Page 58 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986
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tos de telecomunicações e controle, que empresas, do projeto AMX da Embraer, milhões de cruzados — posição da úl
passou a ser denom inada posterior p ara o fornecim ento de dois com pu tim a Assembléia realizada em janeiro.
mente Elebra Telecom S/A. tadores de bordo. A Divisão Componen São centenas de engenheiros, analistas
A criação da holding permitiu maior tes, sétima criada no grupo Elebra, atua e técnicos, contribuindo para a consoli
unidade às empresas já constituídas for no âm bito da própria holding, fabri dação de um a política de desenvolvi
mando um leque de opções na área da cando placas eletrônicas e componentes mento que inclui, além dos projetos pró
eletrônica: Elebra Telecom, Elebra In eletrom ecânicos para as dem ais divi prios, a participação do grupo em proje-
form ática, E lebra M icroeletrônica e sões do grupo. 4 tos do Centro de Pesquisa e Desenvolvi
Elebra Computadores (associada tam A descentralização é ponto funda mento da Telebrás (CPqD), em Campi
bém ao Bradesco e à Medidata). Signifi mental, na opinião de Luiz Guinle. Den nas, e acordos de transferência de tec
cou também o primeiro passo para a en tro desta filosofia, cada uma das divi nologia firmados com empresas inter
trada do grupo no mercado de ações. sões tem funções técnicas de desenvolvi nacionais.
A abertura do capital da Elebra Ele mento de produtos, áreas próprias de Na sede da empresa à rua Engenhei
trô n ica B rasileira ocorreu em 1984 m arketing e industriais, além de fun ro Luis Carlos Berrine, Brooklin, São
como o lançamento de 7 bilhões 700 mi ções de controle financeiro e adm inis Paulo, o elegante Luiz Guinle, descen
lhões de cruzeiros. O público passou a trativ o bem d istin tas. Responsável dente de uma tradicional família de em
p resário s no B rasil, fala, com entu
siasmo, da entrada em operação do pri
meiro protótipo cabeça de série da cen
tral telefônica digital de pequeno porte
Trópico R, fabricada com tecnologia do
CPqD. O protótipo começou a operarem
janeiro desse ano, com capacidade para
1536 term inais, exatam ente a mesma
do protótipo em operação em Brasília,
desde julho de 1985, também desenvol
vido pelo CPqD.
''E ste segundo protótipo”, comenta
Luiz Guinle, "é o primeiro fabricado in
teiram ente pela Elebra”. Para chegar
até ele — há outras duas empresas in
teressadas no projeto Trópico: Sesa, do
Rio. e Promon, de São Paulo — foram
necessários mais de 25 milhões de dóla
res em investimentos do Sistema Tele
brás, apenas no período 1981/85.
Fábrica nu via Anchieta: nutro importante segmento do grupo. Com a encomenda de 100 mil termi
nais às operadoras de telefonia para en-
t rega até fins de 1987, a Elebra foi bene
contar com aproxim adam ente 20 por ficiada com um pedido de aproximada
cento do total do capital em ações pre mente 50 mil term inais ou 33 centrais.
ferenciais. Em novembro do mesmo ano, "Este é um projeto de tecnologia nacio
a Elebra retorna ao mercado, com o lan nal e da maior complexidade em hard
çamento de 50 bilhões de cruzeiros. Isso ware (equipam entos) e software (pro
significou um percentual de 30 por gramação) e estima-se que a demanda
cento em ações preferenciais lançadas para este tipo de central (até 4 mil ter
no mercado e 70 por cento em poder do minais) tende a ser expressiva no País”,
grupo — a totalidade em ações ordi assegura o empresário.
nárias.
O desenvolvimento porém não parou L ab o rató rio de Sistem as Digitais
por aí. Crescer era essencial, mas havia
também a necessidade de se obter maior Central Trópico R: tecnologia avançada Outro orgulho da Elebra é o seu la
agilidade em diversos segmentos de ne para as áreas de pequeno e medio porte. boratório de sistemas digitais de teleco-
gócios. Assim, em 1985, Luiz Guinle, m u n icaçõ es, in au g u rad o , recente
dentro de uma visão estratégica maior, pelos resultados de sua divisão, o diretor mente, em Campinas, pelo ministro das
parte para uma nova reorganização no se reporta diretãm ente ao presidente da Comunicações, Antonio Carlos Maga
grupo, estabelecendo um sistema de di Elebra. O novo sistem a, im plantado a lhães. Ligado ao Serviço Nacional de
visões, independente das em presas já partir desse ano, possibilita ainda a in Telecomunicações, através da Telespe
existentes. Três divisões coincidiam terligação entre as diversas áreas do Em bratel, perm ite a realização de de
com as antigas empresas: Divisão Peri grupo. A Divisão Telecomunicações, por m onstrações reais de todos os equipa
féricos (Elebra Inform ática), Divisão exemplo, compra produtos da Divisão mentos de telecomunicações fabricados
Computadores (Elebra Computadores) Componentes e também dos mercados pela Elebra, como simulação e modela-
e Divisão Microeletrônica (Elebra Mi interno e externo, m as tem o seu pro m ento, testes de sistem as, análise de
croeletrônica). As novas: Divisão Tele duto final. "Acho que estamos no cam i com patibilidade com outros equipa
comunicações, Divisão Comunicação de nho certo: crescer e diversificar”, afirma mentos, estudos de tráfego, estudos de
Dados e Divisão Defesa e Controle. Esta o empresário. instalação, testes de aplicação de facili
últim a,.atuando na área de sistemas de dades operacionais, testes de software.
defesa m ilitar, integra o projeto Centro A p esq u isa em prim eiro lu g ar testes de rotinas de manutenção e testes
de Integração de Defesa e Controle Aé de novos produtos.
reo (Oindacta), fabricando desde os con Com um parque industrial concen A rede do laboratório é constituída de
soles até o radar propriamente dito. Re trado em São Paulo, além de escritórios, um a central Trópico R, concentradores
centemente, a Divisão Defesa e Contro inclusive, no Rio, o grupo Elebra detém telefônicos Trópico C, centrais privadas-
le passou a participar, junto com outras hoje um capital social da ordem de 116 central de telex/dados, enlaces multi-