Page 59 - Telebrasil - Maio/Junho 1984
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A F IN A L , 0 Q U E E A
IN T E R F A C E U ?
Comitê Consultivo Internacio separados pela interface V, acrescidos para sinalização, alarme, telemetria e
nal para Telefonia e Telegrafia do bloco de administração, constituem, rede de pacotes. A interface R do termi
CCITT reune-se a cada quatro numa visão simplificada, o diagrama de nal do usuário não foi e dificilm ente
anos e propõe "questões”, que são exaus uma central de comutação por Controle será padronizada, devido à grande vari
tivamente discutidas por especialistas e de Programa Armazenado do tipo Tem edade de tipos de sinal que estes termi
irão constituir, após aprovadas em Reu poral ou CPAT. Uma rede totalmente nais apresentam — daí a existência de
nião Plenária, as denominadas Reco digital pressupõe o emprego de centrais um adaptador.
mendações do CCITT — uma série de deste tipo. A interface U ainda não foi padroni
diretrizes acatadas por fabricantes e zada e com isto, para alguns, as normas
operadoras do mundo inteiro. Porqu e padronizar para os terminais de rede 1 (tais como
O Comitê é organizado em torno de P A B X ) passarão a ser ditadas pelas
comissões, grupos e subgrupos, que es O problema da padronização das in características da central digital de co
tudam. questionam e transferem infor terfaces é particularmente importante mutação. A interface V, que é objeto de
mações en tre si. Cabe à Com issão para fabricantes e utilizadores de equi estudos do Grupo XI, também não foi
XVIII, por exemplo, enfocar as redes Di pamentos. Como explica um especia padronizada e o bloco de terminais de li
gitais de Serviços Integrados — RDSI lista, padronizar uma interface signi nha passará a obedecer às especifica
sob ponto de vista sistêmico. Os assun fica "democratizar” o acesso a esta parte ções da central.
tos tratados nessa Comissão são bas do sistema. Basta que o equipamento a
tante interligados com o das Comissões ser ligado obedeça às especificações pú As conseqüências
XI (sinalização e comutação digital) e blicas estabelecidas, de uma vez por to
VII i redes de comunicação de dados) do das, para a interface em questão. A configuração que emerge, expli
CCITT. Tomando um exemplo corriqueiro: cam alguns observadores, é a de que a
todo eletrodoméstico que opere em 12C influência das características da CPAT
Um m odelo pa^a R D S I volts, 60 ciclos p/s e tenha um conector passa a se extender até a interface T que
de pinos redondos, poderá ser ligada à é padronizada, inibindo a entrada de
A Comissão X V III estuda problemas tomada elétrica (um tipo particular de produtores independentes nas áreas de
tais como o dos protocolos de comunica interface) de qualquer residência. Se as terminal de linha e de rede 1. Os fabri
ção, da arquitetura e da padronização sim não fosse, o fabricante de equipa cantes de CPTAs, por sua vez, afirmam
das RDSI. e para efeito de sistematiza mentos de energia poderia "bolar” uma que, apesar da não padronização da in
ção do trabalho idealizou um diagrama interface exclusiva (de 3 pinos hexago- terface U, seus equipamentos estão pre
(vide Fig. 1) de blocos que mostra a in nais por exemplo), protegida por paten parados para aceitaT qualquer tipo de
terligação de um usuário qualquer a tes e que iria exigir, no mínimo, a exis padronização.
uma rede digital. tência de um tipo qualquer de adapta Todavia, o problema a resolver na
Uma parte do diagrama é reservada dor para a conexão de eletrodomésticos prática é o da interligação de máquinas
para mostrar os dispositivos da instala estranhos. Este mesmo raciocínio pode que operam com sinais digitais (compu
ção do usuário e que são: o terminal do ser aplicado, segundo alguns técnicos, tadores) e com sinal de voz (o telefone).
usuário, o adaptador e os terminais de para explicar os problemas da padroni No caso de uma rede totalmente digital,
rede 1 e 2. A outra parte representa a in zação de certas interfaces da rede RDSI. o problem a fica resolvido transfor
terligação do usuário com a central de As interfaces S e T já estãó padroni mando os sinais de voz em sinais digi
comutação digital e através desta com o zadas pelo CCITT. Técnicamente cor tais — o que é feito por um equipamento
restante da rede. üs diversos blocos são respondem a uma liga çã o do tipo codificador-decodificador ou codec.
separados pelas interfaces: R, S, T, U e B+ B f D, descrita pelos especialistas No caso de uma rede telefônica (ou
V. como dois canais de 64kbit/s e um canal analógica) são os sinais digitais que pre-
O terminal do usuário (podem ser
vários) é representativo de algo como
um microcomputador ou um teleim -
pressor. O adaptador converte as diver
sas informações entregues pela inter
face R dos term inais de usuário, em
uma linguagem padronizada, apta a ser
compreendida pela interface S. O termi
nal de Rede 2, que representa a rede in
terna do usuário, um PABX ou um con
trolador de terminais, concentra as in
formações, entregando-as à interface T.
0 terminal de Rede 1 (tipicamente um
modem de banda básica) é por onde
saem todas as informações da instala
ção do usuário. Os meios de transmissão
que interligam as instalações do usuá
rio com a central de computação são as
delimitadas pelas interfaces U.
Do lado da central, os blocos de ter
minal de linha e de terminal da central,
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