Page 14 - Telebrasil - Julho/Agosto 1986
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ponta pode estar tão ligado ao de um es
tado soberano.
Desgosto
Foi nesse clima que as duas delega
ções voltaram a se encontrar em Paris, Micros e
na segunda semana de agosto. Só que, minicomputadores
desta vez, o saldo não pôde ser consi nacionais ainda
derado favorável para nenhum a das sâo objetos
partes. Os americanos Fizeram questão de divergências
de dem onstrar seu descontentamento entre Brasil
e Estados Unidos.
com o atual estágio de conversação, con
ceituando a últim a rodada de negocia
ções como pouco produtiva. Para Clay-
ton Yeutter, a apreciação da natureza
da lei deu lugar a apreciação de sua apli gação de segurança nacional para justi pedras, aparentemente sem importân
cação. Como o desvio não foi do agrado ficar a recusa brasileira em discutir. cia, provocarem indisposição e reação
dos am ericanos, eles se retiraram de das partes. Um exemplo de curiosidade
Paris sem m arcar novo encontro. Fato Documento que cerca as reuniões parisienses, foi a
que deixou na atmosfera a impressão de presença de três observadores muito in
suspensão das negociações. Um ponto bastante polêmico, contido teressados no que seria resolvido na pri
Na opinião de Flexa de Lima, a dele no documento elaborado pela comissão mei ra reunião: o presidente da Abi-
gação americana apenas "pediu tempo”, americana e enviado com atraso para o comp, Antonio Luiz de Mesquita, e os
como num a partida de basquete, para Brasil, diz respeito a "certos recursos da diretores da entidade, Mario Ripper e
voltar a se esquematizar. "Sendo o pro Lei de Informática que discriminam os Antonio Carlos Rego Gil. Estes empre
pósito das conversações o de esclarecer o produtos importados ou manufaturados sários brasileiros eram uma espécie de
sentido da legislação brasileira, é nor por empresas não nacionais, no Brasil”. trunfo verde e amarelo, caso as conver
mal que a outra parte tenha tempo para Basicamente, segundo Ricardo Saur, sações tomassem o rumo das discussões
refletir” — reafirmou Paulo de Tarso. D iretor-Presidente do Serpro e inte empresariais.
Porém, alguns observadores são unâni grante da delegação brasileira na se
mes em alertar a respeito de uma possí gunda reunião, os am ericanos se re Software
vel recusa do Assessor Especial para o ferem a "isenções de taxas o deduções
Comércio Exterior americano em parti para compradores que adquirem equi Outro ponto delicado abordado na
cipar da próxima reunião proposta por pamentos de informática brasileiros, já R eunião de P aris foi a preferência
Flexa de Lima, enquanto o governo bra que as empresas estrangeiras não se be americana pelo direito autoral na ques
sileiro não tornar mais flexível a polí neficiam dos mesmos direitos”, O prin tão de legislação do software. Essa posi
tica de reserva de mercado. cipal argumento americano, no entanto, ção, a princípio, soa desfavorável às ne
Não só a informática contribuiu para lança mão da violação do artigo 3 do cessidades do segmento de software na
uma tom ada de decisão da delegação Acordo G eral do Comércio e T arifas cional (verTelebrasil Mai./Jun./86,pág.
norte-am ericana. Outros assuntos de (Gatt). 12), e como ponto de convergência, de
igual importância foram debatidos, e na verá ser objeto de negociações futuras,
maioria deles a posição brasileira conti Curiosidades já que o MCT vem defendendo o regime
nuou inflexível. A saber, os americanos de classificação especial para proteção
atacaram frontal mente o monopólio de Como num jogo de xadrez, as jogadas do software e regulamentação da entia-
comunicações de dados internacionais. estão sendo estudadas cuidadosamente. da de software estrangeiro no País. (CU 1
E mais uma vez se viram diante da ale E não seria surpresa, o movimento de
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