Page 30 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1983

c o r r e io s
B R A S I L M A R C A S U A
N A U N I Ã O P O S T A L
O engenheiro Adwaldo Cardoso Botto
de Barros é o presidente do Conselho Exe­
cutivo da União Postal Universal-UPU, se­
diada em Genebra. A UPU, tal como a ÚIT,
é uma instituição ligada à Organização das
Nações Unidas, possuindo 166 países filia­
dos. De cinco em cinco anos reúnem-se os
delegados plenipotenciários destes países
no grande Congresso da UPU, o último dos
quais, o XVIII ocorreu, em setembro de 79,
no Rio de Janeiro.
Existem ainda as Conferências Admi­
nistrativas, o Conselho Consultivo e o Con­
selho Executivo, respectivamente com 35
e 40 membros, que são eleitos por ocasiàb
do Congresso Plenipotenciário, além das
Comissões Especiais e do Escritório Cen­
tral que ficam na sede da entidade.
O Brasil participa de 9 dentre as 10 co­
missões que constituem o âmbito do Con­
selho Executivo e que tratam de assuntos
tais como: tarifas postais terminais, correio
rápido internacional e centros de trânsito
nos países em desenvolvimento. No caso
das tarifas postais terminais, o Brasil intro­
duziu o Princípio da Equivalência, pelo qual
“um primeiro país receberá um montante
correspondente à metade da receita exce­
dente percebida por um segundo país, a tí­
tulo de ressarcimento pela distribuição do
correio recebido".-
Para Botto de Barros, a importância da
UPU reside no seu dogma de base: “Pro­
Os Correios vão dar início à operação, em
caráter experimental, do Correio Eletrônico
Internacional-Intelpost, que é um serviço de
fac-símile público destinado a interligar agên­
cias de diferentes países.
*
E C T p r o m o v e
S i m p ó s i o
I n t e r n a c i o n a l
e m S P
O Ministro das Comunicações, Haroldo
Corrêa de Mattos, e o presidente da ECT,
Adwaldo Botto, inauguraram o Simpósio
internacional Sobre Serviços Postais, rea­
lizado no auditório do Correio Regional de
Jaguaré, SP. Por ocasião do evento, a NEC
expôs um dos mais novos inventos — o Ne-
fax 2000, um transceptor para a transmis­
são de documentos, gráficos, plantas e fo­
tografias. A ECT já está usando o equipa­
mento nas suas agências em várias capitais,
o que permitiu ao Brasil entrar na era da
carta eletrônica.
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P R E S E N Ç A B r e v e h i s t ó r i c o
U N I V E R S A L d o s C o r r e i o s
n o B r a s i l
A história dos serviços dos correios no
Brasil teve início, praticamente, em 1663. A
correspondência chegava ao nosso país pro­
cedente de Portugal duas vezes por ano em
caravelas. Quando tudo dava certo, após cal­
marias, tempestades e naufrágios, as cartas
chegavam ao Rio de Janeiro ou à Bahia.
Alguns anos mais tarde, os brasileiros con­
seguiram permissão para trocar e transpor­
tar correspondências entre cidades. Somente
no ano de 1798 começou a funcionar, em ca­
ráter oficial, o Correio Geral da Cidade do Rio
de Janeiro. Em 1801 foram criadas as caixas
postais e, em 1843, deu-se o lançamento do
selo “olho-de-boi”. O cargo de carteiro foi cria­
do para distribuir cartas à domicílio.
Em 1881, foi regularizada a correspon­
dência do Brasil com outros países. O trans­
porte aéreo da correspondência foi regula­
mentado em 1927, sendo o Brasil um dos pri­
mover a união e eliminar fronteiras quan­ meiros países a usar esse tipo de serviço.
do se trata de comunicações postais". Um No ano de 1931, a Repartição Geral dos
dos grandes desafios das Administrações Correios transformou-se no Departamento
Postais dos países em via de desenvolvi­ dos Correios e Telégrafos. Finalmente, em
mento é o da escassez de recursos frente 1969, surgiu a Empresa Brasileira de Cor­
â enormidade das tarefas a serem adminis­ reios e Telégrafos, órgão subordinado ao Mi­
tradas. Isto requer preparar dirigentes e uso nistério das Comunicações. Atualmente exis­
de muita criatividade “Devemos fazer o me­ tem, no Brasil, cerca de sete mil agências da
lhor possível com o mínimo de recursos. E ECT
este é o lema do Correio brasileiro" — dis­
se Botto. (JCF)
Minicom regula o correio eletrônico
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() novo serviço deu ensejo às Portarias 151 la sua vulgarização e potencial mercadológi­
de 21.08.81 e 125 de 22.07.83 que dispõe so­ co. O Japão com a escrita kenjide há muito é
bre as diferentes fornias de sua prestação: Te­ adepto do fac-símile e o serviço de rádiofoto
lefax, Data fax e Bureau fax. 'Iodos os três são da imprensa tradicional sempre foi uma cons­
serviços de fac-símile público, diferindo ape­ tante nas redações dos grandes jornais. No­
nas quanto ao tipo de rede empregada na vas técnicas, porém, aumentaram a velocida­
transmissão dos sinais. O 'telefax ut iliza a re­ de e a qualidade de transmissão da informa­
de pública privada de telefonia ou rede tele­ ção e o fac-símile parte agora-para a conquista
fônica como é mais comumente conhecida. O de novas aplicações, inclusive para o “escri­
Datafax emprega a rede pública de comuni­ tório do futuro".
cação de dados. Ambos servem para interli­ Os Correios, uma invenção quase tão ve­
gar estações de assinantes e serão explorados lha quanto a civilização, recebe agora novo
no Brasil e, com exclusividade, pelas empre­ impulso e não deseja deixar passar a era ele­
sas do Sistema Telebrás. trônica sem dela participar para não serem
O Bureaufax, como o nome indica, serve vistos apenas com o saudosismo das exposi­
para interligar agências públicas, at ravés de ções filatélicas, uma instituição antiga, sábia,
qualquer tipo de rede (telefônica, de dados ou cultural e tamlDém rentável. (JCF)
de circuitos especializados). O Bureaufax po­
derá ser explorado pelas empresas do Siste­
ma Telebrás e também pelos Correios, com
a possibilidade de interligação com o Telefax
e o Datafax.
Um novo mercado, portanto, se abre para
a transmissão de informação escrita e de ima­
gens fixas. A UIT e a UPU. respectivamen­
te l Jnião Internacional de TCs e União Pos­
tal Universal, estão conjuntamente definin­
do os aspectos técnicos, tarifários e de juris­
dição da utilização do fac-símile um invento
antigo, mas agora de interesse renovado pe-
Telebrasll. Novembro / Dezembro