Page 56 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986

N E C d o J a p ã o v e i o m o s t r a r

a v a n ç o e m s i s t e m a s ó p t i c o s

Para alcançar tais velocidades, ele
N um a viagem itinerante, aqui esti­ tem feito grandes instalações em siste­ disse que se torna necessário utilizar

mas ópticos onde, no período de outubro
veram Hisashi Kaneko e Yoshiaki

de 85 a março de 86, vendeu mais de 6
K u zu sh im a, respectivaTm ente vice- dispositivos de baixo ruído e alta sensi­

presidente sênior e gerente-geral da Di­ mil unidades a empresas tais como Ny- bilidade (Arseneto de índio e Gálio—

visão de Transmissão da Nippon Eletric nex, Pacific Telesyst e GTC. Kuzushima APD); conectores de baixa perda; oscila-

Co. — um gigante japonês da eletrônica indicou que os sistem as ópticos para dores laser de modo longitudinal sin­

e telecom unicações — que efetuaram longa distância começam a proliferar gelo; dispositivos anti-refletores; e com­

palestras na Em bratel e no CPqD sobre nos Estados Unidos, acrescentando que ponentes semicondutores de alta inte­

o crescente em prego de sistem as de até o final do ano a NEC terá fornecido gração e velocidade, nas técnicas de Silí­

transm issão ópticas de alta capacidade. um grande sistema com 546 Mbit/s de cio e Arseneto de Gálio.

— A NEC que teve início no final do capacidade, ligando Chicago a Cheyen- Revelou ainda o técnico que em ter­

século passado (1899) desenvolveu-se ne e daí a S. Francisco, na costa Oeste. mos de laboratório, a NEC japonesa de­

num conglomerado que hoje emprega No vizinho Canadá, ele explicou que senvolve sistemas a 4 Gbit/s, na janela

120 mil pessoas (75% no Japão), possui acaba de ser inaugurado o sistema Mon- de 1.3 nm, (nanometro) com sensibili­

42 fábricas e 8 centros de engenharia treal-Toronto, a 405 Mbit/s e o sistema dade de -25,7 db/m. Estuda também a

(estes na região de Tóquio) só no Japão, M ontreal-Otawa, a 135 Mbit/s (6.048 aplicação da modulação de intensidade

além de 24 unidades industriais espa­ canais), ambos fornecidos por sua em­ de feixe óptico; a comutação com diodo

lhadas pela Argentina, Austrália, Bra­ presa. Finalmente, no Japão, o network laser; as fibras de baixa perda (0.22

sil, Irlanda, Coréa, M alasia, México, de fibras ópticas da NTT, também forne­ db/m); com o que espera levar 565 Mbit/

Taiw an, C ingapura, Estados Unidos, cido pela NEC, se extende desde Sap- s de informação a 204 km de distância,

Inglaterra e outros países — explicou poro (extrem o-norte) até Kagoslnma sem repetidor ou 2 Gbit/s diretamente a

Hisashi Kaneko. (extremo sul), num total de 2.840 km e 204 km.

Quanto ao organograma da corpora­ constituirá o arcabouço básico da RDSI Outro tipo de técnica sendo investida

ção, ele explicou que são 4 grupos de japonesa, operando a 405 Mbit/s. pela empresa é a modulação FSK (por

m arketing para 11 grupos operacionais desvio de freqüencia) com o emprego de

(a Divisão de Transmissão onde traba­ Alta capacidade filtros especiais que permite levar 140

lha é um entre eles), além do escritório Mbit/s a 243 km (sem repetidor) e 280

central que concentra cerca de 20% do De acordo com o conferencista, a Mbit/s a 204 km, tudo isso empregando

pessoal da empresa. No plano externo, NEC terá concluído, em 86, os testes do com suporte fibra monomodo, operando

mais da metade (52%) do volume de ne­ campo de seu sistem a óptico de 1.6 na janela de 1,55 nm.

gócios da NEC é efetuado com os Esta­ Gbit/s, cuja comercialização está pre­ Ao final da palestra, Hisashi Kaneko

dos Unidos, seguindo-se a Ásia (16%), vista, no Japão, para 1987. Mas não é só. tomou novam ente a palavra para um

E uropa (11%-), O riente Médio (9%), Também está sendo estudado um sis­ rápido flash, m ostrar o que denominou

Oceania (6%), Am érica Latina (4% ) e tema operando a 2,29 (Jbit/s, que deverá de "sonho”. Tratava-se da comutação

África (2%) empregar os padrões CEPT (europeu). puram ente óptica (hoje converte-se o si­

Baseando-se no tripé componentes, Na faixa dos megabit/s (1 milhão de nal óptico, para elétrico) na região de

com putadores e telecom unicações, a bits transm itidos a cada segundo) a 256 Mbit/s, chegando a mostrar um mo­

empresa, em 85, gerou 9 bilhões de dóla­ NEC já oferece comercialmente o sis­ delo de chip sendo desenvolvido pe a

res dos quais 29% em comunicações, tema de 565 Mbit/s, na janela óptica de NEC.

27% em dispositivos eletrônicos, 21% 1.31 nm, que permite lances de até 28 — A tendência para o uso de sistema

em computadores e 23% em eletrônica km sem o emprego de repetidores, ba­ óptico na transm issão está sendo ca a

doméstica. seado em atenuações de -2 0 db e com vez m ais aceita mundialmente não s

lances de 35 km e atenuações de 17.5 db p ara ligações urbanas, mas tam

No m undo na janela de 1,55 nm. Tal sistema, ainda para comunicações à longa distância

que nominalmente a 565 Mbit/s, opera foi o recado final deixado pelos visi a^g

Y oshiaki K uzushim a dedicou sua com bit rate de linha, a 688 Mbit/s, in­ tes. (JC F)

apresentação aos principais sistemas de formou Kuzushima.

fibra óptica que a NEC vem instalando

m undialm ente. Descrevendo o sistema

em uso na Argentina, ele disse que são

346 km de rede, com 6 centrais e 5.414

sistemas multiplex, instalados em 1981

e operados nas faixas de 34 e 140 Mbit/s

pela Entel. Já no Brasil empregam-se

equipamentos e fibras desenvolvidos no

CPqD. Em Cingapura, a NEC forneceu

sistem a de 140 M bit/s, com espaça­

mento de 9 km s repetidores e capaci­

dade de 1.920 canais telefônicos.

Na Inglaterra (trata-se do Mercury

Network) foi instalada pela NEC uma

rede a 564 M bit/s, em pregando fibra

monomodo, com taxas de erro reduzido a V Y A H m m íl á .

10-8 por 2.500 km. (E-D) Hervé Pedrosa (PR da NEC do Brasil), Yoshiaki Kuzushima e Hisahi Kanc

Mas é nos Estados Unidos que a NEC pão) e Ismael Uchôa (VP da Embratel).

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