Page 54 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1983

haja venda, haveria e há, e isto é verdade, um prejuízo. Para se de uma program ação contínua dos mercados. Então nós, in­

repor o resultado operacional de 15%, o preço teria que passar, dustriais, gostaríam os de cham ar a atenção, para o problema

neste exemplo, para algo de 22% a mais. dos buracos de contratação.

Outro aspecto das premissas políticas sáo as decisões opera­ Evidentem ente a atualização tecnológica tem um grande

cionais da Telebrás. Na atual gestão da Abinee tem sido muito dilema entre a sofisticação do produto versus a necessidade

profícua a interação, particularmente da Diretoria de Assun­ real. A excessiva sofisticação traz altos custos, que por sua vez

tos Industriais da Telebrás com o setor de telecomunicações da inviabilizam o próprio m ercado. Isto tem acontecido, ou al­

Abinee, tentando melhorar e amadurecer os conceitos. guma coisa em torno disto.

O teste de aceitação em fábrica é um item bem complexo.

Chamo a atenção para um item que, às vezes, é esquecido, mas

é muito importante. É o de que com um a inflação de 7 ou 8% ao

mês, se a aceitação de produtos, por razões burocráticas, levam

• Definição do produto (necess. operacionais) mais do que 30 dias, o tal do resultado operacional de 7 a 10% já

• Preço X demanda foi embora.

• Contratação contínua O problema da instalação é evidentem ente importante, tais

• Atualização tecnológica como o da tecnologia de ponta e o da divisão de mercado. Tudo

(sofisticação X necessidade real) isso são decisões operacionais que a Telebrás toma e influi

• Testes de aceitação adequados diretamente na indústria, para o que a A binee tem procurado

• Instalação X garantia

• Tecnologia de ponta discutir isso com a Telebrás e, nos últim os anos, repito, tem

• Reserva e divisão de mercado sido muito a interação.

Fig. 8 — É muito importante para a indústria, a continuidade da

produção, mais até do que grandes encomendas. A continuidade das Política de Encomendas Industriais

encomendas é fundamentei para o industrial.

Destaca-se a situação m uito crítica da pequena e média em­

presas industriais de telecom unicações. O que mais ou menos

Na definição do produto, temos muitos problemas. Isso quer foi dito é a questão da contratação contínua que evidente­

dizer, que a indústria costuma fazer, às vezes, produtos sem mente leva a custos menores.

saber as reais necessidades operacionais do sistema, e depois

então nascem aquelas várias versões do produto. E bom lem­

brar que, em indústria, versão é um produto. Versão apenas

não existe. Fala-se muito de um produto com configuração A e CAPACITAÇAO TECNOLÓGICA ATUAL DA INDUSTRIA DAS TCs * •

B. No caso da indústria, são 2 produtos. Se falta um parafuso,

não é mais aquele produto, é um outro produto; então, isto dá a. Segmentos Tecnológicos:

muito problema. 1 - Comutação (Analógica e Digital)

Evidentemente o preço é função da demanda, do volume de 2 - Transmissão (A e D — Rádio, Cabo, Fibra Óptica)

3 - Controle de Processo
encomendas, e isso também é uma interação que tem sido ra­
4 - Informática
zoável, mas não muito satisfatória. Tenderá melhorar quando
5 - Comunicações Internacionais + Satélite Doméstico
a indústria e a Telebrás saberem um pouco melhor o que de­
6 - Comunicações os Dados + Modem na Rede Basica EBT

verá acontecer para frente. 7 - Infra-estrutura civil e serviços de rede local

Muito importante é que a contratação seja contínua. Talvez 8 - P & D

mais importante do que o volume em si das encomendas é que

as mesmas sejam contínuas. O industrial talvez consiga fazer b. Segmentos Estruturais:

sua empresa auto-sustentável com uma produção — talvez 1 • Operação e Manutenção

2 - Projetos Próprios • CPqD/TLB
não a que ele desejaria — mas desde que ela seja mais ou me­
• Eng. de Produtos
nos contínua. Então é muito importante a programação contí­
• Eng. de Processos
nua de produção, o que por sua vez só pode acontecer em função 3 - Software

• Programação operacional

• Eng. de Sistemas

4 - Microeletrônica — IPD / SEI

PROPOSIÇÃO DA ABINEE PARA UMA POLÍTICA DE ENCOMENDAS DAS PEQUE­

NAS E MEDIAS EMPRESAS - PME
Fig. 10 — A capacitação industrial cobre seis segmentos básicos, isto

sem contar a infra-estrutura civil e de redes; os segmentos estruturais

Problema
são aqueles destinados em seu conjunto a nos dar a capacitação

tecnológica que tanto se almeja.

a) Baixo volume x contratação contínua

(acúmulo no final do ano devido demora na aprovação dos orçamentos)

OCIOSIDADE CUSTO Pela segunda vez, a Telebrás está orientando suas empre­

sas para dinamizar as contratações no final do ano (outubro,

CONTRATAÇÃO DESCONTÍNUA novembro e dezembro) para que se dê continuidade de produ­

ção no começo do ano seguinte. Isto baseado no princípio de que
b) PME desde 78: 20% dos investimentos anuais.
as encomendas totais das pequenas e m édias empresas corres­
Processamento das aquisições poderia ser iniciado antes da aprovação do orça­
pondem à cerca de 20% do total do orçam ento. Então, se por
mento — eventuais cortes orçamentários não afetariam esse pequeno valor.

c) Sest fixa percentual para inflação (p. ex. 70 em 1981) havendo uma perda real do exemplo, providenciasse um a parte dessa proposição orçamen­

poder aquisitivo no decorrer do ano. tária, m esm o que ocorram m od ificações durante a fase de

aprovação, esses 20%, ou um a parte apenas deles, não afetaria

Encomendas/faturamento desde o início do ano recompõem a viabilidade muito o orçamento.

operacional/industrial.

Fig. 9— O investim ento colocado junto às pequenas e médias

indústrias representa apenas 20% do total orçamentário e poderia ser Capacitação Tecnológica

liberado ou parte dele (segundo a Abinee) independentemente da

aprovação total do orçamento, a fim de manter uma produção Lem brarem os que tem os basicam ente, na esfera técnk

constante, isto é, reduzindo custos. seis grandes segm entos, além dos de infra-estrutura civil, d