Page 55 - Telebrasil - Maio/Junho 1984
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C — N illy Geller (Telesp): A d ig ita liz a ç ã o é C — L. P. Coutinho (Telerj): As operadoras R - Heinz Kuhlig (Siemens): E stam os fa
irreversível e ocorre na Telesp de m aneira do m undo in te iro estão debruçadas sobre zendo experiências com fib ra s ó p tica s a n í
natural. A in d a d u ra n te lo n g o te m p o os as m u d a n ça s so cia is e te cn o ló g ica s que vel de e n la ce do a ssin a n te . E stam os ex
usuários do serviço te le fô n ic o serão m a estão im p a cta n d o os sistem as de TCs nas perim enta ndo serviços a 6 4 K b its/s e servi
joritários e a rede te le fô n ic a será e m p re suas bases tra d ic io n a is de se rviço s. Ao ços ve rticia s com assinantes norm ais. Te
gada para o acesso à m a io ria dos serviços. procurarm os o ca m in h o m ais rápido para o m os tam bém experiência com o vid e o te le -
Teremos prim eiro um a rede d ig ita l in te g ra nosso c re s c im e n to estam os e n fre n ta n d o fone e e xp e riê n cia s na área de d is trib u i
da de telefonia (transm issão e co m u ta çã o ) um a c o n ju n tu ra de re cu rso s escassos, ção. E xistem questões a serem resolvidas e
com base em taxas de 6 4 K b it/s e c o n tro la quadros de capacidade não adequada e ní q u e são de c a rá te r p o lític o — a té q u e
da por sin a liza çã o de ca n a l c o m u m . Os vel de tecnologia in su ficie n te . ponto quer ou não quer o cidadão com um
serviços não-voz são fe ito s através de lig a A d ig ita liz a ç ã o da rede é in e vitá ve l e os novos serviços? É a re ce p tivid a d e da co
ções sem iperm anentes, enlaces a n a ló g i deve ser conduzida de m aneira intencional m u n id a d e aos novos serviços que q u e re
cos e redes de pacotes. Parece re co m e n e não circu n sta n cia l no que diz respeito à m os testar.
dável a introdução de um a e x p e riê n c ia -p i sua a rq u ite tu ra , operação e variedade de
loto de RDSI. E necessário ta m b é m p re novos serviços oferecidos. P - N. Geller: Q ual a m elh o r estratégia de
parara estrutura das operadoras para RDI Na T e le rj a d ig ita liz a ç ã o ocorrerá na im plantação da RDSI?
e RDSI através da e d u ca çã o m a ciça dos tu ra lm e n te , visto e x is tir d is p o n ib ilid a d e R - M. Stefanik: Não há um a e stra té g ia
funcionários. de e q u ipam ento no m ercado, econôm ico e única. Isso depende da a d m in istra çã o do
té cn ica m e n te vantajosos e tem os grande país, das condições fin a n ce ira s da e m p re
C — M. A. Bandeira (Embratel): A RDSI q u a n tid a d e de e q u ip a m e n to s cu ja vida sa e da co n fig u ra çã o do cre scim e n to dos
está orientada para prestação de serviços à está esgotada. A m édio prazo, a Telerj terá novos serviços. Se quiserm os in tro d u z ir rá
sociedade e d e p e n d e rá da e vo lu çã o que um a rede d ig ita l de telefonia que nos le pidam ente serviços d ig ita is, adotarem os a
esta tom ar. O a m b ie n te so cia l do fu tu ro vará à RDSI. té c n ic a de “ ilh a s " (to d a um a região se
será im portante — q u a n to à priva cida de, to rn a d ig ita l) , e se q u is e rm o s a p e n a s
que será aceita, e q u a n to aos h á b ito s de P — N. Geller: Quem serão os usuários acom panhar a dem anda, em pregarem os a
trabalho e de lazer m o d ifica d o s pela te le m ais prováveis de RDSI? estragégia da su p e rp o siçã o (fa c ilid a d e s
mática. R — N. Shimasaki (NEC): A longo prazo é em p a ra le lo a p e n a s a o n d e e x is te a d e
m anda).
d ifíc il, hoje, fazer um a previsão. A curto
C — H. Katzender (SEI): RDSI representa prazo deverem os ter em prim eiro lugar sis
um grande e sfo rço a nível in te rn a c io n a l tem as para negócios — públicos e priva P - H. Katzender: Quais as experiências
envolvendo fa b rica n te s, usuários, conces- dos — ta is com o a autom ação de e s c ri que estáo ocorrendo na Suécia?
