Page 35 - Telebrasil - Março/Abril 1985

Embratel, baseado nas respostas que
$ obtém sobre o tema da nutrição, separa

as palavras de cada sentença fazendo a

seguir uma análise léxica (valendo-se

da consulta a um arquivo com 2.1.00 vo­

cábulos primitivos), uma análise fonoló-

gica, outra sintética e finalmente outra

semântica.

— Caso fossem aplicadas regras gra­

maticais e de estilo muito rigorosas

disse a pesquisadora o sistema rejei­

taria o que consideraria erro se fossem

empregadas expressões coloquiais pelo

usuário. É, justamente nessa faixa da

compreensão da linguagem do dia a dia

pelo computador que se desenvolve o

projeto da Embratel.

O medo da supermáquina

Clarisse Sieckenius, da Embratel, apresenta cm prático os subsistemas dc nutrição Quanto ao saber se o computador

e de processamento de linguagem natural. com o advento da inteligência artificial

será capaz de sentir emoções, explica

Clarisse com muita sensibilidade: "No

a obtenção do computador do futuro. Re­ cial valendo destacar a PUC-RJ, a momento em que se descreve alguma

cente publicação da IBM destaca os se­ UFRJ, Unicamp, INPE, IMF, (TI e. no coisa, a descrição é algo simulado e pau­

guintes avanços esperados para à infor­ setor de telecomunicações, a Kfnbratel. tado numa lógica. Assim, tudo o que pu­

mática do futuro: O projeto experimental da Embratel, der ser descrito na mente, em princípio

• bancos de dados relacionais; uma empresa voltada para o desenvol­ poderá ser codificado para o computa­

• comunicações em linguagens na­ vimento da teleinformática, enfatiza a dor. Mas o que fazer com as emoções,

turais; pesquisa do processamento da lingua­ que nem para você própria estão

• correção automática de textos ba­ gem natural e lança máodn rede de tele­ descritas?

seado no armazenamento de regras processamento do projeto Ciranda (vide E para o h que alimentam dúvidas so­

gramaticais (programa Epistle): Telcbrasil d F 85: Sociedade da Infor­ bre os possíveis perigos da IA, vale repe­

• máquinas que pensam (sistemas mação Da Seus Primeiros Passos) para tir aqui o pensamento de Jean Domini-

especialistas) e se movimentam analisar o que ocorre no "diálogo” ho­ que VVarnier ao dizer que "o enfoque ló­

(robótica); mem-máquina, numa amostragem cole­ gico aplicado aos computadores permi­

• arquitetura de computador alta­ tada no Brasil inteiro. tirá dominar as técnicas de inteligência

mente paralela com "chips” de al­ Como explica Clarisse Sieckenius, artificial e subordiná-las ao entendi­

tíssima integração, incluindo CPU "para incentivar o uso do sistema para mento humano”.

e memórias operando simultanea­ fins linguísticos propiciando perguntas E o que fazer então com o medo sub­

mente; e respostas, foi escolhido um tema uni­ consciente que ressentimos pela máqui­

• simuladores lógicos para projetos versal: o da alimentação (nutrição) na que sabe quase tudo, efetua raciocí­

de "chips” com capacidade de pre­ cujos resultados bastante animadores nio lógico com imensa rapideze não tem

ver o comportamento de até 3 mi­ mostraram o acerto da escolha que fi­ emoções o u tra s que as d e sc rita s

lhões de portas lógicas. zeram”. lógicamente? Ir sem dúvida consultar o

Diversas entidades brasileiras se de­ Rodado num IBM 4341, escrito na computador-analista, que a essa altura

dicam ao estudo da Inteligência Artifi­ linguagem Pascal, o projeto de IA da será muito mais barato utilizar. TT

rendimento-

A chave de um