Page 63 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1985

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E S S E N C I D O M O D E L O
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Texto: João Curios Fonseca

I lust.: A. Augusto Duarte

Cada vez mais se comenta sobre es s e arquitetura relacionais,

Discute-se que produtos sâv oir n a o ^ o reu

A invenção é antiga mas sua implbmenfação é nov

O funcionamento de um computador estrutura física, por vezes até em locais

depende da existência do hardware (cir­ diferentes, por que não gerenciar o con­

cuitos, memórias e periféricos) e do soft­ junto como se fosse uma base integrada

ware ou programação lógica. O conjunto de dados?

irá operar sobre os dados de entrada A proposta do modelo de base de da­

para se obter a solução procurada. Uma dos relacional é justamente esta: prover

situação ideal de computação é quando a um sistema de informações integradas

programas e dados formam entidades com independência dos programas que o

independentes entre si. Outra situação utilizam e das estruturas físicas que lhe A idéia de Modelo Relacional é rela­

ideal é quando programas e dados inde­ dão suporte. tivamente antiga, tendo nascido, em 77,

pendem de estruturas físicas que lhe Para o técnico Nicklaus Wirth — in­ com E. F. Codd, então da IBM, que defi­

dão suporte. ventor da linguagem Pascal — um pro­ niu a estrutura mínima que deveria ter

grama deve depender apenas do proces­ uma base de dados relacional. Segundo

Rumo à Simplificação samento lógico (algoritmo) e do contexto Codd, que há pouco tempo esteve fa­

lógico dos dados (estrutura de dados) e zendo conferência no Brasil, o modelo

Em resumo, o que querem programa­ não se preocupar com a estrutura física relacional deveria possuir uma estru­

dores e naturalmente os usuários é lidar das máquinas que implementa esta ló­ tura tabular de dados sem necessitar de

apenas com entidades lógicas da progra­ gica. O que é outra maneira de dizer a enlaces para "navegar” na base de da­

mação, sem se preocupar com a estru­ mesma coisa. dos e deveria permitir as operações rela­

tura física das máquinas e periféricos ou Em termos práticos, dizem os espe­ cionais de união, seleção e derivação, in­

com a organização dos dados. Se um cialistas de software, "a posse de uma dependentes dos caminhos físicos em­

mesmo dado pode servir a mais de um base de dados relacional poderá dar a pregados para armazenar e veicular in­

programa — perguntam os programa­ uma empresa a possibilidade de ter formações. (Vide box: A Terminologia

dores — por que não organizar uma base acesso a programas e dados de quali­ Relacional).

de dados genérica, onde cada programa dade equivalente, quer se trate de um Para C. J. Date, que foi mais longe do

irá "p esca r” o dado que m ais lhe micro no edifício-sede, de um terminal que Codd, uma Base de Dados Relacio­

interessa? Por outro lado, se os dados po­ no CPD, ou de um periférico situado a nal deveria ter 4 características: estru­

dem ser armazenados em mais de uma milhares de quilômetros de distância. tura de dados relacional, possuir álge-^