somários, adm inistrações, orgãos in te rn a tórios e a teleconferência. A seguir, virão R - Kjaell Sandberg (Ericsson): E starem os
cionais de padronização e um a variedade os serviços para uso d o m icilia r. fazendo experiências de cam po em 8 5 e
de associações de TCs e In fo rm á tic a . O 8 6 com um núm ero crescente de assinan-
conceito-chave reside na in te rfa ce padro fes para testar o fu n cio n a m e n to p e rfe ito do
P — L.P. Coutinho: Qual a diferença entre
nizada e o desafio reside na via b iliza çã o serviço te le fô n ico , num a in te rfa ce de 6 4
RDSI e o conceito japonês de ISN?
dos investim entos para um a tra n siçã o gra K bíts/s (d ig ita l sem m odem s). Vam os te s
R — N. Shimazaki: ISN significa Rede de
dual das redes a tu a is para a R D SI. tar o te rm in a l m u ltifu n c io n a l com d isplay,
S istem as de I nform ação e são serviços pro-
A d e fin içã o de um a p o lític a g o ve rn a a p o ssib ilid a d e de tra n s m itir m ensagens
p o rc io n a d o s pela N TT, um a de nossas
m ental vai re q u e re r a çõ e s re g u lá to ria s entre aparelhos, o serviço de deixar m e n
p rin cip a is operadoras, e que consiste em
para harm onizar os a m b ie n te s de tra n s sagens m esm o que o te rm in a l esteja o cu
fa c ilid a d e s de arm azenam ento e até de
port e e de arm azenam ento de inform ações geração de inform ações postos à disposi pado, a p o s s ib ilid a d e do u s u á rio sa b e r
com as necessidades dos usuários, da in quanto custou cada ligação e outros.
ção dos u su á rio s. Do p onto de vista do
dústria e das operadoras. usuário não há diferença m aior entre RDI e Um segundo grupo de experim entos se
0 p rin cip a l in s tru m e n to de um a p o lí referç a videotexto, rede de pacotes, aces
ISDN.
tica para RDSI deve ser a padronização, a so a banco de dados (im p o rta n te id e n tifi
nível nacional, de: in te rfa ce s, protocolos e car os existentes e de interesse dos usuá
P - N. Geller: Que m etodologia em pre rios), teletex e serviços de te le m e tria para
serviços com patíveis com m odelos in te r
ga-se para determ inar os futuros usuários?
nacionais. Isto p e rm itirá v ia b iliz a r um a in uso d o m ic ilia r com o, por exem plo, a coleta
R eunir especialistas e fazer cenários m ais a u to m á tic a de m e d id o re s de lu z, gás e
dústria local, apoiada fo rte m e n te na enge
prováveis (m étodo D elphi)? Fazer pesquisa água. Esses tip o s de e x p e rim e n to s são
nharia nacional, que prom ova a c o m p e titi
de dem anda? c o n d u z id o s pelas a d m in is tra ç õ e s e a u
vidade baseada na co m p e tê n cia . No B ra
R - M. Stefanik (Bell Labs): Os grandes xilia m a testar e q u ip a m e n to s e usuários.
sil, o M inicom e a SEI vêm desenvolvendo
usuários atuais de TCs, isto é, aqueles que Nós deverem os ter equipam entos com pro
ação conjunta para tornar realidade os p ri
h o je p o ssu e m P A BX, e tc , serão c e rta dução in d u stria l, em grande escala, daqui
meiros passos em direção à RDSI.
m ente usuários prováveis de RDSI. Outra a dois anos.
A SEI vem c o o rd e n a n d o , a tra v é s de
idéia é p a rtir para um a im plantação experi
seus instrum entos norm ativos de po lítica
m ental (com o fizem os na Flórida) e avaliar P - N. Geller: Os grandes fabricantes de
industrial, a consolidação de um a in d ú s
os resultados procurando analisar de onde equipam entos de TCs vão en tra r na área de
tria local de te rm in a is de te le in fo rm á tic a
para uso g e ra l e u so d e d ic a d o , c o m o provém a dem anda para os serviços. term inais?
teleimpressores, teletex e videotexto. A in R - K. Sandberg: A proporção do valor dos
dústria local vem m ostrando m a tu rid a d e P - H. Katzender: Que tipo de experiência te rm in a is no custo global do sistem a está
tecnológica, tanto em projeto q u a n to em está sendo conduzido na Alem anha? E os crescendo rapidam ente. Nós, na Ericsson,
processos industriais. resultados alcançados? acham os que tem os que entrar no negócio +