Page 35 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1987

J a l f i m : 2 0 a n o s a s e r v i ç o d a s t e l e c o m u n i c a ç õ e s

A J a l f í m T e l e c o m u n i c a ç õ e s , e m p r e s a g a ú c h a c o m s e d e e m P o r t o A l e g r e , i n i c i o u

s u a s a t i v i d a d e s e m 1 9 6 7 , s o b a d i r e ç ã o d o s i r m ã o s D é c i o e C a r l o s J a l f í m .

E m 1 9 7 2 r e a l i z o u o s p r i m e i r o s s e r v i ç o s p a r a a c o n c e s s i o n á r i a e s t a d u a l - C R T , C i a .

R i o g r a n d e n s e d e T e l e c o m u n i c a ç õ e s , p r e p a r a n d o a s c a n a l i z a ç õ e s p a r a p a s s a g e m d e

c a b o s .

A p a r t i r d e s t e t r a b a l h o , a C R T s o l i c i t o u à e m p r e s a q u e r e a l i z a s s e a i m p l a n t a ç ã o d e

c a b o s t e l e f ô n i c o s , i n s t a l a n d o e f a z e n d o a s e m e n d a s .

J á e m 1 9 7 5 , a J a l f í m T e l e c o m u n i c a ç õ e s e x p a n d i a s u a s a t i v i d a d e s p a r a f o r a d o E s ­

t a d o , a t r a v é s d o c o n v i t e r e c e b i d o d a T e l e b a h i a p a r a , a e x e m p l o d o q u e f o i r e a l i z a d o p a r a

a C R T , i n s t a l a r c a b o s t e l e f ô n i c o s . E s t e s e r v i ç o f o i f e i t o e m t o d a a e x t e n s ã o d o R e c ô n c a v o

B a h i a n o e a i n d a h o j e a J a l f í m d e s e n v o l v e a t i v i d a d e s n a q u e l e e s t a d o .

Sistema de Telecomunicações

em Ferrovias

A partir de 1981, com o corte dos investimentos na área de telecomunicações

a Jalfím procurou alternativas para diversificar os serviços oferecidos ao seu pú­

blico consumidor. Ao mesmo tempo buscava meios de superar a crise econômica

nacional, sem precisar recorrer a cortes no quadro funcional.

Deste em penho surgiu um estudo de viabilidade que resultou no Projeto de Im­

plantação de Sistem as de Telecomunicações para o setor ferroviário.

Foi norteada pela m entalidade voltada ao trabalho em ferrovias que a Jalfím

decidiu participar da concorrência destinada a escolher a em presa que im plan­

taria os cabos ferroviários de quadra no TRENSURB.

Esta licitação reuniu grandes grupos multinacionais mas foi vencida pela Jal-

fim, que selou o compromisso com o governo em março de 1984. Realizou o pro­

jeto, especificou e forneceu os materiais, implantou e testou o sistem a que tem a

extensão de 27 quilômetros para atender 16 estações do trem urbano gaúcho. O

trabalho foi concluído pela em presa, no prazo de sete meses. Ou seja, de agosto

A Jalfím é a primeira empresa nacional a dominar

a tecnologia do cabo de fibra ótica. de 1984 a m arço de 1985.

Após a conclusão deste projeto a Jalfím prosseguiu aperfeiçoando o sistem a

Perspectivas de telecomunicações para ferrovias, considerado um desafio, por se tratar de ca­

bos enterrados, sujeitos a fenômenos eletromagnéticos criados em linhas eletri­
Sem dúvida alguma a fibra ótica se­
ficadas.
rá o material utilizado nos próximos anos

por todas as empresas, públicas ou priva­ Vale do Rio Doce solicita os serviços

das, com projetos de expansão. da empresa Gaúcha

Por esta razão, a Jalfim em basada na Em agosto do ano passado (1986), a Cia. Vale do Rio Doce decidiu m oderni­

experiência adquirida com trabalho rea­
zar o seu sistem a de telecomunicações no ram al ferroviário compreendido entre

lizado para Cia. Vale do Rio Doce, vai in­
Drum ond e Nova Era, trecho de maior fluxo na extração de minérios do Brasil e

vestir cerca de Cz$ 30.000.000,00 na
considerado o mais eficiente do mundo, pois transporta anualm ente 100 milhões

compra de equipamentos e Treinamento de toneladas.

de Pessoal que atuará no setor de em en­ A Jalfím realizou a implantação de cabos do sistema de sinalização, num per­

das e testes com fibras óticas. Neste tra­ curso de 170 quilômetros.

balho a Jalfim estará utilizando o que há Simultaneamente, a Vale do Rio Doce solicitou a montagem de estações de re­

de mais moderno em termos de equipa­ baixam ento de força, que tam bém foi executado pela Jalfím.

mentos.
No decorrer desses serviços, a Cia. Vale do Rio Doce partiu para um projeto

Os planos para 1988 envolvem ainda
pioneiro com a decisão de utilizar cabos de fibras óticas.
o lançamento de testes e em endas para fi­
Tarefa esta que, igualmente foi confiada a Jalfim, de Porto Alegre.

bras óticas monomodo. Para Carlos Jalfim, diretor da em presa, o cabo de fibra ótica é um a inovação

Atualmente a Jalfim Telecomunica­
que está revolucionando o setor das Telecomunicações e explica: “Além do alto

ções participa com seus projetos, desen­
nível de qualidade, o número de informações permitidas pelo cabo ótico é muito
volvendo atividades nos estados da B a­
superior ao dos cabos convencionais.
hia, Minas Gerais, São Paulo, além de to­
Carlos Jalfim enfatizou, ainda, que a fibra ótica é um material totalmente imu­
do o Estado do Rio Grande do Sul.
ne a interferências eletromagnéticas, umidade e seu custo é bem mais baixo que

o dos cabos utilizados até então.

Desta m aneira, a Jalfim tornou-se um a das primeiras em presas privadas do

país a deter a tecnologia de im plantação dos cabos de fibras óticas. E pela serie­

dade e dedicação com que vem desenvolvendo estudos para aprim oram ento nes­

ta área, tem sido reconhecida nacionalmente. Em dezembro de 1986, ocasião em

que os técnicos da em presa estavam absorvidos pelo trabalho na Vale do Rio Do­

ce, foi realizada, com o m esm o nível de desempenho, a reestruturação e implan­
J A L F I M tação do sistem a de telecomunicações para o trem metropolitano de São Paulo,

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