Page 19 - Telebrasil - Março/Abril 1988
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corporativo de normas da IBM, historiou                                                                                                                                                                                                                           cações. Estas podem variar desde uma


      o nascimento do JTC-1, nascido da união                                                                                                                                                                                                                           simples ligação telex até complexos sis­


      ISO/1EC e que constituiu, segundo ele,                                                                                                                                                                                                                            tema s te 1 e i n formá ticos de a u tom açao de



      um esforço marcante, "culminando  10                                                                                                                                                                                                                              escritórios ou de automação industrial.


      anos de conversações para estabelecer                                                                                                                                                                                                                                      Dentre os problemas que de Blasi des­


      uma padronização, a nível mundial”.                                                                                                                                                                                                                               tacou como mais importantes em nor­


      Também vendeu a idéia de que as discus­                                                                                                                                                                                                                           malização está o da aferição da conformi­



       sões internacionais sobre padronização                                                                                                                                                                                                                           dade com os padrões oficiais (envolve de-


       são vistas pelos EUA, Europa, Canadá e                                                                                                                                                                                                                           fïnir o que deve ser testado e como) e o da


      Japão, como de importância estratégica                                                                                                                                                                                                                            obsolência da padronização.


       para o desenvolvimento econômico dos                                                                                                                                                                                                                                      Segundo ele, todo trabalho de padro­



       países, apesar de envolverem custos                                                                                                                                                                                                                               nização deve levar em conta o passado e


       crescentes, mas que para sua efetivação                                                                                                                                                                                                                          também a previsão do futuro, principal­



       "há necessidade de que todas as Regiões                                                                                                                                                                                                                          mente em setores em rápida evolução,


       participem deste esforço, inclusive a                                                                                                                                                                                                                            como cerâmicas, supercondutores, in­


       America Latina”.                                                                                                                                                                                                                                                 teligência artificial, integração voz/da-


                Ele detalhou o funcionamento do                                                                                                                                                                                                                         dos/imagem, o que leva â participação,



       JTC-1, de Tóquio, que deve contar com                                                                                                                                                                                                                            essencial, dos meios universitários a fim


        um só representante por país, e que no                                                                                                                                                                                                                          de se estabelecerem  padrões dura-


        caso do Brasil foi o CB-21, da ABNT, e a                                                                                                                                                                                                                        douros.



        ser secretariado pela ANSI (American                                                                                             Dorgival da Silva BrandúoJr., Subsecretário                                                                                             E qual a reação do CCITT frente â


        Standa rds Associa tion).                                                                                                        de Atividades Estratégicas da SEI.                                                                                              união 1SO/IEC? "Todos colaboraram a


                 Mencionou igualmente que outro es­                                                                                                                                                                                                                      nível técnico”, disse o palestrante admi­


         forço de padronização, de natureza his­                                                                                                                                                                                                                        tindo, no entanto, que podem ocorrer dis­


         tórica, foi a adoção pelos CC1TT/ISO, em                                                                                         arquitetura dividida em 7 camadas ou                                                                                          cussões, como o da sina lização fora de fai­



         1980, do modelo OSI (Open System In­                                                                                             níveis. Os três primeiros são orientados                                                                                      xa (canal comum) no caso de Redes Digi­


         terconnection) para arquitetura aberta                                                                                           para o transporte da informação; os ní­                                                                                       tais Integradas — RDI.


         de sistemas, a fim de permitir que equi­                                                                                          veis 4 e.r> servem para acomodar arquite­                                                                                                    CCITT e ISO são parceiros (part-


         pamentos, de diversas origens, pudes­                                                                                             turas de informações, oriundas de forne­                                                                                     iwrs) existindo, no entanto, uma área


          sem se comunicar entre si. O modelo                                                                                              cedores distintos; e os 6 e 7 tratam de                                                                                      cinza de indefinições entre ambos, para



          OSI, como é conhecido, baseia-se numa                                                                                            compatibilizar diferentes tipos de apli-                                                                                     cuja solução foram criados dois mecanis­


                                                                                                                                                                                                                                                                        mos formais de cooperação entre as enti­


                                                                                                                                                                                                                                                                        dades. A nível mais técnico, os subcomi-


                                                                                                                                                                                                                                                                        tés da ISO se comunicam com os grupos


                                                                              Quem faz Normalização                                                                                                                                                                     de estudo do CC ITT, ao passo que, a nível


                                                                                                                                                                                                                                                                        mais abrangente, existe a "Revisão


                           O esforço de normalização se dá em di­                                                                          cas                ABNT é uma entidade privada,                                                                              Geral do Programa”, ocasião em que os

                  versos níveis, a começar pelo das empre­                                                                                 fundada em  1940, o reconhecida de utili­                                                                                    "parceiros” dialogam de igual para


                  sas, como é o caso das Práticas da Tele-                                                                                 dade pública (lei  4150/62), que opera


                  brás, inspiradas nos da AT&T. A maioria                                                                                  através de 23 Comitês Brasileiros de nor­                                                                                     igual, em fórum como as reuniões do JTC

                   dos países tem seu sistema próprio de nor­                                                                               malização, os CBs.  A destacar: o CB-3                                                                                      ou do próprio CCITT                                                    expôs Joel Ul-


                   m as:  A lem anha  (D IN ),  A rgentina                                                                                  (eletrotécnica), CB-14 (Finanças e Docu­                                                                                    man, da IBM, prosseguindo:

