Page 38 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1987
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r á d i o , 1v 8c v í d e o «J . d e Pa iva
V i d e o c a s s e t e :
C o n t r a b a n d o a i n d a o c u p a m a i o r f a t i a d o m e r c a d o
Voltando ao videocassete, neste ano espera-
0 primeiro videocassete brasileiro foi lan abandono a que foi relegado pelos fabricantes se que o Japão, maior fabricante mundial, des
çado em 1982. Nos primeiros anos o consumidor japoneses e norte-americanos, absorvidos, logi peje no mercado internacional cerca de 20 mi
não tinha muitas opções de marcas ou modelos e camente, na tecnologia mais modeçna e mais
era forçado a recorrer ao contrabando. Em 1987, atraente do videocassete. . lhões de aparelhos. Seis milhões desse total
serão absorvidos pelo mercado japonês. O res
videocassetes são produzidos, na Zona Franca Por mais que pareça exagero ou saudosismo,
de Manaus, pela Sony, Sharp, Philco, Sanyo e o mercado do Super 8, pelo menos no Rio de Ja tante, 14 milhões, ficará dividido entre Estados
Mitsubishi. Apesar da CCE também fazer parte neiro e São Paulo, onde foram feitas as pesqui Unidos (sete milhões de videocassetes), Europa,
do rol de fabricantes, sua permanência nesse sas, ainda é relativamente potencial, existindo Oriente Médio e América do Sul (outros sete mi
segmento de mercado é uma incógnita, pois a cerca de 4 a 5 milhões de projetores nos dois Es lhões). f
Segundo levantamento da "Folha de Sáo
empresa enfrenta problemas com as cotas de im tados, em pleno funcionamento, e outros tantos
portação dos componentes e o seu modelo é o milhões encostados como sucatas. Os filmes Paulo”, a produção nacional de videocassete até
mais simples de todos, com pouquíssimos recur compactos são disputados, atualmente, por pre maio deste ano estava dividida, em números
sos técnicos. ços exorbitantes e os que existem, em condições aproximados, da seguinte maneira: Sharp, 190
Nestes últimos cinco anos, vários recursos de serem exibidos, estão nas mãos de especula mil aparelhos; Mitsubishi, 60 mil; Sanyo, 30
foram introduzidos nos videocassetes. As pro dores ou colecionadores. As filmadoras Super 8 mil; Sony, 60 mil; e Philco/Hitachi, 60 mil. Des
gramações automáticas de gravação foram já são peças de museu, devido ao desinteresse ses 400 mil videocassetes, a grande maioria foi
aperfeiçoadas, em função das exigências dos das indústrias na fabricação de filmes virgens. consumida pelo mercado interno e um número
consumidores. Se os aparelhos nacionais ainda Isso vem comprovar que o mercado latino-ame insignificante foi exportado. O mercado bra
não conseguem acompanhar o desenvolvimento ricano não pesa em termos de escala no fatura sileiro de videocassete ainda engatinha, se com
tecnológico dos importados, pelo menos o consu mento global das empresas estrangeiras. parado com o norte-americano e o japonês.
midor já pode contar com opções de modelos e
preços.
E por falar em preços, o videocassete fabri
cado na ZFM ainda não está ao alcance do poder
aquisitivo da chamada classe média baixa bra
sileira (de 8 a 20 salários mínimos, segundo o
IBGE), que, quando pode, recorre ao contra
bando de aparelhos estrangeiros, ou até mesmo
adquirem o videocassete de "segunda mão”
através de anúncios classificados, "à vista ou a
prazo”.
Os consumidores brasileiros de menor poder
aquisitivo ainda se contentam com os velhos
projetores cinematográficos de 16mm e Super 8.
Este último, recente pesquisa de mercado de
monstrou que ele ainda resiste ao tempo e ao Este modelo de videocassete da Sharp é fabricado na Zona Franca de Manaus.
da” é acompanhada de um li da imagem pode chegar até 15 de reproduzir até 20 minutos de
CURTAS breto de 55 páginas u cores. metros de largura por 12 de al música, que se constituirá na
tura. versão digital dos difundido^
Em 1991, a Comunidade Euro com p a ctos sim plesdu plo?
péia iniciará a operação de seu Com a participação de vídeos analógicos de 7 polegadas.
sistema de rádio-móvel digital estrangeiros, pela primeira vez
do tipo celular TD M A desti desde sua criação, será rea li
nado a atingir um mercado de zada de 10 a 30 de novembro, no
346 milhões de pessoas. A mo auditório de "O Globo” , a X V III
dulação será do tipo G M SK. Mostra Internacional do Filme
com performance C/Ic (sinal/ Científico. A promoção é da Se
ruído) de 10-12 dB e espaça cretaria Estadual de Educação
mento entre portadores de 200 (RJ), com o apoio do CNPq e da
a 300 kHz. Embravídeo. Serão distribui-
dos prêmios para o primeiro e
Utilizando tecnologia de raios- segundo colocados.
laser, um fabricante dos EUA,
A Globo Vídeo anunciando o a Light Dish Inc., acaba de lan A Philips holandesa e a Sony Philips lançou, este ano, ^
lançamento de duas obras de çar um revolucionário projeto japonesa estão anunciando o á comercializando, a t^ ^
arte em videocassete e stereo de vídeo que opera em qualquer desenvolvimento de dois novos lojas de eletrodoni do
hi-fi: a ópera "Aida”, de Giusep superfície, com imagens de alta produtos utilizando a tecnolo s modelos de rádio-g ^75 0
pe V erd i (fo to ), com M aria definição, sem os efeitos de li gia d igital do Compact Disc.
meirodoubledeckàaem?
Chiara, Luciano Pavarotti, e nhas da televisão convencional. Um deles será o disco batizado
orquestra e coro do Teatro Alla O novo telão, com mais de 1.000 de CD Video, em 5,8 ou 12 pole 0 A R 490 (foto), conni4^
Scala de M ilão, e "Am erican lumens de saída, tem brilho ex gadas, que permite a reprodu ondas e double dec , j 1.
Ballet Theatre at the M et”, com cepcional, podendo ser u tili ção simultânea de som e ima na modular Trandsoun^
três balés famosos, Les Sylphi zado mesmo em locais com ilu gem. O outro deverá ser um CD :luindo toca-disco
des, Triad e Sylvia. A fita “Ai- minação ambiente. O tamanho com apenas 3 polegadas capaz tts de potência.