Page 59 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986

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A p o i o à i n d ú s t r i a
D etentora hoje de uma posição privile­
giada tanto na produção de tecnolo­
gia como no fornecimento de equipamen­
tos, a Elebra S.A Eletrônica Brasileira é
fruto de um trabalho desenvolvido sob a
liderança de um bem-sucedido empre­
sário: Luiz de Mello Flores Guinle, cario­
ca de Laranjeiras, 48 anos, engenheiro in­
dustrial mecânico, formado pela PUC do
Rio de Janeiro, mestre em Ciências em
engenharia mecânica na Universidade de
Houston, Texas, em 1966, Luiz Guinle foi
professor assistente e chefe dos progra­
mas de engenharia química e engenharia
mecânica da Coppe — Coordenação dos
Programas Pós-Graduados de Engenha­
ria da UFEJ.
Engenheiro de projetos da Setal-
Koppers Engenharia e Montagens Indus­
triais, analista de sistemas da Datamec,
diretor da Dataproj, assessor da diretoria,
membro do Conselho de Administração e
diretor do Banco Boavista, Luiz Guinle
tem uma expressiva bagagem profissio­
nal. Foi o empresário quem deu o grande
-alto do investimento no porto de Santos
para o setor de eletrônica e mais parti­
cularmente nas áreas de telecomunica­
ções e informática. Hoje, o presidente da
Elebra S.A. se orgulha ao lembrar que a
Bocas de Santos foi uma das empresas
pioneiras na utilização de processamento
de dados.
O empresário fala dos investimentos
do grupo no setor de exportação, mas, se­
gundo ele, não é fácil obter resultados
imediatos. "A nível mais expressivo, já
vencemos duas concorrências para a fa-
bricaçâo do MCP e MDT (mulüplexa-
dores} no Panamá Fornecemos equipa­
mentos para as Filipinas”, acrescenta.
Adia que o mercado de grande vulto re­
quer investimentos maciços e por isso
acredita no Trópico R: "A grande chance
'»correrá quando houver uma concorrên­
cia internacional para comutação de pe-
quen° porte, perfeitamente competitivo a
curto prazo".
Em relação á reserva de mercado, Luiz
u i n , observa: "K essencial para o de-
-onvolvimento das empresas nacionais e,
uni dos maiores ativos de nosso País é o
m.u mercado, por que não preservá-lo?
as lslu uúu significa evitar a entrada de
^'©brasil.
-Ell Ago./86
Montagem do PABX:
as mais recentes conquistas
da digitalização.
L u i z G u i n l e :
é f u n d a m e n t a l
grupos estrangeiros, embora o acesso
direto fique com as nacionais, frisa o pre­
sidente da Elebra.
O incentivo à indústria brasileira 6
fundamental, diz o empresário. "E o pró­
prio ministro Antonio Carlos Magalhães
tem sido contundente em suas afirmações
de dar prioridade às empresas nacionais.
Ele consolidou os projetos, conseguindo
verba para as contratações e tudo isso é
importante para dar continuidade à polí­
tica traçada para o setor”. E acrescenta:
"Fomos a primeira empresa cem por cento
nacional, temos vários contratos com o
CPqD e não posso me queixar Acho que
em todas as gestões do Minicom têm ha­
vido um crédito de confiança em relação à
indústria”.
De perfil discreto, é difícil Luiz Guinle
falar de si mesmo. Discorre sobre assun­ MAX-SD a nova aplicação do controle
tos ligados à sua empresa, ao setor, ao distribuído.
próprio País. Aos poucos, ele se descontrai
e diz, gentilmente, quejá remou no Bota­ plex temporais dos tipos MCP e fibra óp­
fogo e aprecia os clássicos da música po­ tica, equipamentos de multiplexagem
pular brasileira. Em relação à sua manei­ telegráfica, sistema de tele-supervisão,
ra de administrar, conta que procura dar
uma autonomia relativa aos que com ele terminais de telex e dados, terminais
trabalham diretamente e dá uma grande telefônicos públicos e privados, além de
ênfase na qualificação destes profissio­ contar com uma completa infra-estrutu­
nais. "A equipe que consegui formar nos ra de central telefônica.
últimos anos é de competência reconhe­ Além da central telefônica digital
cida em suas áreas de atuação e traz bons temporal, a Elebra dispõe de uma linha
resultados”, concluiu o empresário. de modems equipados com DRA (dispo­
sitivo de resposta automática), que per­
mite supervisionar e operar remota­
mente as centrais Trópico R. Assim, os
engenheiros da Elebra têm condições de
acompanhar no seu dia-a-dia a operação
desta central, na rede da Telebrasília,
instalada no Lago Sul.
O Trópico C, que também integra a
linha de produtos do laboratório, é um
concentrador telefônico digital de tec­
nologia CPAT para até 192 assinantes,
T * podendo ser conectado a uma central
telefônica analógica ou operar como es­
tágio remoto do Trópico R, visando a
economia da rede de assinantes.
O Sitasu — Sistema de tarifaçào e su­
pervisão — inclui, basicamente, três
V hierarquias: USCE (Unidade de Super­
visão e Controle de Estação), instalada!