                   (IRAN ),  índia  (ISI),  Espanha (Iranori.                                                                               mentação), CB-15 (hotelaria) e CB-21 (in­                                                                                           — O forte no CCITT1 são as empresas


                   Itália (UNI), EUA  (ANSI), Reino Unido                                                                                   formática). (vide Telebrasil N/D 87; p.                                                                                     operadoras, ainda que ultimamente te­


                   (BSIt, Japão (JISC). Subindo a nível re­                                                                                 47).                                                                                                                        nha ocorrido uma maior abertura para a

                   gional existem o Copanl (Pan-America­                                                                                            Estrutura-se o CB-21  em 4 subcomi-                                                                                 participação de usuários e da indústria,


                   no), CeneceCenlc (europeus), Asmò (ára­                                                                                  tés, todos representados no III Seminário                                                                                   em seus grupos de trabalho, fruto do des­


                   bes), Asac (Ásia). Finalmente, a nível in­                                                                               de  Petrópolis: aplicações e automação;

                   ternacional, operam a  UIT,  ISO,  IEC,                                                                                  tecnologia de suporte; recursos básicos;                                                                                    regramento do monopólio das TCs ocor­


                   B1PM (Pesos e medidas), IOML (Metrolo­                                                                                   terminologia e documentação. Em outu­                                                                                       rido no EUA, Japão e Reino Unido.


                    gia legal), CODEX (alimentários), que se                                                                                bro de 83, fruto do convénio SEI/ABNT/

                    preocupam com normas básicas.                                                                                           SERPRO/STI deu-se partida ao plano                                                                                                                                 Telemática


                            Mas isto não é tudo.  Normas básicas                                                                            Quadrienal de Normalização em Infor­


                    podem ser agrupadas em perfis funcio­                                                                                   mática. Mais recentemente, SEI e ABNT                                                                                                Os computadores tendem cada vez

                    nais, criando organizações como COS                                                                                     celebram contrato para formulação de um                                                                                      mais a falar entre si, assim informática


                    (Corporation  for Open Systems),  POSI                                                                                  plano plurianual a ser submetido ao In-                                                                                     está cada vez mais associada às teleco­

                    (Presentation of Open System, do Japão)                                                                                 metro e depois ao Conin (Conselho Nacio­


                    e SAPG (Grupo europeu).  Outro esforço                                                                                  nal de Informática e Automação) ainda                                                                                        municações. Dessa maneira, os termos


                    de normalização ocorre ao se gruparem                                                                                   neste semestre  Balizam a normalização                                                                                       teleinformática, telemática e transmis­

                     perfis funcionais para formar sistemas,                                                                                em  informática, alem da lei que criou o                                                                                     são de dados são muitas vezes emprega­


                     aparecendo então coisas como TOP(Tech-                                                                                 Sinmetro, a Lei de Informática (7232/84),                                                                                    dos como sinônimos, ainda que, para o


                     nical OíTice ProtocoDe MAP, que tratam,                                                                                o Plano Nacional de Informática e Auto-                                                                                      especialista francês, JC Merlin, é pre­

                     respectivamente, da automação de escri­                                                                                mação-Planin (74632/86) e a Lei de Soã-                                                                                      ferível reservar o termo teleinformática


                     tórios e de sistemas de manufatura.  Por                                                                                ware (7646/87). Merece ainda reparo que                                                                                     para "o conjunto de meios e redes de


                     sua vez, entidades técnicas também pro­                                                                                diretrizes do Planin tratam em muito de                                                                                      transmissão de dados interligando com­

                     duzem Normas, como é o caso do IEEE                                                                                    seus itens de Teleinformática e até de


                     (americano) ou da ECMA (fabricanteseu­                                                                                 Telecomunicações, ao abordarem proble­                                                                                       putadores e terminais para aplicações,


                     ropeus), em relação a redes locais (LANs).                                                                             mas de CPAT-s, PABX e Comutação Pú­                                                                                          implicando vários locais e cujos usuários

                              No Brasil, a peça basilar e oficial da                                                                        blica (vide box).                                                                                                            são, essencialmente, profissionais e es­


                     padronização é o Sistema Nacional  de                                                                                          — Normas técnicas e nível de desen­                                                                                  pecialistas”, e o de telemática para "o


                     Metrologia,  Normalização e Qualidade                                                                                  volvimento de  um país andam de mãos                                                                                         conjunto de serviços de comunicação de

                     Industrial-Simetro,  instituído pela Lei                                                                               dadas — disse Dorgival  Brandão Jr. da                                                                                       informações — empregando a teleinfor­


                     5966/73, caracterizado pelos Inmetro (au­                                                                              SEI, lembrando que se EUA e URSS pos­                                                                                        mática, como meio — e destinados, es­

                     tarquia executiva) e Conmetro (norma­                                                                                  suem cerca de 20 mil normas técnicas, o                                                                                      sencialmente para uso de público não es­


                      tivo), ambos órgãos subordinados ao Mi­                                                                               Brasil  apenas possui  pouco mais do que


                      nistério da Indústria e Comércio-MIC. A                                                                               um quarto deste total.                                                                                                       pecializado.”

                      Associação Brasileira de Normas Técni­                                                                                                                                                                                                                      Para os serviços telemáticos padroni­

                                                                                                                                                                                                                                                                         zação de protocolos é fundamental. Cou *
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