Page 60 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1983
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junto, dá uma certa estabilidadade e do Sistema Telebrás habilitados ou com ultrapassada, pois temos agora uma in
prende o homem à empresa. conhecimentos sobre técnicas digitais. dústria im plantada, o que quer dizer, já
O CNT, a Telesp, a Telerj, o CPqD, a a p r e n d e m o s e d esen volvem os este
TB — As regiões mais distantes ressen própria Embratel estão envidando todos campo. E um assunto de tal modo con
tem-se das despesas para trazer seu pes os esforços para que isto se concretize. solidado que não é mais uma preocupa
soal a Brasília para fazer os cursos. Estamos caminhando, talvez devagar, çã o n o s s a . A g o r a , é acompanhara
Seria indicada uma política de criação m as fa ta lm e n te , p a ra a tin g ir este evolução, dar às nossas indústrias os úl
de pequenos centros de treinamento nos avanço tecnológico. E nosso esforço e timos aperfeiçoam entos.
locais mais afastados? nossa meta dar m aior incentivo neste
DRH — Há dois ângulos a considerar: ano de 83 e prosseguir assim em 84 e 85.
quando falamos no nível básico — cuja
TB — E para o satélite, também já está
instrução pode ser feita localmente e
sendo feita a preparação dos RH s? "A tônica da política de RH é
que representa a massa maior — todas
DRH — Com relação ao satélite, há um m anter o seu potencial
as empresas já têm centros ou minicen-
convênio com o Canadá, pois o contrato plenamente atualizado e sem
tros em que essa in stru ção é dada.
n ão e s ta b e le c e u a p e n a s la n ç a r o
Quando chegamos ao pessoal técnico es rotatividade — com particular
satélite: atrás dele, ou por causa dele, foi
pecializado, ou o centro não tem condi ênfase nos níveis mais altos".
criada toda uma estrutura humana, que
ções, ou teríamos que deslocar um ins
acompanhasse sua evolução desde o pri
trutor para lá. Ora, um instrutor para
m eiro m om ento, desde quando se co
três ou quatro alunos apenas, sai mais
meça a m ontar o satélite até o lança
caro do que trazermos este pessoal para TB — Em núm eros, quantos estão no
mento e, inclusive, a própria conserva
cá e reuní-los com outros tantos de ou exterior devido ao program a do satélite?
ção do satélite em órbita. Portanto, esta
tras áreas, dando instrução não para DRH — N ão é possível dizer, porque
mos obtendo o know-how e pode até ser
dois, mas para 12 ou 25; no conjunto do tod o d ia sa i u m a m issão: para cada
que os próximos satélites, daqui a seis
sistema, é bem mais econômico. Além etapa, m anda-se alguém acompanhá-la
ou sete anos, não sejam mais do Canadá,
disso, se fossemos atender a cada empre e nunca um a pessoa só, a fim de haver
sejam brasileiros. O nosso m aior pro
sa de per si, teríamos que ter um grupo um redobram ento de conhecimentos e a
grama de afastamento do país é este, en
muito grande de instrutores e, normal possibilidade de discussão do problema.
viando técnicos da Embratel e do CPqD
mente, não temos instrutores fixos — os O som atório destas missões, que come
para acompanhar o desenvolvimento, a
melhores homens das empresas são cha çaram m uito antes de eu estar aqui —
tecnologia, os conceitos básicos — toda a
mados para para dar cursos coletivos. estou há poucos meses — é de milhares.
sistem ática do lançam ento de um sa
Daí as duas etapas: o básico nas empre E tudo está contido num convênio de
télite.
sas, os níveis mais altos nos Centros Na que o Brasil participa com recursos já
cional de Treinamento, de Recife ou de TB — E quanto a parte terrestre? alocados — recursos previstos no projete
São Paulo. DRH — A fase de preparar os RHs já foi total.
"Nós temos uma meta a
atingir — até 1985 ter, no
mínimo, 3.500 profissionais do
STB habilitados em técnicas
digitais
TB — Já está havendo o preparo de pes
soa l para o p era r os eq u ip a m en to s
digitalizados?
DRH — Essa é uma das nossas grandes
preocupações. A digitalização já existe
em alguns países e seus governos estão
enviando todos os esforços para acelerar
essa prática nova. O Brasil está se
guindo a mesma linha — estamos pro
curando desenvolver as técnicas digi
tais em nossas escolas, no Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento, no Centro
Nacional de Treinamento — até mesmo
porque achamos que TC e Informática
são duas coisas que se somam, não po
dem sobreviver isoladas. E nós temos
O Centro Nacional de Treinamento, em Brasília, é um complexo que oferece, além da parU
uma meta a atingir — até 1985 teremos
específica de ensino, hospedagem e um bem aparelhado auditório. Ao fundo, o clube dos t\w
que ter, no mínimo, 3.500 profissionais cionários da Telebrás.