Page 47 - Telebrasil - Julho/Agosto 1985

mil terminais. A Telesp tem conseguido isto uma empresa estruturada, tem todos os me­ agregação de mais 4 companheiros, embuí

graças a um trabalho planejado, perma­ canismos para atender os objetivos das tele­ dos de alto espírito de contribuição para os

nente, dedicado, em busca de rentabilidade comunicações em São Paulo. Ela tem todas objetivos da empresa, todos estão conscien

e produtividade adequada à sua atuação". as condições econômicas e financeiras ne­ tes de que a Telesp tem responsabilidade

0 presidente da Telesp afirmou que "a cessárias para o seu desenvolvimento, in­ nos planos político, econômico e social de

empresa não obteve maior expansão porque clusive uma produção de terminais muito Sao Paulo. Eles estão à disposição dos se

a gestão pública sofre restrições de toda or mais do que tem feito ultimamamente. A nhores, dentro de suas áreas respectivas

dem. 0 lucro é uma das características da Telesp tem estrutura, pessoal qualificado, para todo e qualquer esclarecimento que

empresa, que lhe permite uma alavanca­ uma experiência extraordinária no setor, seja necessário. Os problemas atuais não

gem no sentido de que ela atinja os seus ob alem de ter condições de fazer encomen­ sao apenas exclusivos da Telesp, sao proble­

jetivos sociais, faça seus investimentos, se das, mobilizara industria, ativar o mercado. mas de todos nós, das telecomunicações,

desenvolva e atinja as metas a que se pro­ A Telesp só precisa ser entendida. Ela so das indústrias que gravitam em torno do sis

pôs: No nosso caso, a prestação de serviços precisa de tarifas justas, como precisam as tema. Sao problemas da comunidade que,

e a satisfação do usuário”. demais concessionárias do sistema. se pudesse sei conscientizada disso, se pu

— Estamos vivendo uma fase de muita

ênfase social, mas isso só será conseguido

através da ênfase econômica. Porem, en

quanto formos um pais dependente, en­

quanto não tivermos condições econômicas

reais que permitam avançar para o social,

não teremos uma renda p e r capite) justa e

continuaremos um Pais de 130 milhões de

pobres. E tanto mais avançarmos na abten

çao de nossa independência econômica,

mais impulsionaremos a própria empresa,

criando condições para a satisfaçao dos

usuários, para o desenvolvimento da mdús

tria, para a geraçao de novos empregos e, ti

nalmente, criando condições para o desen

volvi mento do Pais. O económico não pode

em hipótese alguma ser separado do social.

Eles se complementam com o objetivo de

satisfazer o homem, que e a meta final de

toda a atividade humana explicou o con

ferencista.

Ainda é elitista

Antomo Ignacio de Jesus lembrou que o

telefone ainda e elitista. O povo não possui

telefone e muito caro —, so utiliza o tele­ Visão geral do auditório da ECT. no Rio, pouco unto da abertura do S Debate Telebrusil.

fone público. "Se a Telesp tivesse mais 500

mil terminais, ainda assim teríamos mais

500 mil usuários elitistas. Pretendemos

atingir o social, mas não o alcançamos So­ Segundo Antomo Ignácio, a Telesp e as desse ser utilizada como mecanismo neste

mos os privilegiados, de classe média para outras empresas do sistema podem resolver momento em que precisamos desse apoio,

cima”. os problemas do setor industrial, basta que se pudéssemos nos irmanar nesse esforço

O presidente da Telesp revelou, ainda, sejam administradas com coerência e clare comum, se nos dermos a mão efetivamente,

que, no ano passado, a empresa carreou za. dentre da realidade e que haja consciên­ como aprendemos a ver pela televisão nos

cerca de Cr$ 400 bilhões do FNT para o Go­ cia de que o País tem que sair da atual crise. últimos meses, estaremos atingindo um ob

verno Federal, auxiliando a diminuir o défi­ Tem que gerar empregos para resolver seus jetivo comum de atender os anseios desse

cit publico. "Atualmente, encaminhamos problemas sociais, mas não o fara se não País.

cerca de Cr$ 40 bilhões por mês do ISSC. E conseguir se desenvolver economicamente Antomo Ignácio de Jesus concluiu sua

mesmo que, eventualmente, haja algum re­ e não explorar seus pontos fortes da econo­ palestra afirmando que "não ha como atri­

torno. não ira alterar a situação financeira mia, se não explorar a sua agricultura, o seu buir responsabilidade a quem quer que seja,

da empresa. Nos últimos anos, a Telesp não subsolo e todos os mecanismos que têm a sem lhe atribuir também competência. Não

obteve quase*nenhum retorno, pelo menos disposição e que ainda estão por fazer. nos cobrem por aquilo que não nos dêem os

do Sistema Telebras, Então, por que penali­ — Somos uma país de futuro promissor devidos meios. Eu tenho certeza de que va­

zar uma empresa que esta entre as maiores — enfatizou o conferencista —, só que não mos sair daqui com espirito de compreen­

do País"? podemos pretender chegar a todas as coisas são mutua, de ajuda mutua e de esforço co­

— Acho que temos — continuou o pales­ ao mesmo tempo. mum Devemos suplantar este momento in­

trante - de nos concentrar em alguma coi­ sólito por ser estranho ao sistema de teleco­

sa após este encontro. Este contato com os O problema é de todos municações. Com nosso esforço, nossa con­

novos companheiros e com a indústria po­ vicção, entusiasmo e perseverança suplan­

derá abrir uma análise franca, nova, tanto - Finalmente — disse o presidente da taremos esses momentos difíceis". i r

no dialogo quanto na concepção. A Telesp e Telesp —, as alterações na diretoria com a