Page 16 - Telebrasil - Março/Abril 1984
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Edson Dytz, Secretário Executivo da SEI, garantiu que o Governo Antonio Carlos de Loyola, ex-superintendente da Cobra, seria o futuro
não va\ privatizar a Cobra, E não fala mais sobre esse assunto. substituto de Joubert Brizida. na SEI, após a mudança de Governo.
No meio de uma polêmica sobre se devia continuar estatal ou
transformar-se em empresa privada, a
Cobra Computadores e Sistemas Brasileiros S.A. comemora
seus dez anos ao longo de 1984, com diversas
atividades no âmbito interno, que se traduzirão numa campanha
associando o aniversário da empresa aos dez anos
da informática no Brasil.
“ A privatização da Cobra seria uma uma importância estratégica, nesse sen investiram mais de 1 bilhão e meio de
medida bem recebida pelo setor privado, tido, que não pode ser negada e se cons cruzeiros, subscrevendo e integralizando
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que deseja a diminuição da interferência titui na empresa-líder desse processo no o aumento do capital da empresa.
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do Estado na economia”, Esse desejo de pais , Além disso, a Caixa Econômica Fe
Roberto Bornhausen, presidente da Em dera! fez uma encomenda de computa
presa Digital Brasileira (EDB), ao que Os tempos mudaram dores e equipamentos no valor de CrS 1
tudo indica, não encontrou muito apoio bilhão e dessa importância pagou, adian
no setor de informática, exceto nos dois O “ Jornal de Brasília” , de 26.09.81, ao tadamente, a quantia de CrS 500 mi
grupos interessados em adquirir a em publicar a constituição do novo Conselho lhões.
presa: a Itautec, do Grupo Itaú, e a ABC de Administração da Cobra, anunciava Hoje, observadores econômicos lem
Sistemas, do Grupo ABC. A EDB é consti também a eleição do Comte. Antonio bram que, naquele ano, nenhuma em
tuída por um grupo de bancos que detém Carlos de Loyola para o cargo de diretor- presa, mesmo nacional, se mostrava in
39% do capital da Cobra, enquanto o Go supermtendente, no qual permaneceu
verno control os 61 % restantes. até fins de i 983. Segundo rumores no se teressada em privatizar a Cobra.
A polêmica criada em torno da privati tor de informática em Brasília. Loyola Nestes dois últimos anos, apesar da
zação da Cobra, com seus prós e contras, seria o futuro Secretário Especial da SEI recessão que assolou a economia nacio
nal, a Cobra bateu seu recorde de vendas
praticamento forçou a Secretaria Espe em substituição ao cel. Jouben Brizida. em 1983. De janeiro a dezembro, a co
cial de Informática (SEl), através de seu No segundo semestre de 1981, a Co mercialização de equipamentos, em ter
Secretário Executivo, Edson Dytz, a to bra estava sendo salva de uma grave cri
> — _ . # t \ I i í mos reais, foi 22% maior do que em igua*
mar uma posição contraria a venda, ja se econômica que por pouco não a que período de 1982. O resultado das vendas
que a balança estava pesando mais para brou. E seus salvadores foram a Caixa atingiu Cr$ 56 bilhões em computadores
o lado dos “ contr as” . A decisão, segundo Econômica Federal, o Banco do Brasil e o minis e micros, segundo o superinten
suas explicações, fci um reflexo da pró Banco Nacional de Desenvolvimento
pria direção da SEI em relação à reserva Econômico-BNDE (na época ainda nãc dente interino da empresa. F e r n a n d o
de mercado, “uma vez que a Cobra tem tinham acrescentado o “ S” de Social) que Antonio Costa Azevedo.
Por sua vez, o Informe Econômico do