Page 30 - Telebrasil - Março/Abril 1985
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Uma trajetória d e ... adotada pela DigiRede tem dado certo. auto-atendimento - TAA, que per^
Arnon se orgulha de dizer que a empre tem obter o saldo e sacar seu dinheirò
sa chegou a ter 500 empregados antes de sem necessidade de recorrer aos caixas
ter uma gerência administrativa. Sua No entanto, o projeto de maior desta
municaçáo interna). Temos preferência intenção é manter os métodos mais sim que no momento é aquele que abre urr,
absoluta pelo telefone”, explica ele. ples possíveis. Atualmente, com 1.000 novo segmento de mercado para a Di.
Quase todos os empregados dispõem de empregados, a administração local per giRede: o sistema de transferência ele-
um ramal na mesa de trabalho. Para is manece sob a responsabilidade das se trônica de fundos. "Nossa expectativa é
so, funcionam três equipamentos PABX cretárias. Cabe a elas resolver todos os implantar cinco mil terminais de com-
na Nec, interligados, instalados nos pré problemas do dia-a-dia, como providen pras eletrônicas este ano. Além disso,
dios da engenharia, da administração e ciar a substituição de lâmpadas ou con- deveremos instalar mais 650 agências
da fábrica de Diadema. ' sertos em geral. para nossos clientes, totalizando até o fi
Atualmente, a administração da Di- nal do ano 1.700 agências. A médio pra
giRede é exercida por uma assessoria li Perspectivas zo, iremos instalar equipamentos si
gada diretamente à presidência. For milares à automação bancária em duas
mado em Administração de Empresas, Acompanhar os constantes avanços grandes redes de supermercados, Pão de
Amon Schreiber aplica técnicas inova da tecnologia e manter a liderança no Açúcar e Bom Preço”, informa Cândido
doras na DigiRede, visando simplificar mundo da informática é a meta básica Leonelli.
o andamento dos trabalhos: "A burocra da DigiRede. Para isso, ela vem aperfei A direção da DigiRede faz questão de
cia é evitada ao máximo; todas as deci çoando os equipamentos já desenvolvi manter aberto o canal de exportação. A
sões se apoiam no bom senso, dentro da dos, ao mesmo tempo em que pesquisa empresa já tem um cliente no exterior: o ¦
política de todos opinarem. Não se tira o novas soluções para o mercado. "O su Interbanco, do Paraguai, que utiliza o
poder de decisão de ninguém. Um fator cesso da nossa empresa se deve 80 por sistem a DigiRede em cinco de suas
bastante positivo é evitar política in cento à engenharia e 20 por cento ao co agências. Na Argentina, um represen
terna. Cada um trabalha no seu limite. mercial”, diz Arnon. tante da DigiRede treina pessoal para
Ninguém aqui dentro tem tempo ocioso O sistema em tempo real da DigiRe lidar com seus equipamentos, uma vez
e não adotamos nenhum plano de cargos de terá sua linha de produtos ampliada que a empresa vai participar de licita
e salários: cada um tem o salário que com a introdução de novos processa ções naquele país. Na opinião de Cân
merece, de acordo com a sua capacidade dores baseados em equipamentos me dido Leonelli, o homem de marketingda
profissional”. Os locais de trabalho são nores. Para atender as agências peque DigiRede, o Brasil pode competir com
amplos, claros, bem arejados, com divi nas e de movimento reduzido, estão em outros países neste tipo de produto,
sórias baixas. "Ninguém tem sala pró desenvolvimento sistemas mais simples principalmente na área de transferên
pria, para evitar hierarquização dentro e de baixo custo. Os correntistas dos cia eletrônica de fundos: "Temos um
da empresa”, explica Arnon. bancos atendidos pela DigiRede terão produto competitivo em termos de qua- »
Até agora, a política administrativa ainda à sua disposição os terminais de lidade e de preço”. ¥
R e d e s l o c a i s e p a d r õ e s d o m i n a r a m
3 . ° S i m p ó s i o d e R e d e s d e C o m p u t a d o r e s
A SBC (Sociedade Brasileira de emitiu relatório, em março, com um se extende também ao denominado "es
Computação), o LARC (Laboratório Na conjunto de 23 recomendações. critório eletrônico”, sobre a qual existe
cional de Redes de Computadores) e o José Fábio Marinho de Araújo, do um grupo de logicial da SEI, levantando
NCE (Núcleo de Computação Eletrô Núcleo de Computação Eletrônica da os principais padrões empregados a ní
nica da UFRJ) promoveram de l.° a 3 de UFRJ, coordenador do evento, disse que vel internacional, a fim de afiná-los com
abril, na ilha do Fundão, no Rio de Ja este é o terceiro Seminário da série, as necessidades brasileiras.
neiro o III Simpósio Brasileiro de Redes tendo sido o primeiro, em 83, efetuado Surpreendentemente, observou-se
de Computadores. em Campina Grande (PB) e o subse- relativamente pouca presença do setor
Durante três dias, ao longo de 36 qüente, em Porto Alegre, reunindo um de telecomunicações, (à exceção de al
palestras de elevado cunho técnico, público sempre crescente de represen guns representantes da Embratel), em
foram discutidos diversos aspectos da tantes da Universidade e da Indústria. meio aos quase 300 especialistas, reuni
interligação de terminais, banco de da — O momento brasileiro é hoje de dos no Simpósio de Redes de Computa
dos e computadores, com especial ênfase perplexidade no tocante a certos proble dores. Não se tratou somente de compu
na rede local. Esta rede foi definida por mas de interligação entre microcompu tadores, nesta reunião, mas sim da defi
Diógenes Cecílio da Silva, da UFMG, tadores — muito populares — e os com nição de padrões técnicos da maior im
como a "interconexão de uma variedade putadores de grande porte. Não basta portância para os futuros sistemas de
de dispositivos de comunicação de dados dizer que existe compatibilidade BSC-3 telecomunicações. Ou será que os tele-
restritos à uma pequena área e que en no nível 2 (enlace) do modelo OSI, entre comunicadores abdicaram de sua posi
volve desde terminais de dados até sen dois equipamentos. O que acontecerá se ção de discutir outros assuntos referen
sores . não houver compatibilidade no nível 6 tes à instalações "nas dependências do -
Outro ponto largamente discutido no (apresentação)? — colocou a professora cliente” do que o telefone? (que tende a ‘
Seminário foi o da padronização dos ní Lianne Tarouco da UFRS e represen ser uma função adicional de um sistema
veis preconizados pelo ISO (Organiza tante brasileira no IFIP (Federação In muito mais complexo de comunicações).
ção Internacional de Padrões) e que fof ternacional para o Processamento da (JCF)
objeto de Grupo de Trabalho da SEI so Informação).
bre padronização de redes locais, que Essa necessidade de compatibilidade