Page 76 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1982
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Fig. 7
Volts
% 4 Fig. 5
As figuras 4 e 5 mostram o esquema de ligaçáo para o teste de
cádmio, e as figuras 6 e 7 dão as curvas de tensão nos bornes,
das placas positivas e das placas negativas, do começo ao fim
de um teste de capacidade, nas fases de descarga e carga res-
pectivamente.
R ecuperação d e baterias — O conceito de recuperação de ba
terias está mais ligado a métodos antigos de manutenção. Em
barra de cádmio.
baterias abertas tipo Planté, a recuperação se dava com a subs corrente = l5 até 2,4 volts, após, corrente = 0 ,5 l10
tituição de placas ou separadores deteriorados por outras no
vas ou ainda em bom estado. Eram serviços feitos nos pró
prios locais das instalações, quantas vezes fosse economica
A tentativa de recuperação fica restrita apenas a capos de sulfa
mente viável. M odernam ente, esse tipo de recuperação,
tização não muito profundas e que podem ser detectadas por
quando possível e compensativo, requer técnicas e instalações
vários sintomas, já familiares aos técnicos de manutenção e
somente possíveis e ao alcance do próprio fabricante.
cujas causas primordiais, em telefonia, são quase sempre de
correntes de uma tensão de flutuação baixa e prolongada, ou
O conceito moderno de recuperação de baterias está mais li mesmo por desativação além dos limites permitidos. A recu
gado a métodos de aplicação de carga, destinados exclusiva peração, nestes casos, implica em processo lento e demorado,
mente a dessulfatizaçáo de uma bateria, mesmo assim quando geralmente em ciclos de carga e descarga, com correntes de
a sulfatização não tiver atingido estágios muito avançados, pequena intensidade, primeiro, e mais intensas nos últimos
caso em que a recuperação torna-se impossível. Desta forma, ciclos. Isto, naturalmente, se a bateria mostrar bons sintomas
as tentativas de recuperação de baterias deterioradas por ou de recuperação já nos primeiros ciclos.
tros motivos ficam excluídas. De fato, não há mágica capaz de
fazer retornar a matéria ativa desprendida das placas ou vol São essas algumas observações que queríamos fazer a respeito
tarem ao normal placas inchadas pela sulfatização profunda. de manutenção de baterias estacionárias, no intuito de escla
recer alguns pontos que, devidamente observados, podem
contribuir, às vezes decisivamente, para um melhor desempe
Volts
nho de um sistem a de baterias e o conseqüente prolonga
mento de sua vida útil. Querem os também contribuir para de
molir, de uma vez por todas, velhos e arraigados conceitos
segundo os quais bateria é equipamento de porão, não mere
cedora de maiores cuidados, fora aqueles tradicionais de me
dir tensão e densidade, que, de tão rotineiros e repetitivos
terminam sendo feitos, muitas vezes, na ponta do lápis. Pelo
contrário, bateria é equipamento caro, caríssimo até, de fabri
cação altamente crítica, merecedora, portanto, de toda aten
ção e cuidados. Afinal, quem garante a um sistema telefônico
o bom conceito de que desfruta é, justamente, a bateria. Y
Máximo Renedo Ruiz
Trabalhou desde 1958 no Grupo CTB
no Setor de Manutenção de Grupos de
Emergência. Em 1975 foi designado na
TELESF para o Setor de Normalização,
Área de Energia, onde se dedica a ela
boração de práticas de manutenção
preventiva de Grupos Geradores de
Emergência, Baterías e Fontes de Cor
rente Contínua.
ír«/f>vefeiro 82
