prioridade as áreas urbanas, econo comunitária de atendimento telefônico, margem de exploração bruta serão ca
micamente mais expressivas, em fun a decisão final quanto ao seu ponto de nalizadas para projetos lucrativos da
ção de produção, distribuição, abrigo da instalação”. Esta comissão (agenciada empresa, até a época de reposição dos
força de trabalho ou com maior capaci pela Telemig) tratará de outros itens ra- equipamentos. Ambas as atitudes po
dade de lobby, buscando alocar recursos lacionados ao perfil de necessidades das derão constituir fatores importantes na
em regiões de maiores perspectivas de áreas. Como a concepção da infra- minimização de eventuais riscos econô
rentabilidade e de menor prazo para estrutura dos equipamentos. micos das implantações previstas, ape
maturação do investimento. sar de que no final da execução do traba
A considerar a hipótese de que “a lho (1992) eles não participarão em
telefonia pública seria responsável pelo mais que 0,55% da planta de terminais,
atendimento das parcelas à margem do dizem os técnicos da Telemig.
atendimento individual, verifica-se, Para eles, calcula-se no momento em
mesmo excluindo-se as parcelas demo US$ 2 mil o custo médio de um terminal
gráficas tipicamente rurais, que nu residencial individual instalado pela
mericamente, a telefonia pública não é Telemig e para o TUP da rede comuni
ainda satisfatória. Calcula-se em apro tária US$ 4 mil. Tendo em vista que
ximadamente 7,8 milhões os habitantes cada terminal individual atende em mé
do Estado de Minas Gerais que estão dia a 4 habitantes e o TU P da rede a 420
sem atendimento telefônico individual, habitantes, o investimento per cápita é
existindo apenas 11.500 telefones para situado na casa dos US$ 400 em exclusi
uso público disponíveis, correspondendo vidade de terminal e em menos de US$
a 1,48 telefones, para uso público, em 10 quanto coletivo, redundando num es
serviço por 1000 habitantes urbanos, forço 40 vezes menor.
sem atendimento individual. Conclui ainda o grupo de trabalho de
Constataram os técnicos do grupo de popularização de Telemig que outro as
trabalho da Telemig que, nos últimos pecto, como a utilização do telefone de
anos, o perfil médio da distribuição de uso público (serviço local) em média é
terminais telefônicos, por classe era o sempre maior que a média do terminal
seguinte: 71,5% de terminais para uso resiaencial, se pode esperar uma mar
residencial e 23% para uso não-residen gem razoável de superioridade econô
cial (estes em queda percentual relati mica e social da rede, principalmente se
va, nos últimos anos). Pouco expressi ponderados os acréscimos gerados por
va, mas com os maiores incrementos re chamadas entrantes DLC (discagem lo
lativos dos últimos anos, a classe de te cal a cobrar), DDC (discagem direta a
lefones para uso público representa, no cobrar) e ACB (ligação IU a cobrar).
momento, somente 1,4% de toda a ins O relatório da Telemig mostra que a
talação telefônica. Observaram ainda Otávio Marques Azevedo, diretor técnico da nível de produtos/serviços as possíveis
os técnicos que, ao se analisar o compor Telemig que tem sua sede em IIIl. disponibilidades no momento ficam por
tamento dos terminais para uso resi conta do telefone público local (TP);
dencial, praticamente metade destes telefone público nacional (TPN); tele
estão instalados em áreas centrais de Diz ainda o relatório que “as alterna fone público universal (TPU); telefone
condomínios, ao passo que nas áreas tivas de atendimento definidas pelo per público comunitário (TPC); telefone pú
correspondente às comunidades caren fil de oferta dos serviços e meios a aten blico universal comunitário (TPUC);
tes cerca de apenas um décimo dos ter der implicam em que os usuários pos extensão de telefone público; fale-fácil;
minais residenciais correspondem a co sam prescindir de recursos no esforço de telefone semipúblico (TSP); linha com
munidades carentes. investimento, à exceção dos casos de ter partilhada; central telefônica comparti
minais semi-exclusivos instalados em lhada (CTC); concentrador de telefones
Soluções unidades econômicas locais. Para estes públicos (CTP); multicompartilhador de
os resultados operacionais deverão ser terminais; CPCT em condomínios de
A proposta global da Telemig visa o positivos, permitindo repor equipa baixa renda; fasor; posto de serviço (PS);
tratamento de segmento, selecionados e mento ao final de sua vida útil, algo que extensão externa.
se dá através de três tipos de planos: o não pode ser esperado com muito oti Para os técnicos da Telemig “poderão
Placon — Plano de Atendimento Telefô mismo na massa inicial de terminais se absorver tecnologia de uso público TP’s,
nico Comunitário de Conjuntos habita mi-exclusivos, a implantar. Mas isto fale-fácil, semipúblicos, e outros, possi
cionais; o Plafav — Plano de Atendi não deverá ser problema. A série pio velmente concentrados, via equipamen
mento Telefônico Comunitário de Fa neira tem como meta apresentar a via tos específicos, o que demonstra acanha
velas; e o Plaper — Plano de Atendi- bilidade técnica do plano”, apresenta o mento tecnológico hoje existente”.
ipento Telefônico Comunitário das Relatório da Telemig. ( N P R ) *
Áreas Urbanas Periféricas.
Considerados os conjuntos habitacio
nais, como a parcela de maior organiza
ção comunitária do universo a intervir, METAS ANUAIS DE IMPLANTAÇÃO
a proposta sugere que eles sejam os pri
meiros na experiência de utilização da Percentual de implantação (%) Tup's a Implantar (APA) Total Tup's a Implantar
rede, seguido pelas favelas e áreas peri Ano Absol.
Áreas
Areas
féricas, sempre priorizando, em cada Conjuntos Favelas Periféricas Conjuntos Favelas Periféricas Acumulado Percent.
segmento, as comunidades de maior (APA) (%)
concentração demográfica. 1988 33 — — 400 — — 500 6,0
A rede a ser considerada nestes pla 1989 30 20 3 420 240 115 775 12,0
1990 30 38 16 420 460 610 1490 23,0
nos deverá obedecer a uma distribuição 1991 7 42 31 160 500 1185 1845 29,0
estratégica de telefones de uso público, 1992 — — 50 — 1915 1915 30,0
“dimensionados em função da realidade
Metas Term. Term. Term.
volumétrica e econômico-social da po
Finais Jun./91 Dez./91 Dez./92 1400 1200 3825 6425 100,0
pulação a atender.” Com vistas a maxi