Page 60 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986
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junto às centrais telefônicas, com a fun O sistema, além da comutação inte
ção de coletar dados dos órgãos supervi grada e sim ultânea de voz e dados, pos
sionados, gerar relatórios de operação e sibilita a interligação de uma rede loca)
manutenção; UCR (Unidade de Contro de computadores e term inais, bem como
le Regional), coleta dados de várias o acesso a bancos de dados públicos e pri
USCE’s de uma região, e CCD (Centro vados. D iante desta nova tecnologia,
de Coleta de Dados), gera relatórios de Katzender lam enta: "Ainda não há uma
tráfego, operação e m anutenção das cultura de utilização de PABX como ele
centrais supervisionadas. integrada de voz e dados. m ento de integração de voz e dados,
A família CD-2400 inclui um concen onde m icros, com putadores e linhas
trador de dados/telex de pequeno porte e telefônicas façam uso do mesmo equipa
uma central telex de médio porte para digitais com uma série de recursos pro m ento”. E acrescenta com um olho no
até 2200 term inais, com aplicação em porcionados pelo sistema de controle por futuro: "As empresas hoje investem se
redes públicas ou privadas. Esses equi programa armazenado. paradam ente e nossa estratégia é ven
pam entos foram desenvolvidos pelo A introdução do conceito de autom a der agora os equipamentos para solucio
CPqD com participação da Elebra que, ção de escritórios, que ocorre pela inte nar o problema de comutação telefônica,
após a transferência de tecnologia, ela gração da comutação de voz e dados, é porém, com uma certa antecipação, pro
borou o projeto industrial. uma das causas da transformação. E a curando m ostrar ao usuário a economia
O multiplex telegráfico por divisão tendência hoje, a nível m undial, é a que ele poderá obter a curto prazo com o
de tempo (MDT) tem a finalidade de utilização das novas centrais PABX di PABX digital”.
multiplexar canais telex, agrupando ou gitais, como o sistema EL-1, produzido Com a venda de 4 mil linhas, já em
enviando sinais de até 46 terminais em com tecnologia da Northern Telecom operação nos próximos 90 dias, a Elebra
somente dois pares de fios. Após o seu munications, do Canadá e já em comer está comercializando seu PABX digital
projeto no CPqD, uma nova geração está cialização pela Elebra. para em presas como Jornal do Brasil,
em desenvolvimento na Elebra, para O gerente de comutação privada da Mendes Júnior, Rhodia e Sadia. A pre
atualizá-lo tecnologicamente. Elebra, engenheiro Herman Katzender, visão é vender 17 mil linhas entre o
A fam ília MCP inclui um equipa romeno, naturalizado brasileiro, é res exercício abril de 86 a março de 87, o que
mento PCM que visa multiplexar até 30 ponsável pelo novo produto. Sua experi vai significar entre 22 a 26 centrais ins
canais de voz ou dados a 64Kbit/s em um ência na área de informática tem sido taladas, correspondendo a 11 por cento
feixe PCM de 2 Mbit/s. Derivador digi expressiva: formou-se na Universidade do mercado total, que é de 160 mil li
tal e telemedição SAT complementam de Brasília em 1973, fez estágio de espe nhas (incluindo também as eletrônicas
a linha de produtos oferecidos pela cialização junto ao laboratório do go e analógicas). "Para os próximos cinco
Elebra. verno francês e participou, através da anos, a participação da Elebra nesse
Para Luiz Guinle, a inauguração do Fundação para o Desenvolvimento Tec mercado deverá oscilar em torno dos 20
novo laboratório representa um impor nológico de Engenharia FTE —, do por cento", arrisca Katzender uma pre
tante passo da Elebra ao se preparar primeiro grupo a desenvolver o protó visão.
para a entrada do País na Rede Digitais tipo de uma central telefônica CPA des
de Serviços Integrados (RSI)l). "Mesmo tinada ao mercado público. D urante Com outras empresas autorizadas a
nos Estados Unidos e no Japão ou nas quatro anos, Katzender atuou no Pro atu ar no mercado de PABX digital —
mais avançadas regiões da Europa, a jeto Trópico, no CPqDe depois esteve na M ultitel, Sul América Teleinformática
RDSI ainda não aconteceu. Mas, evi SEI, onde chefiou o Departam ento de e Darum a, acha o engenheiro que man
dentemente, no futuro, será uma reali Teleinform ática da Subsecretária de ter uma parcela de 20 por cento é razoá
dade, inclusive, no Brasil", ressalta. Atividades Estratégi cas. vel. Para ele, o problema maior é o pró
prio custo desta central, ainda não bara
Segundo ele, os primeiros entendi
PABX em nova tecnologia mentos para a fabricação do PABX digi teado a ponto de estar mais próximo do
tal foram iniciados em 1984 e culm i preço das centrais analógicas.
Na linha de mercado da Elebra, um naram com uma portaria da SEI, em de "O PABX de terceira geração é um
produto lançado, recentemente, vem re zembro daquele ano. Em 1985, já nos mercado novo. A nível mundial, deslan-
volucionando a tecnologia das centrais quadros da Elebra, o engenheiro as chou-se nos últim os dois anos. A Nor
telefônicas, substituindo as tradicionais sume a coordenação do projeto na em thern e a A T T já o tem há algum tempo,
eletromecánicas. São as centrais PABX presa. mas na Europa o uso da CPA analógica
ainda é predominante. Aqui no Brasil,
por exem plo, as em presas de menor
porte, com equipamento de 100 linhas
ainda não se informatizaram e não que
rem pagar o custo da central digital.
Mas, em dois anos, com as estimativas
de redução do preço dos componentes, as
em presas passarão a investir na nova
central e o equipamento será então com
petitivo”, analisa o técnico.
O utra dificuldade apontada por Kat
zender se refere à falta de investimentos
no setor: há empresas que deixaram dc
investir há quatro anos porque aguar
dam chegada de equipamentos mais so
fisticados. As instituições financeiras-
principal mercado do PABX digital —
suspenderam novos gastos em função do
plano de estabilização econômica do go
verno e reformulam suas estratégias
"Já investimos 4 milhões de dólares
Controle do qualidade: item lundamental na estrutura da Elebra. nos ú ltim o s 18 m eses só no projeto
Teletxasil. Jul