Page 18 - Telebrasil - Março/Abril 1988
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ABNT discute normas
para informática e TCs
João Carlos Pinheiro da Fonseca
mática e automação, com diversas enti
dades disputando sua normalização.
Longe de constituir simples proble
ma técnico, a discussão sobre normas de
padrões se reveste de profundo sentido
político, de particular interesse parao
com ércio in tern acio n al, levandoo
sub-Secretário de Atividades Estratégi
cas da SEI, Dorgival Brandão Jr., a afir
mar que "a normalização tem se consti
tuído num instrum ento eficaz paraa
conquista de mercados pelas sociedades
tecnologicamente mais avançadas”.
Assim, despertou o maior interesse a
realização do III Seminário de Normali
zação Técnica e Qualidade Industrial em
Paulo Gazinelli, Secretário de Tecnologia Industrial do MIC, discursando no III Seminário de Informática, promovido pelo CB-21, da
Normas de Informática. (E) Mauro Thibau, PR da ABNT e (D) E.B. Millet, diretor da Finep. ABNT, ao final do ano passado, nas de
pendências do Serpro, em Petrópolis. RJ
que contou com a presença de especialis
Das pedras utilizadas nas pirâmides tuíarp uma simplificação e ao mesmo tas, técnicos brasileiros e estrangeiros e
do antigo Egito, passando pelos parale tempo preenchiam uma necessidade so representantes da área estatal e pri
lepípedos de barro dos edifícios romanos, cial do trabalho em conjunto. Nada mu vada. A sigla ABNT corresponde à Asso
aos parafusos padronizados por Sir Jo dou, modernamente, ao se chegar à ver ciação Brasileira de Normas Técnicas
seph Whithworth, nos albores da Re dadeira explosão tecnológica no domínio uma entidade fundada em 1940 e reco
volução Industrial, a humanidade reco que interessa mais de perto aos leitores: nhecida pela Lei 4150/62 como de utili
nheceu que normas c padrões consti- o da eletrónica, telecomunicações, infor- dade pública. Já a sigla CB-21, carac
teriza um de seus 23 Comitês de Nor
mal ização, justam ente o que trata de
Computadores e Processamento de Da
RDSI: 0 CONFLITO BÁSICO dos. Vale destacar a propósito que as
telecomunicações, especificamente. náo
são objeto de nenhum Comitê na ABNT
RDSI Abertura
Telecomunicações
E stiveram presentes ao III Semi
nário CB-21, dentre outras personalida
des, Mauro Thibau (ABNT), RaulCol
cher (CB-21), Paulo Gazinelli (MIC 1
José Bittencourt (IBQN), EvandroMü
let (Finep), Dorgival Brandão Jr. (SEI
RDSI Ivan Marques (Cobra), Carlos Cozende)
Informática (Itamarati), José Cardoso (Geicom',R<v
berto Camanho (Sobracon), Alexandre
T a ra sso (A binee), Edison Fermor
(Fiesp), Manoel Mendes (SBA), Jorge
Loureiro (Serpro). Do estrangeiro,
ram J. S. de Blasi, J. Urman, A. Levit.te
dos eles da IBM, sendo o primeiro tair.
bém chefe da Delegação Norte-America
na ao JTC-1 e que enfatizaram o uso^
Legenda vantagens do modelo OS1. Da Gener..
LAN - Redes Locais
Motors veio M. Kaminski Jr., especi-
PABX - Comutação Privada
lista em MAP (ManufactuhngAutoni
RP - Redes Privadas RDSI
tion Protocol), que é um protocolo refle
SE Serviços Especiais
tindo a normalização da teleinformati'
TS Terminal RDSI simples
TM Terminal RDSI múltiplo para autom ação industrial, lidera:-
pela GM. Finalmente, F. Kirscenbaur
- Interfaces
da A m erican M anagement Sy^r
Inc., veio para falar dos benefícios
padronização traz para o usuário.
Mesmo sistema RDSI, mas duas óticas. Os informáticos defendem um núcleo de comunicação, apenas.
Já os telecomunicadores, querem participar também da telemática. Na abertura, Joseph de Blasi. din-