Page 52 - Telebrasil - Julho/Agosto 1985
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o debate
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D E B A T E - I I
0 debate da tarde foi dos mais polê Fruto da visita que d Ministro fez à nossa jam revistos os I imites cfe investimentosan-
micos, dele participando presidentes empresa foi a ordem de que seriam procura teriormente aprovados para 1985 eque
de operadoras, industriais e empre dos recursos para que os problemas con mostra a insensibilidade do centro de deci
sários. 0 grande tema: 0 que fazer para junturais e estruturais da Telerj começas sões do Governo, daqui lo que se convencio
sem a ser resolvidos. Com essa ajuda ire nou chamar de Nova República? 0 que po-
salvar o setor das telecomunicações,
mos pòr em execução a manutenção da re derá fazer o setor para falar mais para a opi
que pode vira morrer sufocado pelo trá
de naquilo que existir em termos de contra nião pública e para tocar a classe política?
fego, se nào lhe forem dadas as tarifas to, garantindo tranqüilidade para que pos 0 fato do setor náo ter s,ido ouvido mostra
de que necessita? A quem apelar? E samospensarcomequilíbrionapartedeex sua fraqueza política e a meu ver e neces
como? pansão e nos projetos específicos como sário fazer muito, conquistando partidos,
Todos concordaram que o usuário é telefonia rural, telefones públicos e outros entidades civis de todos os tipos e a classe
peça fundamental do esquema, bem mais. política para que o setor possa sair do bura
como são fundamentais os políticos do J. Glaz (E m b ra c o m ): I stamos lançando o co em que se meteu, até por excesso de efi
legislativo. E quem tiver dito usuário T elcgam e, um serviço que através da linha ciência, por ser bonzinho demais, por ser
terá dito população, que precisará ser telefônica transmite 500 tipos de jogos di disciplinado demais. Ele perdeu terreno
ferentes, 24 horas por dia. Como a I mbra exatamente por náo ter essa voz e esta na
motivada para salvar suas telecomuni
tel veria o emprego de tarifas reduzidas hora de falar para fora.
cações, a fim de que estas nào fiquem
para que este serviço, com sede em Sao Castelo Branco: Começarei minha resposta
ineficientes ou restritas apenas a uma Paulo, pudesse ser acessado pelo Brasil pelo problema do usuário. Nossa preocupa
elite. todo? çàoea de bem administrar osmeioscoloca
Discutiu-se que o lobby era uma fer dos a nossa disposição para oferecer um
ramenta necessária, mas não de todo bom serviço a baixo custo, de modo que o
suficiente e até invocou-se o exemplo usuário diga: a Embratel funciona bem.
da informática que bem no fundo to ' ‘Nossa maior Quanto a comunicação com este usuário, o
dos invejam o sucesso. 0 debate foi importante é fazer uma campanha de es
franco - com ares de Nova Republica preocupação deve clarecimento dos serviços e nâo institucio
nal. Para que dispender bilhões de cruzei
e dos mais elucidativos.
— ser com o usuário. ” ros para dizer que o satelite está aí, se nào
gasta um níquel para orientar como os
Antonio Ignácio de Jesus usuários devem empregá-lo? Qual o retorno?
Antonio João Ribeiro F. Mendes
G. Garbi (T e le p a r): Como podem as opera No aspecto político, acho que estamos
doras contribuir para maior utilização do todos envolvidos numa grande luta.
satélite doméstico? Quando fomos (nos presidentes de empre
Castelo Branco (E m b ra te l) — Saímos de 7 sas do Sistema Telebrás) apresentados ao
transponders — dos quais 3 eram destina C. Branco: Possibilidade técnica é óbvio Ministro das Comunicações, ele fez um
dos à TV — para 24. Existe um projeto de que existe. Quanto a tarifas especiais para apelo exatamente nessa direção, apoiando
convênio Embratel-Telebrás visando a jogos eletrônicos, via telecomunicações, é esse tema. Temosquenosumr, fazer lobby,
complementação da rede básica de TCs, um assunto que compete ao Mimcom e não lançar mão de parentes, amigos, da area es
empregando o Brasilsat, o que envolverá as à Embratel decidir. Na minha opinião, não tatal e da area privada Temos que falar
èmpresas-pólo, prmcipalmente nas re creio ser este um serviço prioritário, mas se para fora e concordo plenamente com
giões Norte e Nordeste. Quanto aos servi meu problema é angariar recursos não idéias nesse sentido.
ços para a area privada, as empresas-pólo tenha dúvida que também serão promovi Ignácio de Jesus (T elesp): Quantoao usuá
seráo de fundamental apoio para sua im dos os telejogos, sem problema nenhum. rio endosso aqui as palavras que me antece
plementação. De modo que sua idéia se for formalizada e deram. A preocupação primordial deve ser
assimquiserapresentá-la, iremoscomeçar como usuário eéoque fazemosquandoad-
Abecortel: Como a Telerj vê, frente à crise, a a trabalharem cima dela. mmistramos bem a empresa, minimizando
situaçáo das empreiteiras de construção de E. Siqueira (R N T ): A pessoa menos citada custos e suportando o ónus de tarifas cada
redes e de manutenção? ate agora tem sido o usuário e prmcipal vez mais reduzidas, até o ponto limite que
Antonio João ( T e le r j) : Náo cremos que a mente o grande usuário. 0 que poderia ser estamos prestes a atingir em seu patamar
Telerj queira matar alguém, mas pelo con feito para motivar um pouco mais este mais baixo.
trário, deseja fazer viver pessoas e empre usuário e esclarecé-lo para os serviços de Não há maior satisfação para o usuário
sas. A radiografia que fiz de seus problemas telecomunicações? 0 que pensa o setor do que gozar de bom serviço a preço baixoe
não significa que náo possam ser resolvi frente ao decreto 91.270, de 29 de maio, esta é a meta principal de nosso trabalho.
dos. A radiografia foi feita por esta diretoria assinado pelo presidente Sarney e pelos Em relação a segunda pergunta, ela
e encontramos alguns espinhos nas rosas, Ministros Sayad e Dornelles que proíbe a quase que já foi uma resposta. Há ditado
mas nem por isso a rosa deixa de ser bonita. assinatura de qualquer contrato até que se que diz: a mulher de Cesar não basta que