Page 59 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1983
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R e c e s s ã o
E n tro visto concedida à V e ra Rachel
Este uno a Telebrás solicitou 507 bilhões de cruzeiros para investimentos e a SEST
aprovou 496 bilhões, um total que redundou num
corte de 6 r/r no orçamento de custeio. O item custeio englobu serviçosf material
e pagamento de pessoal. Para não ultrapassar o teto demarcado
para este item, a política adotada foi de manter estável o dispêndio
com pessoal, uma responsabilidade que cabe à Diretoria de Recursos Humanos
da Telebrás. Seu titular ê o Gen. da Reserva Jayme Miranda Muriath,
um gaúcho com 40 anos de vivência militar em comunicações.
Na entrevista concedida á Telebrasil, o Gen. Mariath, há poucos meses na funçãot
diz como irá conciliar o desenvolvimento contínuo dos Recursos Humanos do Sistema
Telebrás com um programa austero de despesas.
TB — Qual a tônica que o Sr. pretende pensação financeira. Na época atual, diretam ente, fazê-los ganhar mais.
imprimir na área de recursos humanos? não podemos dar essa compensação a al Quanto aos de apoio administrativo, é o
DRH — Em 83, o problema fundamen tura do que eles merecem, mas há um atendimento mínimo de suas necessida
tal, sem a menor dúvida, é o de recursos complexo de coisas que podem motivar o des, dando não só a manutenção do em
?
humanos. E fundamental porque, se na homem e prendê-lo à empresa. Uma é o prego — o que é muito importante na
situação que o país atravessa, RHs re desenvolvim ento continuado em sua época atual — como também certos be
presentam uma alta dosagem da des atividade, fazendo com que ele cada dia nefícios que o sistema já implantou e
pesa com pessoal, por outro lado nada se evolua mais através de cursos ofereci que consistem na assistência médica,
faz sem estes RHs. Mesmo existindo, dos — esta é uma das maneiras de fixar creches, padrão de vencim ento cons
nos equipamentos modernos, maior ra os quadros de mais alto gabarito e, in- tante e pagamento em hora certa. Tudo
pidez e certas facilidades, os recursos
humanos precisam ser formados e leva-
se anos para isso. No Sistema Telebrás,
a formação destes recursos tem sido de
senvolvida em dois planos: um é o plano
de apoio, ou seja, o pessoal administrati
vo; outro é o pessoal altamente especia
lizado, esse de d ifícil recrutam ento.
Numa época de dificuldades, a fuga em
busca de m elhores chances é normal.
Quando se trata de pessoal de nível
mais baixo, não há tanta dificuldade em
substituí-los — mas os especialistas de
alto gabarito, estes não podemos perdê-
los. Então, a tônica do que pretendo fa
zer é executar a política da Telebrás:
manter o seu poten cial plenam ente
atualizado e sem rotatividade, com par
ticular ênfase nos níveis mais altos.
TB — E de que maneira o Sr. pretende
reter esse pessoal de alto nível? O Gen. Mariath, atual diretor de RH da Telebrás, esteve a frente da Diretoria de Processa
DRH — A primeira coisa seria a com mento de Dados do Exército de 1976 a 1980. I