Page 49 - Telebrasil - Março/Abril 1985

Empresário Roberto Medina: é preciso ousar. Industrial Luiz Garcia: o desafío profissional Dirigente Luiz Borgerth: graças ao marke­

Nâo é a magia da democracia que consertará é ainda mais importante do que o próprio ting brasileiro os romanos já assistem à no­

tudo sozinha. salário. vela Escrava Isaura.

ças de gado, ao invés de cruzeiros, je estava errado, acrescentando que glesa que são contra dublagem, um

numa adm inistração de m arketing em realidade o que temos hoje "é uma problema a ser contornado indo direto

verdadeiramene inovativa. guerra judiciária e não um sistema de ás emissoras de televisão — disse Bor-

No decorrer da palestra, o capitão listas”. gherth.

da indústria mineira mostrou com fir­ Inquirido sobre política de recursos A novela brasileira tem boa aceita­

meza ser profundo conhecedor do negó­ humanos, Luiz Garcia afirmou que o ção na América Latina (até em Cuba),

cio das quase 40 empresas sob seu co­ desafio profissional talvez seja até na Europa e nos países socialistas

mando e que constituem o Grupo ABC. mais importante do que o salário e fe­ onde atua para divulgar nossa cultura.

Deu como exemplo o fato de que a chou sua apresentação observando Pequenas adaptações e transcrições

operação da CTBC se processar em 4 com sabedoria mineira que "impor­ técnicas são no entanto necessárias

estados (MG, SP, GO e MT) que difi­ tante mesmo é fazermos as pazes com para se obter o produto final para ex­

cultou sua encampação pela Telebrãs e a vida". portação, motivo pelo qual a TV Globo

a conduziu a sua atual qualidade de Luiz Borgerth, num estilo leve e já preparou uma equipe para essa fi­

Associada, a qual "permanecerá como descontraído, falou do mercado inter- nalidade.

empresa privada no mínimo até 1992". nacinal de televisão — onde a maioria Quanto ao futuro da TV por cabo no

Afirmando pitorescamente que "tive­ das pessoas se conhecem — e sobre a Brasil, Borgherth é da opinião que não

mos que perder os anéis para ficar com penetração das novelas brasileiras existe futuro imediato para essa mo­

os dedos”, ele lam enta até hoje, a tí­ produzidas pela Rede Globo de Televi­ dalidade de serviço por razões de in­

tulo pessoal, ter que entregar ao assi­ são: romano se deleitam ao sábados vestimento e pelo limitado poder aqui­

nante (até o nível de 40% do capital) com Escrava Isaura (que também foi sitivo a que está reduzida a maioria da

ações da Telebrãs, num a "perm uta vendida para a China) e a atriz Regina população.

compulsória de ações”. Duarte com sua Malu Mulher já virou

Sobre Listas Telefônicas — o grupo estrela popular até na Holanda. Esporte e Marketing

possui a ABC Listei — ele afirmou — As novelas brasileiras tem pene­

serem estas um veículo extraodinário tração porque seus custos já estão co­ Dois especialistas se referiram em

de marketing e que foi preciso haver bertos pelo mercado interno, mas suas palestras ao esporte profissional

uma licitação a nível nacional, para se existe mesmo assim certa dificuldade como negócio e a necessidade de sua

descobrir que tudo que foi feito até ho- junto aos distribuidores de língua in- promoção através do marketing. Em

p rim eiro lu g a r C arlo s N uzm an,

ex-atleta de voleibol de praia e hoje

presidente da Federação Brasileira de

Vôlei, mostrou como as iniciativas de

marketing, tais como o clube com pa­

trocinador, a publicidade e o design

dos uniformes, são importantes para

viabilizar economicamente o vôlei pro­

fissional em nosso país.

Segundo ele, nada pior para o es­

porte do que "o diretor amador, empol­

gado, não profissional, do tipo que dá

de seu sangue pelo clube”. Citou que

os torneios automobilísticos de Fórmu-

la -1 são um exemplo de profissio­

nalismo e queixou-se da parcela dimi­

nuta da Loteria Esportiva, que reverte

para o esporte.

Já o deputado federal Márcio Braga

(PMDB-RJ), ex-presidente do F la­

Deputado Márcio Braga: no Brasil o esporte é mengo, historiou o esporte no Brasil,

ainda burocratizado e o seu marketing ape­ Araujo Rezende: a mulher goiana participa

nas se inicia. do progresso da comunidade. cujos clubes de m assa (C orintians,^

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