Page 36 - Telebrasil - Maio/Junho 1984
P. 36
SEI e as fronteiras do MmistériodasComu-
Telebrás: foi vista por Marco Aurélio com o "essen n ic a ç õ e s . S e g u n d o e le , um micro
c ia l” , pois eles falam sobre o que está
acontecendo em países mais avançados e processador, por exemplo, é assunto para
de fases que o Brasil estará vivendo daqui a SEI. Já um term inal telefônico integrado
“ E s t a m o s n o s a alguns anos. Ou como reconhece Marco e da responsabilidade do Ministério das
C om unicações, sendo que quando houver
Auréiio: "O s técnicos estrangeiros já co
nhecem no dia a dia aquilo que fará parte a filo so fia do term inal integrado ainda diri
p r e p a r a n d o do nosso fu tu ro ” . gido para rede de comunicações, este con
tinuará subordinado ao Ministério. As pos
Qual será a política da Telebrás junto às
operadoras quando a RDSI for introduzida síveis confusões na demarcação das fron
p a r a a R D S I ” no Brasil? Marco Aurélio adianta que a este teiras entre o que pertence ao campo da
respeito já existe na Telebrás um trabalho SEI e o que está dentro da área do Minis
especial sob o título "D igitalização da Re tério das Com unicações não preocupam o
de Brasileira” . Um grupo de estudos té c n i d ire to r da Telebrás que, no entanto, não
cos m on ta d o desde 1 9 8 1 vem d is tr i deixa de a d m itir que "os limites são um
Ao final do Encontro Telebrasil, o Dire buindo orientações gerais às empresas de pouco tênues” .
tor de Planejam ento e Engenharia da Tele modo a auxiliar no planejam ento deste as- A RDSI foi tem a da Reunião da Comis
brás, M arco A urélio de A lm eida R odri são XVI11 do C om ité Consultivo Internacio
gues, coordenador dos debates, fez alguns nal de Telefonia e Telegrafia — CCITT-
com entários sobre a im plantação da RDSI orgáo da U nião Internacional de Teleco
no B rasil e sobre as m edidas que faráo m unicações UIT. Em fevereiro, pela pri
com que isto aconteça de modo mais rá m eira vez, a Comissão XVIII realizou uma
pido e eficaz. de suas reuniões no Brasil, mais especifi-
— Não tem os com c escapar da RDSI. ca m e n te no C entro Nacional de Treina
Não se discute mais se ela deve ou não ser m ento da Telebrás, em Brasília. Desteen-
im plantada, pois isto acontecerá queira contro participaram 16 países e especia
mos ou não. lista s b ra sile iro s tiveram a oportunidade
Marco Aurélio não tem dúvida de que a de ter um contato m ais estreito com técni
RDSI é inevitável, mesmo para o Brasil, cas estrangeiras, alem de terem dado aos
que ainda não tem todos seus serviços ba visita n te s um a idéia clara de como vai o
sicos a te n d id o s. Os passos firm es, se d e se n vo lvim e n to das telecomunicações
gundo o diretor da Telebrás, rum o à im em nosso país. Marco Aurélio lembra com
plantação da RDSI será a introdução das satisfação a realização deste encontro, fri
Centrais de Comutação Digital na rede bra sando que a a tu a l posição do Brasil no
si le ira , que estarão funcionando efetiva CCITT "é ativa, pois tomamos parte em to
m ente em três anos. dos os grupos de estudo citados neste En
Até que isto aconteça, Marco Aurélio contro T elebrasil”
acredita que não se pode prever, com cer
teza, as co n se q u ê n cia s da in tro d u çã o
deste sistema.- “ A RDSI ainda é um obje CPqD Opina
tivo bastante longínquo, como disseram os
conferencistas, e as Centrais de Comuta Na m esm a ocasião, outro diretor da
ção D igital são os prim eiros degraus de Marco Aurélio Rodrigues: Telebrás, Jorge M arsiaj Leal. responsável
uma escada que não conhecemos o topo". pela área de Pesquisa e Desenvolvimento,
“A RDSI é inevitável, com entou que "estam os atualizados em
Técnicos x Administradores mesmo para o Brasil”. term os de RDSI e os contatos dos Comitês
e de Grupos de Estudo do CPqD com a Eu
Trazer as questões para serem d iscu ti ropa, Japão e Estados Unidos são uma
das tam bém sob o prism a adm inistrativo grande co n tribuição para a futura implan
foi a m aior co n trib u içã o deste encontro tação do sistem a no Brasil” .
prom ovido pela Telebrasil, na opinião do iunto. Ao longo de 1984 a Telebrás pre- No dia 8 de abril deste ano foi inaugura
coordenador dos debates. ende colher respostas das operadoras à do o Centro Tecnológico de Informática —
E o sistem a Telebrás e algum as in .érie de propostas feitas, de form a a m on- CTI — em C a m p in a s, onde já existe o
dústrias brasileiras vivem com freqüéncia ar um plano racional. O diretor da Tele- CPqD. M arsiaj cham a atenção para o fato
o problem a de enfatizar apenas a técnica. )rásreafirm a: "Nossa posiçãoéde coorde- de que "e m b o ra m uitas pessoas pensem
Os adm inistradores levarão em conta prin ladores do processo. Mas na verdade são que há uma superposição de atividades ou
cipalm ente as vantagens ou desvantagens is empresas que terão realm ente de im - até c o n flito de com petência, não é exata
de determ inada inovação. Havendo um es )lantá-lo” . m ente isto o que ocorre, pois cada um -
tudo da relação custo benefício será possí CPqD e CTI — tem sua atribuição".
vel d istinguir o que é realm ente proveitoso Fronteiras de atuação Como integrante da Telebrás e membro
do que é apenas desejo técnico explicou do C onselho D ire to r do CTI. Marsiaj se
o diretor da Telebrás. A política industrial de term inais ta m sente à vontade para comentar o assuntoe
A participação de representantes do Ja bém mereceu com entários. Marco Aurélio lem bra que som ente o Instituto de Microe
pão, Alem anha, Estados Unidos e Suécia vê com clareza os lim ite s da atuação da le trõ m c a do CTI tem afinidades come