Page 43 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1987

vidas também se refletiu nos objetivos e

no público presente a mais de 600 even­

tos, conferências, seminários, recepções

e coquetéis, ocorrendo muitos deles si­

multaneamente. Sob o aspecto político

discutiu-se publicam ente o G a tt, as

joinfventures (se são benéficas ao País)

e até os modelos mexicanos e coreanos

para informática. Um evento à parte foi

o chamado Telecongresso, em que dia­

riamente. durante cerca de hora e meia,

foi transmitido, ao vivo, via T V Execu­

tiva da Em bratel, para 23 praças do

País, um Painel de Debates onde frente

às câmeras se discutiram temas atuais

que geram controvérsia como a legisla­ Sem inário de engenharia de software, que reuniu grandes nomes das universidades.

ção de software (com o senador V irg ílio

Távora), monopólio das telecom unica­
de H eider Coelho (vide Rev. Telebrasil, que no Brasil a implantação do código
ções (com Rômulo Furtado, do M inicom )
M/A 85; pág. 32). de barras nos produtos alim entícios é
e capacitação tecnológica (com E. M il-
O fato de o Brasil contar com uma ainda apenas de 0,5% (na F ran ça é
let, do Finep).
base instalada de centenas de milhares 95%), que o País possui apenas um esta­

A parte técnica correu por conta de
de micros e de um sólido parque indus­ belecimento equipado com dispositivo

inúmeros especialistas que debateram,
trial voltado para este equipamento jus­ scanner (no mundo a cifra já atinge 29
pelas salas espalhadas no Anhem bi, o
tificou a grande afluência às sessões que m il) e que o desejo da au tom ação é
planejamento da in form ática em p re­
trataram de aplicações gráficas, o uso do grande, principalmente nas grandes ca­
sarial, os planos diretores, a segurança
U n ix (e seus derivados) e de redes locais deias de lojas, onde já se percebeu que
dos dados, a auditoria e a criptografia,
(uma das vedetes do momento). O mar- automação reduz estoques e aumenta o
refletindo a preocupação de tratar o uso
keting, sempre presente na área de mi- lucro.
da informática na em presa, não m ais
c ro in fo rm á tic a , já h a via ficad o por Já no seminário de automação ban­
sob forma de casos particulares, mas
conta do 1 *: Congresso Nacional de Infor­ cária historiou-se o em prego da infor­
sim como um rico ferram ental de cará­
m ática Aplicada (Conia), que reuniu de mática no setor (só o mecanismo da com­

ter sistêmico. Voltando à área política, a
26 a 28 de agosto, no próprio Anhembi, pensação gera 250 milhões de documen­

União Brasileira de Inform ática Públi-
profissionais liberais (médicos, enge­ tos diários), que fez com que ele dis­

ca-UBIP, criada em 1985, e que congre­
nheiros, professores, bibliotecários) in­ parasse como um dos maiores usuários

ga cerca de 40 estatais e fornecedores
teressados em se iniciar ou se aperfei­ de computadores. Porém, os bancos vão
privados de inform ática, com o poder
çoar na luta que constitui a escolha ade­ olhar agora com mais cuidado a relação
que lhe dá o faturamento do poder públi­
quada de equipam ento na verdadeira custo/benefício dos serviços que promo­
co — estimado entre 30 e 35% do total do
selva de ofertas que inundam a praça. vem. A perspectiva é a de que crescerá a
setor de informática — defendeu a tese
Em relação à com putação gráfica automação da retaguarda bancária em
da reserva de mercado (que só deverá
(um a tendência que se afirm a) brilha­ relação ao "verdadeiro fliperam a” ofere­

terminar daqui a 5 anos), o direito à pri­
ram os técnicos da Rede Globo, que de­ cido aos usuários (não há quem resista a

vacidade e o mercado b ra sileiro (que
m onstraram um dom ínio completo do tirar um extrato, via computador, cada

deve ser visto pela Constituinte como
que o software na m aioria importado vez que penetra numa agência).

um patrimônio nacional). Por outro la­
pode fa zer com as im agens de vídeo, Quanto à automação de escritórios,

do, por ocasião do debate ''privatização
além de diversos especialistas que tra­ ainda está na fase de encontrar seu ca­
versus estatizaçáo da inform ática” criti-
taram do que se rea liza nas áreas do minho, que dependerá sobremaneira de
cou-se a atuação da Datamec, Serpro e
P A C (Projeto Auxiliado a Computador). boas comunicações a serem providas por
Dataprev, todas públicas, que, segundo
Por outro lado, a aplicação da automa­ redes locais, PAB X , satélites e RD SI —
a Assespro, em 1986 faturaram 370 m i­
ção a diversos atividades, gerou vários um prato feito para a sinergia adequada
lhões de dólares, deixando apenas 68
sem inários, em separado. No de auto­ da informática e telecomunicações. Ca­
milhões para os bureaux do setor p ri­
mação com ercial ventilou-se o fato de pítulo à parte da automação, é sua ap li-i

vado.

Mais Congresso

Durante o XX Congresso, o pessoal

de hardware voltou-se mais para o pro­

blema da microeletrônica (o desafio do

chip brasileiro) e os de software à enge­

nharia de program ação de com p u ta­

dores. 0 último assunto contou com um

seminário especializado, p rom ovid o

pelos grupos JB e IBM , congregando os

melhores nomes das grandes u niversi­

dades brasileiras, como Carlos Lucena

PUC/RJ), Sueli Mendes (U FR J), C láu­

dia Medeiros (Unicamp). Ainda na área

dn software destacou-se o tem a da in ­

digência artificial, sistemas especia-

bstase uso da linguagem natural na co­

municação hom em -m áquina, ju s tifi-

Jando inclusive intensa program ação Seminário de automação bancária, com a presença de especialistas do mundo financeiro e das

mso-brasileira, que contou com a volta telecomunicações.

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