Page 20 - Telebrasil - Março/Abril 1984

c o r r e io s
P r o j e t o d o
presidente da Empresa Brasileira
O de Correios e i elégrafos (ECT), Ad-
waldo Cardoso Botto de Barros. continua
firme no propósito de não permitir o cor­
reio paralelo efetuado por uma empresa
holandesa — DHL do Brasil Auxiliar de
Transporte Ltda. — filiada à Associação
Brasileira de Empresas de Encomendas
Internacionais (ABEEl), que vem defen-
dendo sua associada através de matéria
paga em jornais do Rio, São Paulo e Bra-
a
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sina. ao mesmo tempo em que acusa a
ECT "de tratar o assunto a nível pura­
mente emocional e ideológico*’.
Botto de Barros disse que “a ameaça
de ruptura do monopólio estatal da cor­
respondência internacional pode ser a
porta de entrada das multinacionais no
correio doméstico", alertando, ainda,
que essa investida estrangeira é lesiva
aos interesses nacionais A permissão
para o funcionamento desse correio
ralelo é originada no projeto do depu­
tado paraibano, Álvaro Gaudéncio
(PDS), já aprovado pela Câmara Federal e
em tramitação no Senado, devendo ser
apreciado ainda neste 1.' semestre. A
matéria agora está criando renovada
polemica.
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ECT x ABEEl
Segundo o presidente da ECT. se o
projeto for aprovado, isto implicará
numa perda de divisas para o Brasil que,
em 1983, atingiram a 16 milhões de
dólares.
Até o final deste ano, as principais
agências dos Correios das cidades do Rio
de Janeiro e São Paulo estarão dotadas
de um sistema de computação que per
mitirá a rápida expedição de cartas e en­
comendas A informação é do presidente
da ECT. Adwaldo Botto. segundo a
Agência Globo.
• O Serviço de Telegrama Fonado da ECT
entrou em funcionamento em mais seus
municípios paulistas: Angatuba. Caja-
mar. Iperá. Pilar do Sul, Salto de Pirapora
e São Miguel Arcanjo.
• A ECT está estudando o lançamento
em julho próximo de uma série de selos
com as diversas raças de búfalos bra
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sileiros.
• Dentro das realizações programadas
para este ano. a ECT inclui a inauguração
em Belém, Pará, de um centro operacio­
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c o r r e i o p a r a l e l o s e r á a p r e c i a d o p e l o S e r i a d o
Adwaldo Borco reme que o correio paralelo traga graves prejuízos para a ECT
De acordo com o projeto, as empresas
privadas de correios, que hoje têm ape­
nas permissão para encomendas, fora do
monopólio postal, poderão estender suas
atividades às cartas e cartões postais, co­
brando. por seus serviços, uma tarifa no
mínimo equivalente a três vezes àquela
que a ECT cobra pelo mesmo serviço no
tráfego doméstico.
A violação do monopólio foi consta-
i1 ida no Rio de Janeiro e em São Paulo,
onde correm inquéritos na Policia Fe­
deral contra a DHL do Brasil, cuja matriz
principal é na Holanda. Por outro lado.
E C T l
nal com cerca de 7 mil metros quadrados
onde estão concentrados os serviços de
triagem e distribuição.
• O sesquicentenário da morte de D. Pe­
dro I será lembrado pela ECT com o lan­
çamento, em 24/09/84. do selo come­
morativo à data, no Rio de Janeiro, fato
que vem sendo aguardado com grande
interesse pelos filatelistas.
• Outro selo que será lançado pela ECT
será em homenagem ao XVII Congresso
Nacional e à IV Feira Internacional de In­
formática no dia 05/11/84. também no
Rio de Janeiro.
• O brasileiro perde muitos documentos.
O que comprova isso é o levantamento
efetuado no setor de "Achados e Perdi­
dos” da ECT, em cujas diretorias regio­
nais encontram-se milhares deles em
todo o país.
foram advertidas as empresas america­
nas Jet Courier. World Couriere TNT. As
penas para violação são retativamente
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suaves: 3 meses de prisão ou a multa de
10 salários referências (Cr$ 153 mil) para
o transportador e o usuário infrator.
Enquanto isso. a ABEEl publicou nos
jornais matéria paga dizendo que "essa
cruzada da ECT contra empresas legal­
mente constituídas, que pagam impos­
tos e empregam centenas de pessoas, é
uma operação de intimidação, para a
qual tem sido convocada a Polícia Fe­
deral, sob o pretexto de preservar o mo­
nopólio postal. A ABEEl lamenta que as­
suntos dessa natureza sejam tratados
S pela ECT a nível puramente emocional e
ideológico, por lhe faltarem argumentos
técnicos e jurídicos para impedir que as
empresas privadas de encomendas inter­
nacionais continuem a atender à cres­
cente demanda de seus serviços por
parte dos exportadores e instituições fi­
nanceiras brasileiras, entre as quais se in­
cluem a maioria dos organismos estatais
que atuam no comércio exterior".
Botto de Barros também não deixa
por menos ao enfatizar que "as regiões
mais pobres do país ficariam desprovidas
de serviços postais se o mercado domés­
tico acabasse entregue a empresas priva­
das, pois elas só se interessariam em
operar nas regiões que remunerassem
bem o investimento”.
O presidente da ECT revelou que ape­
nas seis das 31 diretorias regionais são
superavitanas, o que significa que finan­
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ciam a operação das outras 25. "Nem me
lembro mais do último ano em que a ECT
recebeu subsídios da União. Temos nos
mantido com nossa própria receita”, res­
saltou o coronel Adwaldo Botto.
Felebrosil, Viarço 6 4