Page 64 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1985

bra relacional e possuir obrigatoria­ dentes uma das outras, que abrigam de­

mente os conceitos de domínio e de inte­ terminado tipo de dado e empregar o Não Relacional

gridade dos dados. operador relacional join para compor

outras relações. Existem vários graus

Arquitetura progressiva de normalização que são obtidos pela

eliminação de grupos repetitivos, elimi­

nação da dependência parcial e funcio­
E.F. Codd entreviu quatro tipos pro­ Sem i-R elacional ou Tabular
nal de chave primária, etc... Um bom
gressivos para a implementação rela­
analista saberá como dividir os dados de
cional (Fig. 1) que devem ser examina­
uma maneira racional, para não ter que

das quanto à sua estrutura tabular,
proceder a novas subdivisões no decor­
operadores relacionais e regras de inte­
rer de seu trabalho. Relacional Minimo
gridade. No tipo não-relacional, nenhu­
Segundo os especialistas, o modelo
ma dessas características existe. No se-
totalmente relacional ainda não foi al­

m i-rela cion a l surge a estrutura ta­
cançado, mas já foi resolvido o problema
bular, sem ter contudo o conceito de do­
da independência física, faltando no en­
mínio. No relacional mínimo, acrescen­
tanto resolver o da total independência
tam-se as operações de união, derivação Relacional Completo
lógica entre dados e programas.
e seleção, mas não apresenta produto e

quociente cartesianos. Esses operadores

O TIS da Cincom
passam a existir no relacional funcio­

nalmente, à exceção das regras de inte­

gridade, que surgem no tipo totalmente Que diferença existe entre a versões Totalmente Relacional

1.6 e 2.0 do Sistema de Informações TIS?
relacionai.-----

Enorme. E pelo menos o que procurou Legenda:

demonstrar — com adequada pompa e S — estrutura (tabelas)

circunstância — a Cincom System s M — operadores relacionais

Ltda., através de palestras no Rio e São I — regras de identidade

Paulo para um grupo de atuais e futuros

clientes, incluindo empresas como Pe-

trobrás, Shell, Esso, RIM, Telerj, Casas sa de software é mais uma história de

Pernambucanas, Furnas, Sul América e sucesso tão ao gosto da cultura ameri­

outras. cana. Iniciada em 68, com 13 funcio­

Fundada por um ex-empregado da nários e um produto gerenciador de base

IBM, Thomas Nies — atual Chairman e de dados, a Cincom hoje conta com 1.200

Chief Executive da Cincom — a empre- profissionais, 5.500 usuários e produtos

A ANSI propôs para a implementa­

ção de uma base de dados relacional único numa tuple e numa relação.

uma arquitetura estruturada em três A terminologia Quanto mais alta é a normalização,

níveis: interno, conceituai e externo. O mais fácil se torna o software para o

nível interno é onde ocorre a descrição relacional usuário e maior são as restrições que

da organização dos dados e dos métodos o programa deve obedecer.

de acesso. O nível conceituai (interme­ • Os operadores relacionais pri­

diário) registra a definição lógica dos mários são três: join, select e project,

dados (entidades normalizadas, atribu­ O conceito de modelo relacional correspondendo às operações de jun­

tos, dom ínios, etc...). O nível externo traz consigo novos termos e defini­ ção, seleção e projeção. Seja uma ta­

provê a visão que os programas reque­ ções como: foreign key, domain, tu- bela (relação básica), cujas cabeças

rem para os dados. ple, entity integrity e outros mais. sejam: empregado, idade, cidade e es­

Uma estrutura completa de compu­ Tem como base matemática, a teoria tado e outra cujas cabeças sejam: es­

tação, segundo os conceitos relacionais dos conjuntos. Assim, os membros de tado, população, salário médio. A pri­

pode ser organizada nos seguintes ní­ um conjunto devem ser únicos, sua meira tabela é uma relação de 4 atri­

veis: físico (memória, circuitos, discos ordem não é importante, etc... butos e a segunda de 3. A relação bá­

magnéticos); estrutura física da base de • Um modelo relacional tem estru­ sica é de onde se parte e a relação

dados (arquivos indexados, código hash, tura tabular, trabalha com opera­ derivada constitui a relação final.

listas invertidas, ponteiros e operadores dores relacionais e apresenta regras • Na operação junção, pode-se obter

read/write); estruturas conceituais da de integridade. Relação é sinônimo uma relação derivada de empregados

base de dados (tabelas normalizadas, re­ de tabelas a duas dimensões, cujas li­ por estado contendo (empregado, es­

lações e operadores relacionais project, nhas (únicas) chamam-se tuples e as tado, cidade, idade, população, salá­

select e join ); estruturas de dados para o colunas atributos. Cada atributo pos­ rio médio ). Na operação seleção pode-

usuário (visão lógica com operadores sui valores que devem estar dentro se gerar uma nova relação com (em­

get, insert, update, delete) com deriva­ de limites de certo conjunto ou do­ pregado, idade, cidade), fixando que

ção automática a partir das tabelas con­ mínio. sejam de determinado estado. Na

ceituais; algoritmo de programação ou • As tuples devem ter chave única, operação projeção pode-se obter uma

processamento. que é a característica dos membros relação derivada contendo (cidades e

Um conceito importante é o da nor­ de um conjunto. A característica de estados) que possuam empregados da

malização, cujo objetivo é eliminar re­ uma relação é sua normalização, ou empresa.

dundância entre dados. Sem entrar em seja, determ inado valor deve ser • Pelo conceito relacional o que fisi*

m uito detalhe, a idéia é construir ta­

belas base (a nível conceituai), indepen-