Page 47 - Telebrasil - Março/Abril 1985

Auditório lotado, atento às novas tendências do mercado da comunicação o a torça representada pela filosofia do marketing.

No amplo auditório da Escola de em seu texto quatro inovações decisi­ — Foi portanto por obra do Congres­

Guerra Naval, na Praia Vermelha, no vas, criando o Contei como corpo perma­ so que se geraram as condições legais

Rio de Janeiro — que em certos momen­ nente de supervisão nacional das comu­ para implantação do sistema feito com

tos mal deu para conter o publico pre­ nicações. Em segundo lugar, definiu a tanto êxito pelo Ministério das Comuni­

sente de empresários, estudantes, pu­ competência do órgão para fixar tarifas cações, criado em 1967, pelo Decreto-Lei

blicitários, homens de marketing e de em nacional e não municipal, como 200. O primeiro ocupante desse Minis­

comunicação — realizou-se durante acontecia antes, eliminando assim uma tério foi um civil, com experiência regio­

quatro dias o 2." Seminário de Marke­ das fontes de inviabilidade da moderni­ nal do problema, o dr. Carlos Simas, da

ting e Comunicação Social, promovido zação e até mesmo da sobrevivência da Bahia. Mas o Ministério expandiu-se a

pela Escola Superior de Propaganda e rede de comunicações submetida a tari­ partir da administração do coronel Hi-

Marketing e pela Telerj. fas políticas votadas por câmaras de gino Caetano Corsetti, a quem se deve

O Seminário teve como maior mérito vereadores. Em terceiro lugar, a Lei n. as providências básicas para a implan-1

mostrar que a comunicação social e o 4.117 criou a Embratel, empresa públi­

marketing na suas diversas facetas cos- ca para organizar o sistema unificado.

tituem um processo indispensável para Em 1972, complementando a lei, criou-

o ingresso de qualquer país no rol das se a Telebrás como empresa holding do

nações modernas e democráticas. sistema nacional de comunicações. Fi­

nalmente, a citada Lei criou o Fundo

Abertura política Nacional de Telecomunicações, do qual

o sistema lançou mão para o início do

A palestra inicial coube ao colunista emprego dos meios eletrônicos de que

político do "Jornal do Brasil”, acadê­ carecia a rede de telecomunicações.

mico Carlos Castello Branco que, focali­

zando a "Comunicação e Abertura Polí­

tica”, falou da perspectiva histórica das

comunicações do país, "a partir da Lei

4.117 votada em 27/08/62 pelo Congres­ Jornalista e acadêmico.

so Nacional, inclusive por parlamen­ Carlos Castello Branco

tares que iriam ter seus direitos políti­ que focalizou

cos cassados em 64”. o tema da Comunicação

Num rápido perfil do setor de TCs e Abertura Política

disse Castello Branco:

— O Código Nacional de TCs inclui