Page 12 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1985

BRASILSAT II
confirma lai
eng. Elizabeth Couto, chefe da Divi­
são de Planejamento e Coordenação
(SAT-4) da Embratel. Todos os envol­
vidos no SBTS estão torcendo para
que os resultados da próxima missão
espacial tenham o m esm o sucesso
quando do lançamento do Brasilsat I,
no dia 8 de fevereiro deste ano.
No dia 13 de setem bro últim o a
A r ia n e s p a c e n ã o o b t e v e
durante o lançamento de dois satéli­
tes geoestacionários, que ficaram
perdidos no espaço. Esta também po­
deria ter sido a sorte do Brasilsat II
caso a data de seu lançamento não ti­
vesse sido adiada, por conveniência
das em presas contratada e contra­
tante.
A propósito de acidentes com veí­
culos espaciais — o Spacc S huttle
Eng. Elizabeth Couto, Chefe da Divisão também teve sua cota de problemas
de Planejamento e Coordenação (SAT-4) — , as em presas seguradoras estão
da Embratel ameaçando sair dessa área de negó­
cios. E que o seguro de lançamento de
satélites está incluído na classe de
C onfirm ado: o segundo satélite riscos aeron áu ticos que, tendo em
dom éstico brasileiro — Brasilsat II vista os sucessivos insucessos, tanto
— será lançado dia 14 de fevereiro da espaciais quanto aéreos, está com
Base de Kouru, na Guiana Francesa, sua cota de risco esgotada. No en­
pelo fogu ete A rian e da série 3, se tanto, a Arianespace tem sido uma
tudo até lá correr dentro do cronogra- em presa que m aiores sucessos tem
ma pré-estabelecido pela A rianes­ obtido no lunçamento de veículos es­
pace e Embratel. A informação é da paciais.
KMP desenvolve CATV
via satélite no Brasil
O Brasil poderá, brevemente, ter seu O sistema já existe no mercado nacional
sistem a de televisão por cabo, método fabricado por outras empresas e consti­
bastante difundido nos Estados Unidos tui-se de uma antena parabólica que
e no Canadá, oferecendo aos telespecta­ pode variar de 2,4 a 3,6m, um am plifica­
dores-assinantes maiores opções de pro­ dor de baixo ruído, cabos coaxiais para
gram ação inclusive a nível internacio­ distribuição de sinais, conversor de fre-
nal. O desenvolvim ento para a im plan­ qüência, equipam entos de distribuição,
tação de sistem as de CATV e CCTV está conectores, acessórios e receptor de TV.
sendo realizado pela KM P-Cabos Espe­ A perfeição de im agens e a ausência
ciais e S istem as Ltda., em presa co li­ de qualquer tipo de interferência para­
gada ao Grupo Pirei li. Os serviços serão lela, devido ao posicionam ento direto
prestados através dos sinais do satélite para o satélite, além da opção de progra­
dom éstico brasileiro, Brasilsat. mação, são as grandes atrações dos sis­
Considerando-se as dim ensões conti­ temas C A TV e CCTV. Em seus labora­
nentais do Brasil, o uso da antena para­ tórios, a K M P captou bin ais de vários
bólica T V R O (apenas para recepção), satélites, entre os quais o Brasilsat, In­
pode ser uma opção para locais onde os telsat e Gorizon, recebendo program as
sinais convencionais de T V não chegam nacionais e internacionais, inclusive da
norm ais, com o em fazendas, platafor­ U RSS que envia program as especiais
mas m arítim as, colônias de férias, ho­ para Cuba.
téis, clubes ou m esm o em condom ínios.
€ M Ó R B F T fl
• A Linear Equipamentos Eletrônicos Ltda.
— uma empresa situada em Santa Rita do
Sapucaí (MG) com tecnologia 100% nacional
— informa que ocupa, atualmente, cerca de
70% do mercado nacional de sistemas de re­
cepção via satélite. As ambições da Linear
vão mais longe: está estudando o mercado
norte-americano para implementar as ex­
portações de seus produtos. Segundo Carlos
Henrique Ferreira, diretor comercial da em­
presa, o RTS-2007 é considerado o equipa­
mento da 3.a geração de recepção de sinais de
TV via satélite, apropriado para receber si­
ê x it o nais do Brasil e do exterior.
• A Mapra (ex-Andrew), hoje com 30 funcio­
nários, está instalando um campo de provas
na nova unidade fabril de Sorocaba, que per­
mitirá testar antenas de até 12m de diâme­
tro. A inauguração do campo, que tem 300m
de comprimento, está prevista para março.
• O tradicional Iate Clube do Rio de Janeiro
usa uma parabólica de 2,4m da Mapra, para
pegar o sinal da TV Globo. Devido à topogra­
fia do local é mais fácil receber o sinal via sa­
télite do que diretamente da emissora.
• Exclusiva para a Revista Telebrasil: "As
tarifas para as emissoras de televisão que
utilizam ou desejarem utilizar transponders
do Brasilsat já estão definidas. Porém, para
os demais serviços, inclusive comunicação de
dados, ainda estão em estudo no Ministério
das Comunicações. A revelação é do Secre­
tário Geral do Minicom, Rômulo Villar Fur­
tado, por ocasião do lançamento do Congres­
so 'Telemática no Futuro do Brasil”, na As­
sociação Comercial do Rio de Janeiro.
• Ao assinar convênio para utilização pelas
Forças Armadas de dois transponders (2 mil
canais de comunicações) do Brasilsat, o Mi­
nistro Antonio Carlos Magalhães afirmou:
"A democracia que todos desejamos deve
pautar-se nos princípios da ordem, progresso
e hierarquia”. E completou: "O Emfa repre­
senta um ponto de apoio e segurança para a
democracia no Brasil” . As Forças Armadas
pagarão à Embratel a quantia de Cr$ 2 bi­
lhões e 255 milhões e a empresa se compro­
mete a dar tratamento confidencial às infor­
mações.
• "Comunicações por Satélite — Usos, Tec­
nologia e Concorrência”, esse é o título do se­
minário que irá se realizar nos próximos
dias, 13 e 14 de janeiro, em Nova York. Orga­
nizado pela Prost & Sullivan, representada
no Brasil pela Scholochauer & Associados, de
S. Paulo. Hoje as transmissões por satélite
estão tendo impacto em muitas indústrias.”
Os tópicos a serem obordados no seminário
serão os seguintes: Tecnologia de Satélites
em Transmissões Radiofônicas; O Mercado
de Transmissão Direta de Rádio e Televisão
por Satélite (DBS/TVRO); Teleportos; Redes
Privadas de Satélite — Teleconferência; Re­
des Privadas de Satélite para Dados e Fac-
simile e Redes Particulares de Satélite/Inter-
nacional. Telefone para informações adicio­
nais é (011) 881-1800.