Page 50 - Telebrasil - Março/Abril 1985
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A Força do Marketing_____ recreativo e a aquisição facilitada de pregados. E numa mensagem final r
residências para empregados de baixa passada a imagem do emendador fl«
renda. nedito, representando os empregados
Vasco, Fluminense) tiveram início no Esclareceu o conferencista que o da Telerj, acompanhada do comentário
princípio do século. Um marco impor bom relacionamento da Telerj com a emocionado de Nelson Luiz: Iniciamos
tante foi o Decreto 3.199 de 1941, que im prensa foi pautado pelo diálogo nossa apresentação com você, Bene
segundo o palestrante é de inspiração franco e pelo livre acesso á informação dito, e terminamos com você”.
fascista e a Lei 6.521 de 1975 que ao passo que o relacionamento com a
nada mais fez do que consolidar o Con comunidade foi incentivado através de Publicidade e Marketing
selho Nacional de Desporto de 1941. projetos tais como: visitas de assinan
Para o parlam entar, nos últimos 10 tes às centrais telefônicas, instalação Encerrando o Seminário, o publici
anos nada mudou na legislação do es de "orelhões” em favelas e encontro tário Mauro Salles, já tido então como
porte brasileiro, e a CDB é hoje um ór públicos com o presidente Souto Jorge, um dos assessores do presidente Tan-
gão cerceador de liberdades das inicia da Telerj. credo Neves — poucos dias depois
tivas da empresa privada. No terreno das críticas, o conferen seria confirmado oficialmente como
Dizendo que no Brasil o esporte é cista justificando que "não falava as A ssessor para Assuntos Extraodi-
burocratizado e que 75% do mesmo é sim apenas por estar em fim de Go nários — ateve-se ao tema de publici
conduzido comunitariamente nos clu verno” queixou-se da arbitrariedade e dade e marketing que abordou sucinta
bes, o conferencista fez a comparação centralização de certas decisões por e magistral mente.
com o Japão, onde predomina o apoio parte da Telebrás, que assim tolhem a — Toda atividade de produção c de
das indústrias (Toyota, Sony, Mitsubi criatividade nas empresas operadoras. distribuição de bens deve ser apoiada
shi), com o Leste Europeu, de inspira Ao final da palestra foi passado um por um esquema de comunicação vi
ção militar, com a Europa Ocidental, filme que resumiu todo o esforço da sual, merchandising, divulgação e re
um misto de universidade e esporte co p o lítica in te rn a em preendido na lações públicas complementado por um
m unitário, e com os Estado Unidos, Telerj: o presidente Souto Jorge sendo esquema interno de relações humanas
onde predomina o esporte universi entusiasticamente aplaudido pelos om- disse Mauro Salles. A seguir, citou
tário, apoiado maciçamente pela em alguns dos critérios que distinguem o
presa privada. bom do mau marketing:
No terreno internacional, reconhece
Márcio Braga que o Brasil ainda com • O profissionalismo do publicitário:
pete mal, apesar do esforço dispendido, todo mundo julga que entende de texto
e perde para países com menor popula e de fazer anúncio, sem para que isto
ção e até com menor renda per capita. esteja devidamente preparado, mas o
"Em suma ainda não alcançou o grau amador curioso e até mesmo o filho do
de profissionalismo e de marketing ne dono da empresa não devem interferir •
cessários, nas diversas modalidades es no trabalho do profissional;
portivas”. • A seriedade técnica: publicidade não
é só fruto da criatividade genial, mas
Setor estatal sim de muito suor e trabalho, até se
chegar ao resultado final;
A esposa do governador de Goiás, • A humildade profissional: saber re
íris Rezende Machado, homônima do conhecer os erros e aceitar as críticas e
marido, basicamente focalizou na sua a participação;
palestra a obra social que vem empre • A seriedade empresarial: as ativida
endendo no Estado de Goiás e a parti des de marketing e de comunicação so
cipação da mulher na política brasilei cial devem ser vistas como uma ativi
ra. Dizendo "sentir-se orgulhosa em Publicitário e Assessor presidencial. Mauro dade importante na vida da empresa e
participar ativamente desse momento Salles: a boa comunicação é um dever do se que requerem um nível de investi
de m udanças”, ela elogiou as teleco tor governamental para com o público. mento adequado.
municações como um dos setores de
maior expressão governamental. A maior tónica do pronunciamento
Mostrando anúncios e filmes feitos do orador foi no entanto dirigida para
para valorizar a imagem da Telerj, o tem a da austeridade. Em meio a
Nelson Luiz Souto Jorge, chefe da Co grande atenção e silêncio da platéia
municação Social, historiou ano a ano disse ele: "A publicidade não deve ser
as atividades da gestão de seu depar vista como uma grande festa. Até
tamento junto aos públicos interno e mesmo a festa deve ficar limitada a
externo da em presa, relem brando seus objetivos, para que não haja des
c a m p a n h a s m em o ráv eis como a respeito para com a empresa, princi
"Telerj trabalhando como nunca” e a palmente se se tratar de empresa pú
"Telerj tá aí”. blica.”
Na fase que denominou de virada Já falando com a autoridade de um
da Telerj, entre maio e dezembro de homem de Governo, afirmou Mauro
79, ele explicou que o fator da valori Salles que "na nova Administração o
zação do homem produziu resultados cidadão será respeitado e seu dinheiro
que repercutiram diretamente na qua será respeitado” e que considera a boa
lidade do serviço e, conseqüentemente, comunicação "um dever do setor go
na imagem da empresa. Dentre as inú vernamental para com o público, a fim
meras iniciativas conduzidas junto aos de que este possa exercer a devida fis
empregados da Telerj, distinguiu Nel calização”.
son Luiz a implantação de assistência Chefe da Comunicação Social, Nelson Luiz Com um breve "está encerrado este
médica, o incentivo ao esporte através Souto Jorge: a valorização do homem reper Seminário”, Mauro Salles deu por ter
da inauguração de centros culturais e cutiu na imagem da Telerj. minado o evento. (JCF) Y