Page 34 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1984
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CONGRESSO NACIONAL DE
COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
Sessão inaugural:
O r e c a d o d o s “ e x p e r t s
Mesa de abertura do Concin (E-D): Senador Moacyr Dal la, Ministro Haroldo Mattos, Deputado Paulino Cicero,
Gen. Alencastro e Silva, e os presidentes da Fiesp e da Abmee, Luiz Eulálio Vidigal e Firmino Rocha Freitas
A mesa de abertura do l.°Congres lacionamento com indivíduos e grupos nos guiu com breves palavras de Moacyr Dalla
so Nacional de Comunicação e Infor limites de sua interferência na economia, (sem comunicações regrediríamos para a
mação — Concin foi presidida pelo informação e comunicação. E se por um la Idade Média) e com as palestras de Ro
Senador Moacyr Da lia (presidente do do sua presença é indispensável para re berto Campos, Henry Maksoud e Diana La- <
solver grandes problemas, é talvez inade dy Dougan, que centralizaram-se na de
Senado) e contou com a presença do
quada para solucionar outras questões — fesa da livre iniciativa.
Ministro das Comunicações, de parla
afirmou Haroldo Matos, acrescentando
mentares, representantes da Abap,
que "imputar-se ao Estado responsabili Roberto Campos
Abert, Abinee, ANJ, Fiesp, Telebrãs e
dade crescente e esperar dele a solução de
Telebrasil. problemas sociais e até individuais, fo Inicialmente referiu-se o Senador Ro
mentam o perigo de sua evolução totali berto Campos ao pensamento de Alvim To-
tária." fler (a 3.a Onda) para dizer que vivemos
Haroldo Mattos Citou a seguir Karl Deutsch, quevêofu- uma revolução pós-industrial, "tecnotro-
turo da função do Estado como a de solu- nica", cuja atual fase de processamento
0 Ministro das Comunicações, Haroldo cionador, coordenador e integrador de quantitativo de informação será em breve
Corrêa de Mattos, abriu os trabalhos di conflitos dentro de um sistema de coo substituída pelo processamento do conhe
zendo que a finalidade do Concin era o peração democrática. Neste contexto a cimento (ou inteligência artificial) e citou
aprofundamento do diálogo entre profis participação de ‘‘um sistema eficiente de Daniel Bell — a nova sociedade será orien
sionais de diferentes procedências e de comunicação e informação é indispensá tada para serviços e não mais para o acin
veria se constituir num foro nacional e in vel para o relacionamento entre as institui mulo de bens; o trabalho será íeit0^
ternacional qualificado de debates, cen ções representativas da sociedade civil e o grandes complexos robotizados e em
trado em dois grandes temas — as funções Estado. Por outro lado, ao crescer a comu croempresas individuais, e asJCse ~ n
do Estado e as da comunicação e informa nicação e a informação, crescem as expec cos de Dados passarão a ter importa
ção no contexto da sociedade democrá tativas e as frustrações e aí reside um dos primordial.
tica. desafios para uma sociedade democrá Roberto Campos se deteve sobre a ^
— O desafio do Estado hoje reside na tica", finalizou o Ministro Haroldo Mattos. mação para advertir sobre os Per|ÉP seS
definição de suas forças, no seu grau de re A sessão inaugural do Concin prosse novos "tuditas" que, à semelhança ae>