Page 55 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1983

Fig. 11 - Fluxo de evolução da tecnologia. A independência tecnológica somente é

obtida quando se domina Software / Sistemas e Microeletrònica além da Tecnologia

de Produtos e Processos

—
pesquisa e de desenvolvimento. Esses segmentos seriam: a co­

mutação analógica e digital; a transmissão; o controle de pro­ CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA

cessos; a informática; as comunicações internacionais e os sa­
GESTÃO DA TECNOLOGIA
télites; e a comunicação de dados. Algumas de nossas indús­

trias atuam em mais de um segmento, outras são especializa­ 1 - Planejamento Estratégico de Produtos.

das, etc. • Pré-cálculo: custo-qualidade

Em relação aos segmentos estruturais, verifica-se que um • Prazo para desenvolvimento

país deve seguir normalmente certo fluxo. O país primeiro se • Participação no mercado/marketing

capacita a operar. Isto em telecomunicações aconteceu, quem • Retorno de investimento

sabe, há uns 15 ou 20 anos atrás. Antes importava-se tudo e

aprendeu-se a operar. Aprendendo-se a operar, começa-se a 2 - Desenvolvimento próprio ou adaptação de tecnologia estrangeira:

aprender a manter. Aprendendo-se a manter, começa-se a • Custo

• Prazo
aprender a fazer projetos. No que se geram projetos deve-se

bolar, projetar e executar o desenvolvimento de um produto e

depois produzí-lo, e aí está todo o processo. 3 - Associação cl CPD/IPD.

4 - Organização das equipes P/D dedicadas ou com estruturas matriciais.

CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA •
5 - Gerência do projeto e controle de seus desvios.

• Estrutura industrial evolui de montagem de projetos estrangeiros (transferência

de tecnologia) para a produção de projetos próprios ou desenvolvidos em con­ 6 - Incentivos governamentais para P/D e Produção.

junto com centro de pesquisa do governo (geração de tecnologia).

7 - Tendências Tecnológicas:

• Estrutura de pesquisa evolui da ciência básica dos laboratórios universitários atra­ • Priorizar e adaptar modelos de desenvolvimento dos países c/ tecnologia de

vés tecnologia de ponta como ciência aplicada dos institutos de pesquisa do go­ ponta através de custo-benefício.

verno, criando-se na fase final a indústria de microeletrònica. • Definir a própria evolução à partir da existência de indústria de microeletrònica,

considerando as especificações internacionais com objetivo também de expor­

Fig. 12 — A capacitação tecnológica depende de uma estrutura tação.

industrial e de uma estrutura de pesquisas, ambas evoluindo ao longo

de um período de maturação em que se vão formando os recursos Fig. 13 — A indústria que não fizer uma boa gestão de sua tecnologia,

humanos necessários. cedo ou tarde, ficará fora do mercado.

Nos últimos anos houve uma interação muito importante nológica, por faltar, particularmente, uma maior maturação

com o CPqD da Telebrás. Outro segmento estrutural funda­ do software nacional e do problema da microeletrònica.

mental é a maturação de componentes e que no Brasil agora No desenho anexo é mostrado que temos as atividades de

mal começa com a parte de microeletrònica. Então estamos no Governo, que são os Centros de Pesquisas da Telebrás e da mi-

Brasil, quem sabe, na fase de projetos próprios indo para soft­ croeletrônica que a SEI vai implantar. Os laboratórios univer­

ware. A meu ver, estamos ainda carentes da capacitação tec- sitários geram arquitetura do produto e tecnologia de base. As t